Capítulo 60

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Helena

Helena: Podemos conversar, mãe?— me sentei na cama.

Paula: Claro, filha.— ela veio e se sentou ao meu lado— Me desculpa, eu...

Helena: Tudo bem.— a abracei e me separei dela— Me desculpa por ter falado com a senhora daquela forma, eu não pensei em como a senhora deve ter se sentido ou vivido para ter tomado essa decisão.— segurei a mão dela— Eu deveria é ser grata por você ter me dado um pai tão bom como o senhor Gabriel.

Paula: Ele é realmente um homem muito bom, meu amor. Você vai adorar conhecê-lo... por isso eu quis que você fosse com a gente para vocês se conhecerem melhor e você conhecer seus avós, tios e primos, toda a família dele que também é a sua família.

Helena: Eu tenho avós vivos?— assentiu— Será que eles vão gostar de mim, mãe?

Paula: Ah eles vão e muito tal como sempre gostaram de mim. Você vai poder conhecer o Brasil, é um sítio lindo.

Helena: Eu vá para lá... não com vocês claro, mas depois de tudo se ajeitar aqui, mãe. O que eu falei antes ainda está de pé, mas eu também quero conhecer a minha outra família...— falei sorrindo— Conhecer mais o meu pai.— ela assentiu— Ele sabe? O senhor Gabriel, sabe?

Paula: Não, meu amor. Mas eu vou contar e aí vocês conversam, que tal?

Helena: Como a senhora quiser, mas não demore por favor. E quando vocês irão?

Paula: Daqui a uma semana.— sorriu.

Helena: Mas já?— ela assentiu— Eu vou sentir tanta saudade da senhora, mãe.

Paula: Eu também, meu amor. Olha, sobre o que você falou sobre o seu pai desconfiar de algo...

Helena: É muito estranho, mãe. Se ele realmente sabe porquê ele não disse ou fez nada? O que será que ele está a planear?

Paula: Não sei, amor, mas coisa boa não é. Só toma cuidado por favor— falou se levantando indo até a janela— Eleanor parece gostar muito de você.

Helena: Ela disse que me ama, mãe, e eu também a amo muito.

Paula: Fico muito feliz por vocês, filha.

Helena: Agora me diz, como o Rogério assinou o divórcio assim? Sem fazer nada?

Paula: Eu o ameacei, lhe disse que iria contar a vila que o tanto admira, que ele não passa de um homem traidor que bate na sua filha e mulher se não me desse o divórcio.

Helena: Mais uma vez eu estou orgulhosa da senhora.
[...]

Eu a minha mãe ficamos falando mais um tempo e depois Eleanor me trouxe até a casa, como o Marcelo não está fica muito fácil ela ficar aqui.

Eleanor: E ele não disse nada?— perguntou após eu contar que pedi para ele o término do noivado.

Helena: Não.— me sentei na cadeira ao lado do balcão— Ele só foi para o quarto e no dia seguinte disse que tinha que viajar assim de repente e quando voltar nós conversaremos.

Eleanor: E que viagem é essa e onde?— falou se encaixando entre as minhas pernas e agarrando a minha cintura.

Helena: Ele foi para o Brasil, agora o motivo eu não sei.— abracei o pescoço dela— Deve ser uma viagem de negócios como a outra.

Eleanor: Eu não sei.— deu um beijo no meu pescoço— Não acho que seja, mas descobriremos isso quando ele voltar.— assenti— Até ela você poderia ir dormir lá em casa comigo.— falou manhosa.

Helena: Por mais que eu queira não vai dar, meu amor. Com você e ele fora de casa eu me sinto meio que responsável pela casa, sem falar que a cidade fica longe do meu trabalho.

Eleanor: Eu vou te levar e buscar todos os dias se você quiser.— neguei com a cabeça e ela colocou a dela no meu pescoço me dando um cheiro— Tudo bem, mas eu virei aqui todos os dias te ver até ele voltar.

Helena: Está bem, senhorita Eleanor.

Ficamos mais algum tempo até eu obrigar ela a ir embora porque ela não queria me deixar, mas ela foi e depois de eu jantar fui dormir exausta, hoje o dia foi cheio de emoções.

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