Capítulo 9 - No Limite entre o Desejo e a Realidade

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Naquela madrugada, a tensão entre Ana e Johnny chegou ao ponto máximo. O beijo intenso que haviam compartilhado momentos antes agora se transformava em algo mais profundo. Ana, sentindo um desejo incontrolável, olhou nos olhos de Johnny e sussurrou com firmeza:

- "Eu te quero, Johnny. Agora. Sem medo

Johnny, sem poder resistir, puxou-a para mais perto, seus lábios se encontrando novamente em um beijo feroz e apaixonado. Eles mal conseguiam conter a urgência que sentiam. Ana o conduziu até o quarto, onde o fogo entre eles se acendeu ainda mais. Suas mãos exploravam o corpo um do outro, e naquela noite, ambos se permitiram entregar ao desejo que vinha crescendo desde o momento em que se conheceram.
No quarto, a paixão os consumiu por completo. Eles fizeram amor intensamente, como se o tempo tivesse parado, como se fossem os únicos dois no mundo. Tudo parecia perfeito, como se estivessem destinados a viver aquele momento. O corpo de Ana se moldava ao de Johnny, enquanto ele a segurava firmemente, cada toque carregado de emoção.

Depois de um tempo, quando o fogo começou a se acalmar, eles foram juntos para o banheiro. Debaixo da água morna, tomaram um banho, lavando o suor e o cansaço de uma noite intensa.
Johnny observava Ana com olhos admiradores, enquanto ela esfregava delicadamente seu corpo com o sabonete. Ele sentia uma atração que ia além do físico. Era como se finalmente tivesse encontrado algo que não sabia que procurava.

De volta ao quarto, eles se deitaram na cama, exaustos. Johnny acariciava os cabelos de Ana enquanto ela lentamente caía no sono. Ele a observava, sentindo uma paz que não experimentava há anos. Era diferente. Não era só sexo, não era só desejo. Havia algo mais, algo profundo e real. Ele não conseguia negar para si mesmo que estava se apaixonando.
Mas, enquanto Ana dormia tranquila ao seu lado, Johnny lutava contra seus pensamentos. Tudo havia acontecido rápido demais, e agora ele não sabia como lidar com o que sentia. Havia medo em seu coração. Ele sabia que, em breve, teria que voltar para sua vida normal, para a outra cidade, para os casos e investigações que o aguardavam. Mas como deixar Ana? Como sair daquela cidade e deixar para trás o que parecia tão verdadeiro?

A confusão o impedia de dormir. Ele olhava para Ana, os olhos fechados, a expressão serena, e queria apenas ficar ali por mais algumas horas, talvez para sempre. Mas sabia que o dever o chamava. Seu celular estava a poucos metros de distância, e ele tinha certeza de que, mais cedo ou mais tarde, o chamado viria.

E foi o que aconteceu. Depois de algumas horas de um sono leve e perturbado, o celular de Johnny tocou. Ele se sentou na cama, pegou o telefone e viu que era Harry.

- Johnny, preciso de você na delegacia agora. Temos novas informações sobre o caso. A situação está se complicando.
Johnny respirou fundo, tentando dissipar a exaustão e a mistura de sentimentos que o dominavam. Olhou para Ana, que ainda dormia profundamente, e sentiu uma pontada no peito. Ele não queria acordá-la, mas também não queria ir embora sem se despedir.

Levantando-se com cuidado, ele colocou as roupas espalhadas pelo quarto, tentando fazer o menor barulho possível. Quando já estava quase pronto para sair, voltou ao lado da cama e, suavemente, beijou a testa de Ana. Ela se mexeu levemente, mas não acordou.

- "Eu volto," ele sussurrou, embora soubesse que não podia ter certeza disso.

Com um último olhar para ela, Johnny saiu do quarto e foi direto para a delegacia, o coração dividido entre o dever e o desejo de ficar.

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