•Capítulo 11 - O Convite

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Ana despertou com a luz suave do sol filtrando pela cortina. Ao se espreguiçar, percebeu que Johnny estava se preparando para sair. Ela o chamou: — Johnny! ?

Ele parou, virou-se e lhe ofereceu um leve sorriso, mas a confusão ainda estava presente em seu olhar. Sentou-se ao seu lado na cama, com uma expressão preocupada.

— Você dormiu bem? ele perguntou, a voz baixa e suave.

—Há dias não me sentia assim, - Ana respondeu com sinceridade, um sorriso sincero iluminando seu rosto. Johnny inclinou-se e beijou sua testa delicadamente, como se quisesse transmitir um conforto que ele mesmo ainda não compreendia.

— Laura me ligou, ele disse, percebendo a apreensão que surgiu nos olhos dela.  —Está tudo bem, ele acrescentou rapidamente, percebendo a mudança de seu semblante. —Ela me convidou para jantar esta noite. Adoraria que você fosse também.
O sorriso de Ana se ampliou, e a mão dela encontrou o rosto dele, acariciando-o suavemente. O toque provocou arrepios em Johnny, uma sensação intensa que desafiava sua racionalidade.

—Claro que eu vou, ela afirmou, levantando-se tirando o lenço que acobria e ficando nua, depois de uma noite de amor um gesto que o fez sentir a respiração suspensa.

Ana entrou no banheiro, e o som da água caindo a fez sentir-se relaxada. Johnny não pôde evitar o impulso de se aproximar. Ao vê-la sob o chuveiro, envolta em vapor e luz, tudo se desfez em desejo. Ele se deixou levar, esquecendo-se de tudo ao seu redor, mergulhando na intensidade daquele momento.
Os dois se entregaram ao prazer, a água misturando-se com os gemidos de Ana, criando uma sinfonia de paixão. Johnny estava tão perdido que não conseguia discernir entre o certo e o errado; tudo que importava era aquele calor e a conexão profunda que crescia entre eles.

Depois de um longo e apaixonante momento sob o chuveiro, Ana saiu com um semblante radiante, enquanto Johnny tentava manter a compostura. Ele se sentia como um Don Juan, tentando não ceder completamente aos seus sentimentos, mas a verdade era que a confusão dentro delesó aumentava.

Ele desceu para preparar algo para o café da manhã, enquanto Ana se vestia, seus cabelos ainda molhados emoldurando seu rosto com um brilho especial. O telefone dela tocou, e ela atendeu.

—Oi, Laura! a voz de sua irmã ressoou do outro lado da linha, e Ana pôde sentir a felicidade de Laura. —Chamei o detetive Johnny para vir jantar conosco esta noite e adoraria que você estivesse aqui também!

— Eu irei, com certeza! - Ana respondeu, o coração aquecendo com a ideia de estar com a família.

— Estou tão aliviada com aquele cara na cadeia,” Laura suspirou. — Graças a Deus, né?

— Graças a Deus, Ana concordou, lembrando-se do terror que sentiu. — E eu estou ótima, faz tanto tempo que não me sinto assim. - Havia uma leveza em sua voz que Laura percebeu imediatamente.

—Estou tão feliz por você,  Laura disse, quase sussurrando. — Parece que você está… bem alegre.

As duas riram, um riso leve que parecia curar as feridas recentes. A conversa fluiu com facilidade, repleta de carinho e conexão. Assim que desligaram, Ana se sentiu leve, como se finalmente estivesse superando as sombras do passado.

Enquanto isso, na casa de Laura, ela e Carlos estavam preparando tudo para o jantar. Carlos abraçou Laura, olhando-a nos olhos.

—É tão bom te ver sorrindo, - ele disse, admirando o brilho no rosto dela.

Laura sentia-se imensamente grata por seu marido. Eles estavam juntos há anos, e o carinho dele era um porto seguro em meio à tempestade.

Laura, animada, arrumava a mesa, pensando em como fazer aquele jantar especial. Decidiu convidar Harry, mas quando ligou, ele informou que estava ocupado e que aceitaria um café em outra ocasião. Compreendendo a situação, Laura focou em preparar um ambiente aconchegante para receber Johnny e Ana, ansiosa para ver a alegria da irmã refletida na expressão do detetive.

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