•Capítulo 31: Sombras do Passado

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A manhã amanheceu sombria, como se o céu estivesse refletindo a tensão na cidade. Johnny, ainda mergulhado nas novas evidências do assassinato brutal, decidiu que era hora de tomar precauções. Ele se aproximou de Harry, que estava revisando documentos na sala da delegacia.

-Capitão, precisamos aumentar a segurança na casa de Ana. Não podemos arriscar que ela fique sozinha agora, especialmente com tudo o que está acontecendo", disse Johnny, sua voz grave e determinada.

Harry ergueu os olhos, compreendendo a gravidade da situação. -Concordo. Vamos posicionar alguns homens na frente da casa dela. Não podemos deixar que nada aconteça com ela."

Johnny assentiu, sua mente já pensando em tudo o que poderia fazer enquanto as medidas de segurança eram tomadas. -Vou até lá agora e depois volto para revisar mais evidências.

Após deixar as instruções, Johnny se dirigiu à cena do crime mais uma vez. O que antes parecia um mistério agora era uma teia de segredos e pistas que ele precisava desvendá-la. Chegando lá, ele encontrou os investigadores ainda trabalhando. Uma nova testemunha havia se apresentado: uma mulher que morava na vizinhança e afirmava ter visto um carro suspeito na noite do assassinato.

-Você pode descrever o carro? Johnny perguntou, aproximando-se dela.

-Era um sedan escuro, quase preto. Eu não consegui ver a placa, mas achei estranho porque estava parado por um tempo. Depois de um tempo, ele saiu rápido", respondeu a mulher, com a voz trêmula.

-Você notou quem estava dentro? ele perguntou, a curiosidade aguçando sua mente.

-Não, mas havia um homem de capuz. Ele parecia nervoso, ela respondeu.

Johnny fez anotações, sua mente girando em torno da possibilidade de que aquele homem poderia ser uma pista valiosa. -Obrigado, isso pode nos ajudar muito.

Enquanto as informações se acumulavam, ele decidiu que era hora de consultar Carlos. Se havia alguma conexão entre os assassinatos e o que ele sabia, Johnny precisava descobrir. Ele se dirigiu à penitenciária, onde Carlos estava preso.

Carlos estava sentado em uma cela pequena, visivelmente abatido, mas quando viu Johnny, seu olhar se iluminou com um misto de alívio e raiva. -O que você quer, detetive? ele perguntou, desdenhoso.

-Precisamos conversar sobre o que está acontecendo na cidade. O assassinato da última noite... você sabe de algo? Johnny perguntou, observando cada movimento de Carlos.

Carlos hesitou. -Eu não sei nada. Estou preso aqui, o que você espera que eu diga?

-Não estou aqui para jogar culpa. Se você tiver informações, pode ser a chance de se redimir, Carlos. Uma nova pessoa está fazendo o que você fez. Você realmente não sabe nada sobre isso? Johnny insistiu, mantendo o olhar fixo em Carlos.

Carlos baixou a cabeça, parecendo perdido em pensamentos. -Eu... eu ouvi algumas coisas. Alguns caras estavam falando sobre 'fechar contas'. Não sei se é relevante, mas... talvez seja uma gangue que quer acabar com o que eu comecei.

Johnny franziu a testa. -Fechar contas? Com quem?"

-Eu não sei, eu só... eu só ouvi. Algo sobre alguém que não pode ser deixado em paz Carlos murmurou, parecendo cada vez mais ansioso.

-Você precisa me dizer mais, Carlos. Isso pode ser importante para Ana e Laura. Elas estão em perigo, Johnny disse, sua voz se tornando mais intensa.

-Eu não posso... não quero me meter nisso. Eles são perigosos, Carlos respondeu, seu olhar agora cheio de medo.

Johnny saiu da prisão, sua mente girando com as novas informações. Se houvesse uma gangue atrás de tudo, o que eles queriam? E qual era a ligação entre Carlos e esse novo assassino? As perguntas dançavam em sua cabeça enquanto ele dirigia de volta à delegacia.

-Harry, precisamos de um plano. Há uma gangue por trás disso e Carlos pode saber mais do que está dizendo", Johnny informou assim que entrou na sala.

-Isso muda tudo. Vamos investigar isso imediatamente. Precisamos descobrir quem está por trás disso e se há mais testemunhas", Harry respondeu, já se preparando para agir.

Johnny acenou com a cabeça, mas um sentimento inquieto permaneceu dentro dele. Algo estava se formando nas sombras, e ele precisava descobrir a verdade antes que fosse tarde demais.

-Vou falar com as testemunhas e coletar mais informações. Não podemos deixar que eles atinjam Ana ou Laura", Johnny disse, determinado.

Enquanto isso, na casa de Ana, os seguranças estavam de prontidão. Ana observava da janela, sentindo-se um pouco mais tranquila, mas ainda inquieta com o que estava acontecendo ao seu redor. O peso do mistério e da incerteza estava cada vez mais pesado, e a sensação de que algo estava prestes a explodir pairava no ar.

Está tudo bem, Ana. Johnny está cuidando de tudo", ela murmurou para si mesma, tentando se convencer. Mas a verdade era que a escuridão se aproximava, e ela poderia ser a próxima na linha.

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