O elevador voltou a se mover de repente, após parar no saguão e ninguém entrar, interrompendo o silêncio carregado de tensão que preenchia o espaço. Eu senti o tranco do mecanismo voltando à vida, mas minha mente estava longe de qualquer coisa mecânica. O beijo de Memphis ainda queimava em meus lábios, e minha cabeça estava um caos. O que estávamos fazendo? O que eu estava fazendo?
Ele me olhou, os olhos intensos, a respiração acelerada, e eu soube que ele sentia o mesmo. Não havia como voltar atrás. Nem mesmo o frio toque do metal ao redor ou o som do elevador conseguiram trazer a racionalidade de volta.
As portas se abriram, revelando o corredor silencioso e vazio do hotel, mas eu ainda estava perdida naquele momento. Ele deu um passo à frente, e eu hesitei, o peito subindo e descendo rapidamente com a respiração descompassada. Ele estendeu a mão para mim, sem dizer uma palavra, e, sem pensar, eu a aceitei. O toque dele me puxava como um ímã.
Sem qualquer esforço, Memphis me conduziu pelo corredor, os passos lentos, mas determinados. Minha mente gritava para eu dizer algo, para interromper o que parecia inevitável, mas meu corpo já não me pertencia mais. O desejo que eu estava tentando ignorar por tanto tempo tinha se apoderado de cada centímetro meu.
Ele abriu a porta do quarto e me puxou para dentro. Eu deveria recuar, eu sabia disso, mas meus pés apenas seguiram. O quarto estava escuro, iluminado apenas pela luz suave que vinha de fora. A atmosfera era pesada com algo não dito, algo que estava no ar desde o momento em que nossos olhares se encontraram no elevador. O silêncio entre nós era mais forte do que qualquer palavra.
Eu me virei, pronta para falar, mas Memphis estava perto demais, a proximidade quase me sufocava. Seus olhos não me deixavam, como se estivesse esperando qualquer sinal meu. A tensão no ar era densa, cada segundo parecia durar uma eternidade.
── Melina... ── ele sussurrou meu nome com uma suavidade que me fez arrepiar. A voz dele estava rouca, carregada de desejo. ── Eu...
Ele parou de falar, talvez procurando as palavras certas, mas elas não vieram. Não precisavam vir. As ações falaram por si mesmas. Ele ergueu a mão, tocando meu rosto com uma gentileza que contrastava com a intensidade de tudo que estávamos sentindo.
── A gente não devia... ── Minha voz saiu mais fraca do que eu pretendia. Eu sabia que deveria resistir, que a razão me dizia para parar, mas eu mesma não estava convencida do que falava.
Ele não respondeu com palavras. A proximidade dele falava por ele. A mão que segurava meu rosto deslizou até minha nuca, os dedos mergulhando em meu cabelo. Ele me puxou para mais perto, o calor do corpo dele pressionando contra o meu. E, naquele momento, toda a resistência que eu tinha desmoronou.
Sem pensar, eu me joguei naquele momento. O desejo que eu vinha reprimindo há tanto tempo tomou conta de mim. Quando nossos lábios se encontraram de novo, foi com uma urgência desesperada. Eu sentia cada fibra do meu ser queimar com o toque dele, como se finalmente estivesse me permitindo sentir tudo que neguei por tanto tempo.
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𝘫𝘰𝘨𝘢𝘥𝘢𝘴 𝘥𝘰 𝘢𝘤𝘢𝘴𝘰, 𝐌𝐄𝐌𝐏𝐇𝐈𝐒 𝐃𝐄𝐏𝐀𝐘 ✓
Fanfiction[Concluída] Memphis Depay, o mais novo craque do Corinthians, só queria driblar a pressão e manter a cabeça no lugar. Melina Campos, uma psicóloga brilhante que, nas horas vagas, troca o divã por um vinho apenas tenta viver sem causar muito alarde p...