[Concluída] Memphis Depay, o mais novo craque do Corinthians, só queria driblar a pressão e manter a cabeça no lugar. Melina Campos, uma psicóloga brilhante que, nas horas vagas, troca o divã por um vinho apenas tenta viver sem causar muito alarde p...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Eu devia ter ficado ali, no jardim. O rosto de Melina ainda estava na minha mente, seus olhos, confusos, me pedindo algo que eu não consegui decifrar. E eu... eu fiz o que sempre faço: tomei a decisão errada. Quando vi Flora aparecer, tudo em mim agiu por impulso, como se eu tivesse alguma coisa pendente, algo não resolvido. Não pensei em Melina, não pensei em como ela se sentiria. Mas lá estava eu, andando atrás de Flora.
Ela parou perto da piscina, as luzes refletindo na água como se fosse um convite pra se afogar nos próprios pensamentos. O vestido dela balançava com o vento, e o sorriso sarcástico que ela me lançou fez com que meu estômago se revirasse.
── Ainda correndo atrás de mim, Depay? Pensei que já tivesse superado.
Eu ri, mas sem humor. Era assim que ela jogava. Um toque de ironia, como se tivesse o controle da situação. Mas eu não estava ali por ela. Não mais.
── Não estou correndo atrás de você, Flora. Vim te dizer que não temos mais nada a resolver. O que houve entre nós acabou.
Ela arqueou uma sobrancelha, dando dois passos lentos na minha direção. Tinha esse jeito de se mover como se fosse uma serpente, pronta pra dar o bote.
── Engraçado, você diz isso, mas ainda veio até aqui. ── Ela tocou de leve no meu braço, e eu dei um passo pra trás, sem disfarçar. ── Eu nunca precisei ir atrás de você, Memphis. Você sempre volta.
Eu respirei fundo, tentando manter o foco. Não era uma discussão que eu queria. Não com ela.
── Vim porque não quero mais esse jogo. Nem você, nem o que aconteceu. Já segui em frente. ── Minha voz soou mais firme do que eu esperava.
Ela riu, uma risada baixa, cheia de deboche.
── Seguiu em frente? Com quem? ── Ela virou o rosto em direção ao jardim, onde eu sabia que Melina estava. ── Ah... claro. A psicóloga.
Meus punhos se fecharam instintivamente. O jeito como ela disse "a psicóloga" me irritou. Flora sempre teve essa habilidade de diminuir os outros, como se ninguém fosse páreo pra ela.
── O nome dela é Melina, e você não tem nada a ver com isso.
Ela deu mais um passo, e dessa vez, a provocação estava clara nos olhos.
── Eu conheço você, Memphis. Sei como você funciona. E sei que, no fundo, você não está pronto pra seguir em frente. Vai me dizer que ela faz você esquecer tudo o que tivemos? Todo o tempo que passamos juntos?
Hesitei por um segundo. Não por causa de Flora, mas porque, de repente, me dei conta do que aquela conversa realmente significava. Não era sobre Flora, não era sobre o passado. Era sobre Melina. E ali, enquanto Flora me encarava, percebi o quão pouco eu havia pensado em como aquilo podia afetá-la.
Mas agora... agora eu estava pensando nisso.
── O que eu tive com você não é o que eu quero ter com ela. Com Melina, é diferente. ── Eu disse, cada palavra pesada, carregada de verdade.
