[40] l i b e r t a

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Um Tempo Depois

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Um Tempo Depois

Era dia de final da Libertadores. O clima no Estádio do Maracanã estava eletricamente carregado, como se até as nuvens soubessem que algo grandioso estava prestes a acontecer. Com o Corinthians em campo contra o Flamengo, o estádio pulsava com a energia da torcida, que cantava em uníssono, criando uma onda de euforia que ecoava pelas arquibancadas.

Eu estava concentrado, mas não conseguia ignorar a sensação de estar na linha de frente de um sonho se realizando. Vestindo o manto alvinegro, olhei para o lado e vi Garro, meu irmão de campo, empolgado, a adrenalina dançando em seus olhos.

── Você está pronto para isso, cara? ── perguntei, ajustando a faixa no cabelo, uma espécie de amuleto para mim. A confiança tinha que ser refletida em cada aspecto, e eu estava determinado a dar tudo de mim.

Garro fez um gesto de desprezo, típico dele.

── Sempre! ── Ele sorriu, os dentes brancos contrastando com a pele bronzeada. ── Vamos dar a eles um show.

Enquanto o juiz apitava o início do jogo, a intensidade se intensificava. Os primeiros minutos foram um turbilhão de passes rápidos e lances ousados. O Flamengo começou com uma pressão feroz, mas estávamos prontos. Garro estava no comando, distribuindo a bola com precisão, enquanto eu procurava os espaços, ansiando pela oportunidade perfeita.

A cada jogada, a torcida vibrava. Eu podia sentir a energia deles reverberando em mim, e isso só alimentava meu desejo de vencer. Quando finalmente consegui uma jogada limpa, driblei dois adversários e vi a chance se formando diante de mim. O goleiro do Flamengo estava avançando, e o mundo parecia desacelerar.

── É agora! ── gritei para Garro, que se posicionava na área. Com um toque preciso, fiz o passe. A bola voou e Garro não hesitou. Com uma força impressionante, ele acertou o chute e, em um movimento fluidamente atlético, a bola foi para o fundo da rede.

O estádio explodiu em uma onda de alegria que me fez vibrar junto com a torcida. Os gritos ecoavam como uma canção que eu conhecia de cor. Fui até Garro e o abracei, a energia entre nós elevando-se como um foguete.

── Assim que se faz! ── gritei, e ele riu, a euforia em seus olhos refletindo a nossa ambição.

Conforme o jogo avançava, eu mantinha meu foco. A tensão era palpável, e cada jogada poderia mudar o rumo da partida. O Flamengo não estava disposto a desistir e logo empatou, levando a torcida a um frenesi. Mas sabíamos que o jogo não acabava ali.

No segundo tempo, tudo se tornou uma batalha. As jogadas estavam mais intensas, as disputas mais acirradas. Enquanto corria pelo campo, não consegui evitar de olhar para a arquibancada, onde Melina estava sentada. A visão dela, vibrando e torcendo, me deu uma dose extra de motivação. Ela sempre foi meu apoio, a luz nos momentos de escuridão. E naquele instante, eu queria não apenas vencer por mim, mas por ela também.

Com menos de dez minutos para o final do jogo, uma nova jogada se desenhou. Peguei a bola e driblei um defensor, sentindo o calor da torcida me empurrar. Eu podia sentir a pressão nos ombros, mas essa era a minha hora. A bola estava em meus pés, e eu sabia que não podia errar.

Olhei para Garro, que estava posicionando-se ao meu lado, e lancei um olhar determinado. Ele entendeu. Em uma fração de segundo, fiz o passe novamente, e Garro, em uma jogada rápida e ensaiada, disparou para o gol.

O toque na bola foi preciso. O goleiro do Flamengo tentou defender, mas Garro foi mais rápido, e a bola se foi, deslizando para o canto da rede.

O estádio explodiu novamente, e nós dois fomos inundados por uma onda de emoção. Comemorar era uma necessidade, e nos jogamos para o chão, recebendo a bênção da torcida como se fôssemos heróis.

O apito final ecoou pelo Maracanã. O jogo havia acabado, e a vitória era nossa! Corinthians, campeão da Libertadores!

Com os torcedores gritando, saltando e celebrando, eu me virei para procurar Melina. Ela estava a poucos metros de mim, cercada pela torcida, e seus olhos brilhavam de felicidade. Meu coração disparou ao ver seu sorriso, e não consegui evitar a sensação de que tudo estava se encaixando perfeitamente. Era um momento de pura euforia.

── É isso! ── gritei para Garro, que estava ao meu lado. ── Fizemos história, irmão!

── Isso é só o começo! ── Ele gritou de volta, e nós dois nos fundimos em um abraço apertado. A adrenalina nos envolvia, e eu sabia que aquele era o nosso momento.

Conforme nos afastávamos, olhei novamente para Melina. Ela estava radiante, a felicidade emanando dela como uma luz. E naquele instante, soube que não era apenas a vitória que eu queria celebrar, mas também o que estava crescendo entre nós.

A temporada ainda tinha muitos capítulos pela frente, mas a história que estávamos escrevendo juntos era a que realmente importava. E eu estava determinado a fazê-la brilhar.

 E eu estava determinado a fazê-la brilhar

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𝘫𝘰𝘨𝘢𝘥𝘢𝘴 𝘥𝘰 𝘢𝘤𝘢𝘴𝘰, 𝐌𝐄𝐌𝐏𝐇𝐈𝐒 𝐃𝐄𝐏𝐀𝐘 ✓Onde histórias criam vida. Descubra agora