Se ela quiser, eu também quero

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Gente, não esquece de me seguir no insta @ freshhso_ estou avisando as atualizações por lá, além de comunicar se tive algum problema e não poderei postar capítulo. 

Vou deixar que vocês escolham algumas questões da história se eu notar que vocês andam interagindo comigo por lá!

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Voltávamos para o hotel rindo enquanto Rosa e Carol não paravam de brincar com o fato de Carol ter sido remanejada de quarto. Elas pareciam não se cansar de inventar piadas sobre isso, e, enquanto ríamos, notei que, de alguma forma, aquela leveza ajudava a silenciar a inquietação dentro de mim. Quando o elevador parou no andar delas, Carol e Rosa me despediram com um último comentário engraçado sobre a "nova vida de Carol" e saíram ainda gargalhando. Quando o elevador voltou a subir, a inquietação que eu tentava ignorar ressurgiu, insistente, pulsando junto com as dúvidas que eu tentava afastar desde que fiquei sabendo da cafeteria.

Cheguei à porta do quarto, um pouco hesitante, os pensamentos circulando em torno do encontro de Gabriela e Sheilla. A pontada de preocupação me pegou de surpresa de novo, mas inspirei fundo, virando a chave. Quando entrei, a primeira coisa que vi foi um par de sapatos de Gabriela perto da porta. Então ela já estava de volta. Ouvi o barulho do chuveiro vindo do banheiro e fechei a porta atrás de mim, trancando-a em um gesto automático.

Foi então que, ao virar, notei um pacote na minha cama. A logo da cafeteria me chamou a atenção imediatamente, e meus passos vacilaram. Me aproximei devagar, reconhecendo a intenção por trás daquele gesto. No pacote, um guardanapo grampeado exibia uma frase escrita à mão:

"Eu e você. Jantar-café. Me espera sair do banho, linda."

Senti meu rosto se iluminar em um sorriso involuntário. Gabriela sempre parecia encontrar um jeito de tornar as coisas leves, de garantir que eu me sentisse segura, mesmo depois dos momentos de insegurança. O pacote era mais do que um jantar; era a maneira dela de reafirmar que queria estar ali, que nossa conexão importava.

Com cuidado, dobrei o guardanapo e o guardei na minha necessaire, sabendo que, para mim, ele seria muito mais que um simples pedaço de papel. Depois, olhei ao redor do quarto e comecei a me movimentar rapidamente. Puxei a mesa para o centro e arrumei as duas cadeiras lado a lado, visualizando o jantar improvisado que Gabriela havia planejado. Peguei os pratos e talheres, que pareciam até mais elegantes ali em nossa pequena configuração, e tirei uma garrafa de refrigerante zero do frigobar.

Quando abri o pacote para pegar as comidas, a primeira coisa que minha mão tocou, sem eu ver, foi uma rosa. Fiquei parada, encarando a flor, sentindo uma onda de emoção tomar conta de mim. Era um gesto delicado, mas que deixava claro o quanto Gabriela realmente se importava com os detalhes — e, no fundo, comigo. Respirei fundo, sorrindo, e coloquei a rosa em um pequeno vaso, posicionando-a no centro da mesa como a peça final.

Comecei a organizar o restante: croissants dourados e estaladiços, pães mil-folhas perfeitamente montados e outros doces e pães franceses que me fizeram lembrar do nosso tempo juntas em Paris, como se cada item fosse uma memória reavivada. Era quase surreal pensar em tudo o que nos trouxera até esse momento — o tempo, as escolhas, os desencontros e, agora, essa tentativa de finalmente nos reencontrarmos.

A porta do banheiro se abriu, e Gabriela saiu de lá com o cabelo úmido e um sorriso que parecia aquecer o quarto inteiro. Seus olhos passaram pela mesa que eu havia arrumado, e ela me lançou um olhar que me fez sentir um frio na barriga.

— Bonsoir, mon amour, — falei em francês, tentando esconder meu nervosismo com uma voz suave. — Todo esse romantismo... estamos comemorando alguma coisa especial?