Um Duque Em Minha Vida

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Judith

— Não acredito que vamos ter um bebê aqui em casa! — Abigail festeja dando alguns pulinhos no meio da sala.

— Já pensou, o pequeno duque correndo dentro desta casa? — Sophie fala sonhadora.

— Ou uma mini duquesa. — Josephine intervém e apenas rio dos seus comentários.

— Quando ele chega? — Violet procura saber.

— Ainda vai demorar um pouco, querida.

— E quando podemos ver o sexo do bebê? — Lydia pergunta.

— Não temos certeza, mas podemos tentar na próxima consulta...

— Que será? — Abigail irrompe.

— Na próxima semana.

— Podemos ir também? — Violet interpele. — Por favor! — Troco olhares com o Thomas.

— Por mim tudo bem.

— Ah, Judy, você é a melhor! — Violet e Abigail abraçam a minha cintura.

O telefone de Thomas começa a tocar e após um beijo rápido no meu rosto, o observo se afastar para atender a ligação.

— A gente bem que podia ir fazer algumas compras para o pequeno duque. — Sophie sugere animada.

— Ou para a pequena duquesa. — Josephine ressalta outra vez.

— É claro, ou a pequena duquesa. E então?

— Podemos ir ao shopping escolher algumas roupinhas...

— E móveis.

— Eu adoro fazer decorações! — E elas começam um debate entre si, fazendo-me sorrir feito uma boca. E imediatamente levo uma mão para o meu ventre, e penso que esse bebê corre o sério risco de ser muito amado.

***

Algumas semanas depois...

— Eu ouvi dizer que a rainha vai abdicar do seu trono e que o seu primogênito irá assumir o trono. — Josephine fala de repente durante o jantar.

— Rei Eduard. Soa bem. — Lydia comenta com humor.

— Faz tempo que não vemos os príncipes Eduard e Henrique. — Sophie fala e apenas observo as garotas

— Me lembro o quanto eles eram horríveis. Principalmente o Henrique. — Josephine resmunga em seguida.

— Eles já cresceram e se tornaram homens. Provavelmente eles mudaram. Lydia intervém.

— Meninas, eu preciso fazer um anúncio. — Thomas diz interrompendo a conversa das meninas. — Estou fechando um negócio importante com alguns brasileiros. Algo relacionado a tecnologia hospitalar. Sei que é meio chato, mas irei recebê-los aqui em nossa casa em breve e gostaria que estivessem presentes.

— Você vai construir mais um hospital? — Lydia inquire.

— Um hospital especializado em câncer. Um casal tem estudado bastante esse lado da medicina e eu tenho interesse em trazer inovações para a cidade de Birmigham.

— Uau! — Abigail parece admirar-se do irmão.

— Amor, você é brasileira e seria interessante se você mantivesse o diálogo com o casal. Eu quero que eles se sintam bem à vontade.

— É claro. Ainda mais por uma causa tão nobre.

— Obrigado, querida! — Após o jantar como sempre nos reunimos na ampla sala de estar e aproveito para dar um pouco mais de atenção para as meninas.

— Sua graça, será que eu posso falar um pouco com você? — Josephine interpele em algum momento.

— Claro, irmã. O que quer falar?

— Algumas amigas irão sair essa noite...

— Josephine querida, entenda uma coisa. Você não é qualquer garota. Portanto, não pode ir a qualquer lugar sempre que der vontade...

— Mas, Thomas...

— A minha resposta é não. — Solto um pigarro para atrapalhar um pouco a conversa dos irmãos e no ato, envolvo o pescoço do meu marido com os meus braços, beijando-o calidamente em seguida.

— Por que a deixa ir, querido? — sugiro e a minha cunhada me lança um olhar esperançoso.

— Sair a noite e com um grupo de jovens. Isso não me soa bem.

— Ora vamos, Thomas. Você já teve a idade de sua irmã...

— Exatamente! E eu sei quantas besteiras um jovem pode fazer longe dos adultos. — Josephine bufa contrariada, porém, eu não desisto.

— Será apenas uma noite divertida. E eu tenho certeza de que Josephine terá bastante juízo, certo? — Pisco um olho para ela.

— Eu não sei...

— Façamos o seguinte. Você libera a saída dela com as amigas e se ela não se comportar, poderá castigá-la. O que acha? — Thomas olha de mim para a irmã e como se sentisse vencido, fala para a irmã:

— Ok, tudo bem! Mas se houver qualquer problema por menor que seja...

— Ficarei de castigo. Entendi. — A garota abre um sorriso largo e feliz, e imediatamente ela me abraça. — Obrigada! — Josephine sussurra em meio ao abraço. Então ela pensa em correr para as escadas, mas Thomas a chama de volta.

— E eu, não recebo um abraço? — Ele abre os seus braços e a garota corre para eles.

— Obrigada irmão!

***

— Tenho que te agradecer. — Thomas sibila logo que entramos no nosso quarto.

— Pelo que?

— Pelos cuidados que tem com elas. Por agir como uma mãe que elas nunca tiveram.

— Não ajo como uma mãe, querido Duque. Estou mais para uma irmã mais velha. — Meu marido me puxa para mais perto dele, colando o meu corpo ao seu.

— Que seja, minha linda e amada Duquesa. As minhas irmãs nunca receberam tanta atenção desde que você chegou a essa casa. E elas te amam. — Beijo a sua boca com calma.

— E eu as amo também. Cada uma de uma forma especial.

— Eu te amo, sabia?

— Você me agradece por ajudá-lo com suas irmãs. Mas não faz ideia de que salvou a minha vida.

— É que, você não só me ajudou com elas, mas me resgatou de um passado terrível e doloroso, Judy. Então não há o que agradecer nesse sentido, porque nos salvamos mutuamente.

— Por Deus, eu te amo demais! E estou tão feliz que chega a me causar medo.

— Shiiii! — Thomas leva o seu indicador a minha boca e os seus olhos se fixam nos meus. — Não pense nisso, querida. — Ele sussurra, trazendo o seu rosto para perto do meu e as nossas respirações se encontram quentes e suaves. — Nós seremos muito felizes — sussurra outra vez e deixa um beijo curto em meus lábios.

— Muito felizes — sussurro de volta.

— Muito felizes! — Ele repete e dessa vez ele me tira do chão, beijando-me com intensidade e caminha comigo para cama.

A urgência nos acomete e as nossas roupas são praticamente arrancadas do nosso corpo. Nossos beijos se tornam quase vorazes, famintos. E quanto mais temos um do outro mais queremos. Nossos gemidos se misturam e propagam por todo o cômodo, anunciando o nosso amor. O delírio do nosso êxtase sobressai ao nosso clímax até que ele cai do meu lado completamente sem forças. Por fim, me aconchego ao seu corpo e acomodo a minha cabeça no seu peito e fico quietinha apreciando as batidas do seu coração.