Predatory marriage novel (PT BR🇧🇷)

-Capítulo 200. Redemoinho Emocional (3)

O corpo do homem era tão quente. Ela não conseguiu resistir ao seu súbito avanço em sua direção e suas costas bateram na porta enquanto ele envolvia a relutante Leah em seus braços. Antes que ela pudesse pensar em protestar, um beijo profundo se seguiu, enquanto uma das mãos dele agarrou sua cintura e a outra a parte de trás de seu pescoço.

Uma chama apaixonada percorreu seu corpo enquanto a mão dele deslizava da cintura dela até o seio, e ela sentiu um arrepio de prazer quando ele roçou seu mamilo.

“Ah, pare…!”

Tardiamente, ela o empurrou para longe e o encarou, seus olhos tremendo. Seus olhos dourados e quentes eram quase hipnóticos, e tudo o que ela conseguia ouvir era o som de suas respirações, ofegantes juntas. Sua mente estava caótica. Era a primeira vez em sua vida que ela sentia desejo carnal, e ela rapidamente desviou o olhar.

“…pare,” ela sussurrou. “Me solte.”

Mas os braços fortes dele apenas a seguraram com mais força, e ela o empurrou novamente, forçando as palavras entre os dentes.

"Por favor…"

A culpa tomou conta dela. Ela não conseguia acreditar que havia traído a pessoa que amava, a pessoa que estivera ao seu lado por tanto tempo, e tudo por um desejo tão simples. Ishakan podia ler a culpa em seu rosto. Seus olhos se estreitaram.

“Diga-me o que há de tão bom nele, e eu te solto.” Ele estava obviamente se referindo a Blain. “Ele não parece se importar com você.”

"É porque eu gosto dele", disse Leah com firmeza, esperando que ele não insistisse mais.

"Por que?"

Leah hesitou. Nenhuma resposta imediata lhe veio. Ela amava Blain automaticamente, da mesma forma que o sol nascia e a lua se punha. Ela sentia uma estranha aversão ao mero pensamento de questionar essa verdade absoluta.

“Ele é muito gentil”, ela respondeu cuidadosamente, após uma longa hesitação.

Embora ele tivesse mudado agora, no passado, Blain realmente tinha sido doce com ela. Ishakan zombou.

“Tenho certeza de que aquele cara te forçou.”

“Não! Eu confessei meus sentimentos primeiro!” Leah retrucou com raiva, mas então parou de repente quando os olhos de Ishakan de repente ficaram ferozes.

“…Você?” Ele perguntou severamente. “Como?”

Ela não entendia por que lhe devia uma resposta, mas de alguma forma ela se viu revelando aquela história muito pessoal.

“Em um jardim de peônias…” Ela disse. “Eu confessei meus sentimentos–”

“Peônias?”

A interrupção brusca a assustou. Ele parecia que poderia matar alguém naquele instante, e ela se encolheu instintivamente.

“Ah. O jardim de peônias...” Ele continuou. Leah estava com tanto medo que não conseguia falar. “Você devia estar segurando uma flor quando confessou.” Seus olhos dourados brilharam. “Você estava tremendo e seu rosto estava vermelho, e ainda assim pediu para se tornar uma esposa...”

Batendo na porta, ele gritou na língua Kurkan, palavras ininteligíveis cuspidas com fúria óbvia. Seu rosto se contorceu enquanto Leah escutava, atordoada, e seu punho pressionado contra a porta tremeu.

De repente, ele a puxou para seu peito, e ela ficou paralisada enquanto ele a segurava firme. Ele falou o nome dela.

“Lea…”

Este homem arrogante tremeu como se pudesse desmaiar, e de repente seus olhos se encheram de lágrimas. Ela sentiu vontade de chorar, mesmo não havendo razão para chorar, e conseguiu piscá-las para contê-las.

Lentamente, Ishakan respirou fundo enquanto a abraçava, e sua ferocidade animal diminuiu.

“Você achava que esse lugar era o inferno antes,” ele sussurrou, olhando para Leah. “Agora você nem sabe.”

“……”

Foi uma coisa incrivelmente rude de se dizer. Ela deveria repreendê-lo. Mas ela não conseguia falar. Era como se seus lábios tivessem sido colados. A mão grande dele cobriu sua bochecha, a mesma bochecha que Blain tinha dado um tapa no outro dia. Seus dedos longos a acariciaram gentilmente.

“O que devo fazer, Leah?” Ele perguntou suavemente. “Devo matá-los e iremos para o deserto?”