Christopher Alexander
Tá, tudo bem, eu confesso: sempre tive uma quedinha pela Dulce.
Quedinha. Como um pulo de um metro e cinquenta de altura.
A verdade é que eu sempre achei ela irresistível. Linda. Petulante, com uma boca afiada e as respostas insuportáveis sempre na ponta da língua, mas linda.
Deslumbrante.
Tudo isso só ficou ainda mais evidente para mim depois que nos casamos. Vê-la todos os dias se tornou quase uma tortura, pelo simples fato de que eu não podia tê-la. Me contentava apenas em admirá-la a distância, pensando como seria se nós nos beijássemos de novo. Não como no casamento, onde fomos, querendo ou não, forçados a nos beijar para fingir que éramos um casal; mas sim, como seria beijá-la de verdade. Com nós dois sendo apenas Dulce e Christopher, duas pessoas que mal suportam a presença uma da outra.
E agora, estamos aqui.
O meu anseio se tornou uma realidade.
Estou beijando Dulce María, e não quero parar. Sinto que posso beijá-la até a última batida do meu coração.
Seus lábios são doces. Têm gosto de vinho misturado com gloss. Suas mãos pequenas e delicadas escorregam pelos meus fios da nuca, o que me faz apertar sua cintura com um pouco mais de força. Em nenhum momento pensei em a beijar com pressa, muito pelo contrário. Sabia que, no momento em que saboreasse o gosto da sua boca pela primeira vez, teria de aproveitar esse momento com calma. Paciência.
Já que essa pode ser a primeira e última vez em que a beijo desse jeito.
A esse ponto, Dulce está sentada na bancada da cozinha, comigo entre suas pernas, escorregando para apertar sua bunda. Ela geme. Porra, ela geme. Se Dulce gemesse o meu nome nesse exato momento, acho que eu poderia gozar.
Sem brincadeira nenhuma.
Apenas com o delicioso som da sua voz chamando por mim, entraria em colapso total.
O que diabos essa mulher está fazendo comigo?
Não me interessa. Contanto que ela não pare, é o suficiente.
Nos separamos por uma fração de segundo para recuperar o fôlego. Meu olhar intercala entre seus lábios inchados e seus olhos castanhos. Eles estão brilhando. Um misto de desejo, receio, dúvidas, incertezas. Abro minha boca para dizer alguma coisa, mas dessa vez, é ela que me puxa para voltar a beijá-la.
Sei que não preciso dizer mais nada. Apenas tomar uma atitude.
Levo minhas mãos até sua bunda para erguê-la do balcão. Dulce solta um gritinho, e logo entrelaça as pernas ao redor do meu tronco, abraçando meus ombros para que eu possa carregá-la.
Ela ri no caminho que levamos da cozinha até a sala. Eu rio também. Quando a deito no sofá, me encaixo por cima, deixando minha ereção roçar entre suas pernas.
— Porra — sibilo para mim mesmo, respirando fundo.
Não perco mais meu tempo, voltando a beijar seus lábios. Deus, não quero que isso pare. Não quero acordar desse sonho. Quero aproveitar o máximo de tempo que tenho Dulce em minhas mãos, nem que seja por apenas uma noite.
Volto a beijar seu pescoço, dando pequenas mordidas na sua pele. Sinto ela se arrepiando. Maravilha. Contudo, antes que eu chegue ao meu destino final, vulgo o colo dos seus seios, Dulce me para.
— Alex, eu...
É, até que durou muito tempo.
Parece que o encanto acabou.

VOCÊ ESTÁ LENDO
O SOM DO IMPROVÁVEL
Fanfiction(+18) FANFIC VONDY Christopher Alexander é o típico astro do rock que todos amam odiar: talentoso, charmoso e cheio de problemas. Liderando a famosa banda "Furia Azteca", ele vive cercado por polêmicas, festas intermináveis e manchetes escandalosas...