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Sebastian Michaelis

Dia 08/02 foi meu aniversário, então esse capítulo tem essa temática.

Esse vai ser curtinho. Tô de mudança e, por Deus, quando penso que terminei de arrumar as malas, percebo que ainda tenho várias coisas faltando.

Publicado em 17/02/2025
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Presente Infernal

— É hora de acordar, senhorita. — Sebastian Michaelis disse. Resmunguei, porém abri os olhos, vendo que os seus, vermelhos como sangue fresco, me encaravam de volta.

Ele tinha um sorriso sarcástico no canto dos lábios, me olhando como se eu fosse sua próxima refeição. Maldito. Vou demorar muito para morrer, apenas para não dar esse gostinho a ele.

Ao menos não por quanto tempo eu puder adiar.

— Bom dia. — Falei, me sentando. Ele imediatamente se colocou de joelhos e calçou as pantufas em meus pés — O que tenho para fazer hoje?

— Absolutamente nada.

— Hm? Então por que me acordou cedo?

— Porque mudar seu horário de despertar mexeria com sua higiene do sono e isso não é saudável. Além disso, seria um desperdício se a senhorita passasse todo o dia de seu aniversário dormindo. — Falou, me ajudando a tirar as vestes de dormir para que eu possa me lavar.

Ou melhor, ele. Quando acordo não tenho realmente um cérebro funcional, ao menos até que alguns minutos se passem e eu consiga colocar minha cabeça no lugar.

— Ah... É meu aniversário? Bem, faz sentido. Não me lembro de ter feito aniversários por um bom tempo.

— Faz um ano, senhorita. — Disse ele, passando um pano molhado por meu corpo nu.

— Sebastian, quantos anos estou fazendo?

— Vinte e três, senhorita.

— Ah... São muitos anos.

Ele riu, negando com a cabeça.

— Não são absolutamente nada.

— Quantos anos você tem?

— Não entraremos nesses detalhes, senhorita. — Respondeu ele, cortando o assunto. Eu sabia que não devia ficar o pressionando a falar sobre coisas que não devesse, ainda que pudesse obrigá-lo caso desse a ordem. Não seria baixa a esse ponto.

Resmunguei alguma coisa, mas nenhuma palavra exata. Tudo o que eu queria era dormir e deixar que Sebastian se ferrasse junto daquela "higiene do sono" de que tanto fala.

— Esse cheiro é bom. Do que é o sabonete?

— Baunilha. Fico feliz que tenha gostado, senhorita. — Murmurou, sem tirar aquele sorriso da face — Abra as pernas, por favor.

Eu o fiz, sentindo quando ele passou o pano molhado pelas dobras da minha intimidade, me lavando com um cuidado que nem eu mesma teria. Suspirei, fechando os olhos.

— É muito feio de sua parte tocar assim em uma mulher. — Murmurei de volta — Eu devia ter uma criada para me ajudar com isso.

— A senhorita não gostaria tanto de se lavar de manhã se qualquer pessoa que não eu o fizesse. — Disse ele, dando um lento beijo sobre meu monte de vênus enquanto me olhava nos olhos — E eu não gostaria de qualquer outra pessoa te tocando, independente do gênero.

— Você não consegue disfarçar que é possessivo.

— E quem disse que estou tentando disfarçar? Bem, terminei.