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Sam Winchester

Vai ter algumas mudanças na linearidade e história da série para esse capítulo

Capítulo especial de Halloween

Publicado dia 31/10/2023

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Hunting the Enemy

Sam estava irritado. Caçava aquela demônia há dias e tudo o que encontrava era um rastro rubro de sangue.

Na mesma noite em que ia sair para aquilo, surgiu um caso em outro lugar e ele e Dean se separaram, tendo que ir um para cada local.

Seu irmão já havia terminado o dele e até oferecera ajuda, mas Sam negou. Aquilo virara um caso de honra.

Seu corpo gelava ao se sentir culpado por não ter sido capaz de proteger aquelas pessoas, e aquilo só aumentava sua raiva não apenas por aquela criatura, mas por toda a espécie dela.

Todo o caso com a Ruby tinha acontecido há pouco tempo e o homem não tinha superado. Quase se perdera para o sangue de demônio e vira Dean sofrer muito por aquilo.

Por isso, agora o que borbulhava em suas veias era o mais puro ódio pelo que aquela mulher estava fazendo.

Tudo o que vinha de demônios parecia servir de gatilho para a mais profunda raiva, a ponto de às vezes Sam nem sequer se reconhecer mais.

E ela... Bem, era como se ela estivesse brincando com ele. Deixando uma trilha de propósito, visando ser encontrada. Talvez jogos mentais fossem sua especialidade, mas quem é que poderia ter certeza?

Ele balançou a cabeça, tentando evitar de pensar nisso. Suspirou, fazendo uma promessa a si mesmo: "Aquela brincadeirinha dela seria assinar seu próprio atestado de morte". Que se divertisse enquanto podia. No fim, ele não perderia. Se recusava a perder.

Aquilo havia passado do básico de seu trabalho, e agora o que o motivava era também o orgulho, e não apenas a vontade de proteger as outras pessoas, por mais que isso fosse o primordial.

Ser um caçador nunca fora tarefa fácil, mas ninguém disse que seria, e ele não estava reclamando agora. Não quando tinha aquela sensação na palma de suas mãos de que logo entraria em combate.

Olhou para o céu escuro, quase sem estrelas visíveis. Mais uma noite passada em claro, procurando aquela criatura que brincava com uma sorte que não possuía. Qual era a dela, afinal? Oh, céus, como ele queria saber.

Permaneceu andando, empunhando sua arma, a Colt, atento a cada ruído ou visão diferente que pudesse presenciar.

Aquela cidade, geralmente tão movimentada, estava parada. Os carros não estavam nas ruas e os comércios se encontravam fechados. Talvez por conta do horário, pois já era madrugada, ou o culpado era o frio excruciante que chegava a fazer os ossos doerem. Não importava, porém. Era melhor assim. Quanto menos pessoas estivessem em seu caminho, menos estariam correndo perigo por causa daquela literal criatura demoníaca, que não parecia ter empecilhos na hora de deixar seu orgulho e egoísmo falar mais alto, destruindo tudo ao seu redor.

A falta de pessoas culminava também na falta de sons. Além dos poucos gatos de rua que pulavam em latas de lixo sujas, em becos mais sujos ainda, e latidos espaçados que vinham de longe, nada podia ser ouvido, e nem mesmo aqueles sons duravam muito. O silêncio parecia um prelúdio para o caos, e o homem sentia que era isso o que se aproximava.

O frio que castigava sua espinha nada tinha com a temperatura do ar. Era como se pudesse ouvir uma voz, dentro de seu próprio cérebro, o dizendo para ir embora, para desistir.