37- HENRIQUE

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Eu voltei e agora é pra ficar... Hehehe

Espero que gostem...
Nao esqueçam as minhas estrelinhas e os comentários... Bjos da gaúcha ..

Capítulo 35


(por Henrique)




Os olhos de Rafaela estavam sem vida. Eu apaguei a sua alegria com meu passado sujo, mas de certa forma, eu me sentia mais leve por não precisar mais mentir sobre minha vida. Eu preciso que Rafaela me espere; que ela entenda que é única pra mim. Que ela vai me tirar dessa vida escura. Sim ela vai. Ela é minha luz.



Não lembro o trajeto até meu apartamento. Estava tão perdido em pensamentos. Queria apenas uma boa cama e algumas horas de sono para depois começar a pensar na minha vida ao lado de Rafaela.



- Nossa; Henrique! O que aconteceu? -Andréia me questionou assim que entrei na sala.



- Nada! -respondi ríspido.



- Como nada? Olha seu estado! Andou chorando? -Andréia veio me analisando e quando tocou meu rosto eu segurei firme seu braço, eu não queria me sentir mais sujo do que já estava.



- Não faz diferença o que aconteceu ou deixou de acontecer, minha vida não te interessa, não aguento mais viver nesse inferno, eu queria dormir e acordar exatamente no dia que esse contrato de merda acaba, para que eu possa me ver livre desse casamento falso.



Soltei o braço de Andréia com força. Vi quando ela segurou o choro, mas eu estava abalado demais emocionalmente para me preocupar com outra pessoa que não fosse Rafaela. Ela sim merecia toda minha atenção.



Abri a porta do escritório e Cesar estava ali sentado na minha cadeira usando o meu telefone. Nem entrei, apenas virei minhas costas e saí, eu não tinha mais privacidade em minha própria casa, tudo estava ajudando para eu explodir a qualquer momento.



Entrei em meu quarto e Andréia estava sentada na beirada da cama, ainda segurando o seu braço que apertei com força. Vi que estava vermelho e me culpei por isso, jamais agredi qualquer mulher mesmo sendo Andréia.



- Você pode descansar aqui. Não vou te incomodar. Essa casa é sua também e eu preciso resolver algumas coisas na rua. A enfermeira vai comigo, não precisa se preocupar que o quarto será só seu.



Tive vontade de chorar, berrar, gargalhar da situação toda. Porra! A casa é minha não nossa, mas deixando de lado minhas vontades, apenas abria a porta para Andréia que entendeu o recado se retirando do MEU quarto. Tranquei a porta, arranquei aquelas roupas de cama, e coloquei tudo limpo, não queria sentir o cheiro dela. Depois de uma ducha rápida adormeci, em um sono profundo e sem sonhos.



Acordei, sentindo minha cabeça pesada, mas meu corpo relaxado, o relógio marcava 15h30min. Eu tinha dormido bastante mesmo.


Quando eu pensei em ficar mais um tempo, alguém bateu na porta do quarto e logo se identificou pelos berros.



- Eu que bebo todas e você que fica de ressaca o dia todo no quarto? Anda logo, abra essa porta, precisamos verificar a lista dos convidados da festa de sábado. Acorda primo!



Rodrigo era o cara mais chato que eu conhecia, ele não ia me deixar quieto no meu canto, muito pelo contrário: ia continuar batendo na porta até ela cair.

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