Capítulo- 41

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Rafaela

Eu fui com Rodrigo direto para o hotel. Quando passamos pela recepção agradeci mentalmente que a vadia da Angel não estava trabalhando.
- Vamos beber no quarto?
Parei de caminhar na mesma hora que escutei a proposta de Rodrigo.
Era só o que me faltava, achei que estava claro meu interesse único e exclusivo no Henrique, mas quando olhei para Rodrigo ele estava com o sorriso mais malandro do mundo, ordinário.
- Sem gracinhas, dessa família o meu interesse é em outro.
- Bom, pelo menos eu tentei, mas já que não quer pegar o Jung mais gato e o melhor de cama, azar o seu. Vamos beber, é o que me resta não é?.
Entramos de braços dados, rindo do comentário de Rodrigo, quando avistei Angel em um canto escuro do bar, com um homem muito bonito. Eles estavam com os olhos fixos em nós, mas não me importei. Eu precisava ser forte, tinha muito que enfrentar. A inveja daquela ordinária não me abalaria mais.
- O que vamos beber? Uma tequila? - esse Rodrigo era um safado mesmo, ele sabia do meu porre e estava me testando, achando que eu ia recuar, mas ele estava enganado, ele não me conhecia.
- Perfeito, já pede duas doses e uma cerveja pra acompanhar. - a cara de espanto de Rodrigo foi a melhor, eu o surpreendi, por essa ele não esperava. Festejei internamente. Agora estávamos quites: Rodrigo 1X1 Rafaela.
Tomamos nossas tequilas em silêncio, até que não agüentei e resolvi esclarecer ninjas dúvidas.
- Henrique vai mesmo se separar?
Por mais que eu tivesse acreditado nas palavras do meu amor, queria escutar o que seu primo e melhor amigo tinha pra me dizer.
- Sim, ele vai. Sei que você sabe do acordo e que falta pouco para acabar.
Um alívio atingiu-me em cheio com a confirmação que Henrique não estava me enganando, mesmo que meu coração já soubesse disso.
- Sim eu sei de tudo, Henrique me contou, achei tudo muito confuso, mas esperarei por ele. Pode parecer estranho, mas eu amo seu primo.
Eu sei que as pessoas achariam estranho eu me apaixonar em tão pouco tempo, mas eu não tinha dúvidas sobre o meu amor, e lutaria por ele até o fim.
- É... logo teremos um casamento então?- Rodrigo me olhou com carinho, deixando claro que aprovava o nosso amor.
- Não sei, mas se ele quiser, eu aceito. - claro que eu aceitaria Henrique era o homem da minha vida.
Bebemos algumas tequilas, falamos sobre várias coisas, Rodrigo é um homem muito inteligente e comunicativo.
Não falamos mais sobre Henrique, casamento, acordo, nossa relação, apenas aproveitamos nossas bebidas e jogamos conversa fora.
- Nossa, preciso ir pra casa. Está tarde e quero dormir cedo. - falei levantando e pegando minha bolsa.
- Não! Você não vai embora agora, tem um quarto a visitar.
Não me assustei dessa vez, já sabia o quanto Rodrigo era brincalhão, apenas sorri.
- Não Rafa, não estou falando do meu quarto, mas desse.- Rodrigo segurava uma chave com o número 1001 no chaveiro. Não tive reação, meu corpo inteiro travou, ele não precisava me explicar de onde era a chave, eu já sabia.
Arranquei a chave das mãos do Rodrigo e praticamente saí correndo hotel adentro. Quando atravessei a porta, esbarrei no homem que estava com Angel, me desequilibrei e quase caí no chão se não fosse amparada por aqueles braços fortes.
- Oh, meu Deus, me desculpe, eu bebi um pouco e saí apressada. Não reparei em você.
As palavras saíam da minha boca tão rápido que não consegui controlar a respiração, também, amparada naqueles braços fortes sendo sugada pelo olhar mais sombrio do mundo, não poderia agir de outra forma.
- Não tem problema algum, não é sempre que tenho em meus braços uma mulher tão linda como você.
Merda, eu ainda estava em seus braços, sacudi a cabeça pra tentar raciocinar direito, malditas tequilas.
- Mil desculpas mesmo, mas preciso ir, estou atrasada. -Falei já me soltando de seus braços e tentando continuar meu caminho.
- Calma! Deixa eu me apresentar! Prazer, Pedro.
Nossa! Quando ele falou "Pedro", meu corpo inteiro reagiu, lembrei do nome do amante da esposa de Henrique, novamente me xinguei por ter bebido demais.
- Prazer, Rafaela. - apertei sua mão estendida em minha direção, mas o galanteador levou-a até os lábios, beijando-a.
Levei alguns segundos para processar o que ele estava fazendo e quando a tequila resolveu parar de me importunar consegui reagir e puxar minha mão.
- Desculpe mais uma vez, mas preciso ir. - Não deixei espaço para nenhuma palavra, apenas sai em disparada pelo corredor e entrei no elevador que por sorte estava vazio.
Atirei-me contra a parede com o coração acelerado. Não sabia por que tinha ficado assim, se era o fato dele se chamar Pedro ou pelo olhar sombrio, que parecia entrar em minha alma.
Quando o elevador chegou ao andar do apartamento, tive que colocar a mão na boca pra segurar meu coração que estava prestes a sair pulando de dentro de mim. Sorri da minha atitude, mas não tirei a mão, se alguém me visse, diria que a culpa era das tequilas.
Quando girei a chave, a decepção me atingiu como um soco no estômago: ele não estava ali.
Entrei, acendi as luzes e encontrei uma mala aberta com algumas roupas. Era a única coisa que indicava um hóspede naquele quarto.
Continuei caminhando, na cama havia uma camisa amassada, provavelmente usada, e não resisti à tentação de cheirar, sim, era o cheiro do meu Henrique, o cheiro da sua pele que me hipnotiza.
Avistei o bar, peguei uma cerveja e quando tomei o primeiro gole tive uma idéia.
Apenas pedi em oração para não estar sendo ridícula e que Henrique pudesse gostar.

Oi povo....
Pequeno mas matou a curiosidade né? Hehehe e vem bomba por aí... Aguardem kkkkk

Bjos da Gaúcha .....

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