8- RAFAELA

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Rafaela.


Saí do café completamente nas nuvens. Direcionei-me direto à galeria onde ficavam as lojas com os preços mais baixos e com roupas de ótima qualidade.

Andei por várias lojas, mas nada me chamava à atenção. Eu não desistiria de comprar algo pra mim.

Quando parei para pegar um sorvete vi uma loja nova que tinha na vitrine um vestido dos sonhos. Se Bruna não fosse realmente me buscar eu iria sozinha, pois aquele vestido não poderia ser comprado e guardado. Ele parecia ter sido feito para mim, moldava meu corpo perfeitamente. O preço não era dos melhores, mas a qualidade do vestido valia ainda mais que o dinheiro que tinha vindo de graça.

Cheguei à minha casa animada, fiz minha sessão de beleza, hidratei meus cabelos, pintei as unha dos pés e das mãos; me depilei completamente, fiz sobrancelha e depois do banho hidratei meu corpo e fiquei de roupão até a hora de terminar minha produção para a noite.

Hoje era dia de minha mãe ir até a casa de Ana, sua amiga desde a escola, as duas jogavam cartas e bebiam suas cervejas. Às vezes mamãe dormia por lá mesmo, então apenas fiz um sanduiche de peito de peru e um suco de laranja, pois não queria ficar de estômago vazio, ainda mais que a noite prometia várias doses de Tequila.

Às 10 horas comecei a me maquiar, arrumar os cabelos, era quase 11 horas e eu estava pronta, mesmo não querendo criar expectativas, queria que Bruna viesse me buscar para sair, pois não tenho muitas amigas, a maioria delas foram para outras cidades seguir com suas faculdades e carreiras e eu continuei aqui. Às vezes me arrependo, mas não saberia por onde começar essa mudança.

Onze horas em ponto uma buzina me tira de meus pensamentos fazendo meu coração acelerar pelo susto.

Olhei pela janela e avistei a Bruna, no portão me acenando, peguei minha bolsa e fui ao seu encontro.

- Nossa Rafaela, você está divina nesse vestido, meu primo vai enlouquecer quando ver você.

Olhei por cima de seu ombro Rodrigo me analisava com olhos de gavião, não achei ruim, pois qual mulher não gosta de ser desejada?

- Seu irmão não veio? - Rafaela do céu, nunca abre a boca e quando abre olha o que sai. Ainda bem que estava escuro, pois senti meu rosto esquentar.

- Não, o Henrique não está nos seus melhores dias, é até bom ele não vir, assim me divirto sem ele me controlando. - enquanto Bruna falava, andávamos em direção ao carro, onde Rodrigo não escondeu seu sorriso Safado e lindo.

- Rafaela, você conseguiu ficar mais linda do que já é. Ainda bem que vamos ficar em uma área VIP, pois eu teria que correr com muitos gaviões. - como assim? Correr com os homens, hoje eu quero é me acabar num corpo lindo.

A danceteria era linda, não consegui vir à inauguração, afinal não consegui as cortesias sorteadas pela rádio local e como estava sem dinheiro fiquei só na vontade mesmo.

Estava me sentindo uma celebridade, pois a mesa bem localizada dava uma visão total da danceteria e principalmente da pista de dança, onde iria acabar com meus pés.

A conversa fluía solta, Rodrigo era engraçado e muito envolvente, sempre tentando conversar de uma forma que tocasse meu braço, a Tequila já estava fazendo eu me sentir leve e sorria por qualquer coisa. Bruna não era de perder tempo, enquanto fomos ao banheiro ela agarrou um loiro lindo, quando o beijo quase inapropriado até para àquela hora e local acabou, ele apenas sorriu e lhe entregou um cartão com seu telefone. Rápida essa menina.

Voltamos para a mesa, fiquei em pé porque queria dançar e estava apenas esperando a Bruna adicionar o telefone do loiro gato em seu celular para cairmos na pista. Foi quando senti alguém me olhar, mesmo estando de costas, e quando vi Bruna e Rodrigo sorrindo virei para ver quem estava chegando e a energia que aquele olhar me passou me deixou de pernas bambas.

Henrique vinha a passos firmes com os olhos fixos no meu, a forma como me olhava fez meu corpo pegar fogo, mesmo Rodrigo sorrindo e deixando claras suas intenções, não me deixou tão quente quanto a essa cara de mau que Henrique me dirigia.

Ele sentou a mesa e ali ficou observando tudo ao seu redor, Bruna e eu dançamos várias músicas e claro ela e seu loiro esqueciam-se de mim quando seus lábios se devoravam, mas não me importei, apenas fechava os olhos e curtia a música.

Estava cansada e precisava de algo para beber, pois a garganta estava seca. Pedi uma água à garçonete, enquanto ela ia buscar, Bruna me avisou que estava indo embora com seu loiro, pois estavam em ebulição. Palavras dela. Sorri para minha nova amiga que se afastava da mesa sem dar tchau a seu primo e irmão.

Quando olhei para a mesa Rodrigo não se encontrava mais lá, apenas Henrique que me olhava como se quisesse ler minha mente, quando desviei o olhar para pegar a água ele simplesmente pegou-a e me arrastou porta a fora, dizendo que me levaria para casa.

Não tive reação. Quando tocou minha mão, eu mal conseguia caminhar, pois meus olhos estavam fixos em nossas mãos unidas. Fiquei fraca com seu toque, me senti flutuar, não conseguia formular um pensamento coerente.

Durante todo o caminho fiquei olhando aquele corpo malhado lindo que segurava o volante de uma forma tão máscula que desejei ser segurada por aquelas mãos.

Quando parou na frente de minha casa, juntei os fatos de como é que ele e a Bruna sabiam meu endereço, pois no meu currículo tinham todos meus dados.

- Vou esperar você entrar - como assim entrar? Eu não queria vir para casa, queria beijar na boca e muito, poderia ter feito isso com o Rodrigo se Henrique não tivesse me tirado de lá sem me perguntar se queria.

Mas mesmo desejando uma noite quente com Rodrigo, eu sentia uma vontade de desvendar Henrique, com aquela cara de poucos amigos, queria ser possuída por ele, como se o mundo fosse acabar, queria não fazer amor e sim foder como uma louca com esse homem que exala testosterona, mas hoje teria que me contentar apenas com Caio, pobre vibrador.

- Eu não queria ter vindo para casa. - foi nesse momento que seus olhos me queimaram me deixaram perder os sentidos, virei gelatina, meu sexo pulsou só com o olhar. Vou ter um orgasmo com ele apenas me olhando.

Foi muito rápido apenas sentir sua boca me consumindo, sua língua exigente se apoderando de mim, como nenhum outro homem fez, virei uma marionete em suas mãos, a única coisa que sabia fazer era gemer e me deliciar com as sensações que aquele homem estava me proporcionando.

Gozei que nem uma doida. Achei que meu orgasmo fosse me quebrar inteira.

Quando nossas respirações estavam quase normais, olhei para Henrique sorrindo e me quebrei quando seus olhos demonstravam medo e arrependimento.

Sai de seu colo deixando sair aquele membro enorme de dentro de mim, me ajeitei da melhor forma, peguei minha bolsa e desci do carro quase correndo. Não tinha forças para pronunciar uma palavra. Pois tinha um bolo em minha garganta que impedia que eu falasse qualquer coisa sem chorar.

Assim que entrei em casa corri para meu quarto, nessas horas só o travesseiro poderia acolher essa dor que não sabia de onde estava vindo. E chorando como criança; adormeci com o seu cheiro puro e intenso em mim

Gente.

Vou tentar a partir de agora postar sempre a versão dos dois (Henrique e Rafaela).

Não tenho dias certos para postar mas tentarei postar a cada dois dias.

Agora tudo começa a tomar o devido rumo, e muitas coisas surpreendentes vão acontecer.

Não esqueçam as estrelinhas e os comentários para me deixar caa vez mais feliz.

Beijos gente.

PS: Vou aproveitar o frio que está fazendo aqui no RS e escrever mais , quem sabe amanhã não tem capítulo novo..... ;)

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