43- ANDRÉIA

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Não conseguia dormir, a noite estava se arrastando meu corpo pedia repouso, mas minha mente estava fervilhando e não conseguia descansar.

Henrique estava apaixonado, isso era fato, mas quem era a vadia que queria roubar o meu marido?

Eu nunca dei o valor que Henrique merecia, nunca, para mim ele sempre foi um negócio, um homem rico, influente, de boa família e que traria muitos rendimentos para a vida politica de meu pai, e era isso que importava: mostrar ao meu pai que eu era capaz.

Quando vi Pedro vivo, eu entendi tudo, eu acabei jogando minha vida fora por alguém que simplesmente mentiu que estava morto e nunca me procurou.

Já cheguei a pensar que Pedro nunca entrou em contato por medo do Henrique, mas Pedro era esperto, ele daria um jeito se quisesse me contatar.

Eu não quero mais pensar no passado e sim no presente, não posso deixar Henrique sumir da minha vida, eu demorei demais para perceber que em todo esse tempo ele foi o único que realmente me amou, e nenhuma vadia entraria no meu caminho para atrapalhar.

Entre cochilos e muitas ideias mirabolantes para recuperar o amor de Henrique, a noite passou.

Eram quase 6 horas da manhã quando resolvi colocar aos poucos meu plano em prática. Buscaria o meu marido, o traria para a nossa casa e principalmente para a minha cama.

Deixei um bilhete para a empregada preparar um delicioso café da manhã, o primeiro de muitos com meu marido ao meu lado.

Eu estava ansiosa, sabia que não seria uma tarefa fácil reconquistar o amor e a confiança de Henrique, mas uma coisa eu sabia: ele era movido pela culpa, e eu usaria isso para concluir o meu plano.

- Bom dia, qual o quarto que o Sr. Henrique Jung esta hospedado?

- Sinto muito senhora, mas não posso passar esse tipo de informação.

Mas com quem esse recepcionista pensa que está falando? Não seria impedida de ter acesso ao quarto do meu marido por uma estagiária, era só o que me faltava.

- Nem para a esposa dele? – falei entregando minha carteira de motorista, para confirmar o que estava dizendo.

- Infelizmente, senhora; não posso passar essa informação, não tem informação alguma que o Sr. Henrique lhe aguarda.

- Mas eu preciso falar com o meu marido, ligue para o quarto dele e informe que eu estou aqui em baixo.

- Sinto muito senhora, mas o horário não me permite esse tipo de ligação.

- Mas eu sou a esposa de Henrique Jung, eu quero ir ate o quarto do meu marido.

Minha voz ecoava pelos corredores vazios do hotel, eram poucas as pessoas que passavam naquele momento, o que era uma pena, eu queria que todos vissem o que eu estava passando.

- Com licença, a Senhora é esposa do Sr. Henrique?

- Sim sou.

- Pode subir senhora, vou pegar uma chave extra para o caso de o sono do Sr. Henrique seja pesado e não escute sua batida na porta.

Apenas sorri para a moça que me olhava com um brilho malicioso, mas não me importei, queria mesmo era subir.

Peguei a chave de suas mãos e me direcionei ao elevador, pensei em entrar direto e literalmente surpreender meu marido, mas eu queria mostrar que eu estava mudada, que eu iria ser paciente e respeitar o seu espaço.

Bati a primeira vez e nada, bati a segunda e nada novamente, quando eu estava prestes a abrir a porta com a chave extra, Henrique surge abrindo a porta branco como papel na minha frente.

- Bom dia Henrique, não estava conseguindo dormir, e resolvi vir até aqui te ajudar com as coisas, eu quero muito que tudo dê certo, que a gente de certo. Posso entrar?

Enquanto eu falava, vi que Henrique não estava apenas surpreso por minha súbita aparição, ele estava acompanhado.

- Andréia é melhor você me esperar lá no apartamento, não vamos complicar as coisas mais do que elas já estão.

Ah Henrique, eu até tentei ser educada, bater na porta, falar baixo com olhar angelical, mas eu não ia simplesmente ser enxotada do quarto do meu marido.

Espalmei minha mão na porta e pegando Henrique de surpresa, consegui entrar no apartamento, não disse uma palavra apenas fui andando em direção ao quarto, e não é que tinha uma putinha na cama do meu marido. Provavelmente a tal da Rafaela.

Vi o reconhecimento imediato quando nossos olhares se cruzaram.

- Sim, eu sou a esposa dele, e você deve ser a nova puta que anda deitando com o meu marido.

Fui arrancando o lençol que a vadia inutilmente tentou segurar para cobrir seu corpo.

- Andréia, por favor, pare, vá para o apartamento, depois conversaremos. SAIA AGORA DO MEU QUARTO!

- Não ouse me impedir Henrique, essa putinha precisa saber que você é casado e tem dona.

- PELO AMOR DE DEUS ANDRÉIA, PARE AGIR ASSIM. SAIA AGORA!

- Não me toque. – falei puxando meu braço que Henrique segurava- não venha me tocar com essas mãos sujas, eu vou sim tirar essa vadia daqui, nós vamos fazer suas malas e você vai voltar para casa comigo sem discussões, mas não antes de eu ensinar que não se mexe em homem meu.

Minha ação foi tão rápida que não deu tempo de Henrique me segurar. Peguei a safada pelos cabelos e a arrastei pelo quarto, não me importei com os gritos de seus protestos nem com a cara de pânico de Henrique diante da situação. Apenas abri a porta e a joguei no corredor, nua.

- Andréia você ficou maluca de vez?

- Não quero ouvir uma palavra, nada. Você já me fez sofrer demais nessa vida, e eu não merecia ser humilhada dessa forma, me trair com uma desclassificada qualquer.

- Você esta enganada Andréia, a Rafaela não é uma qualquer, ela é meu amor e quando esse inferno acabar ficaremos juntos, agora saia da minha frente, você jogou a mulher da minha vida nua no corredor sua doente.

- Pare! Nem invente em pegar uma peça de roupa para socorrer a desclassificada. Ou aquela gravação vai estar em todos os lugares, seu nome, sua reputação e tudo que você conquistou até hoje será jogado na lama.

- Pode fazer isso Andréia, faça exatamente isso, mas chega de me manipular.

A vadia tinha enfeitiçado meu marido, e com essa eu não contava, ele estava disposto a jogar tudo por alto por ela, eu teria que ser mais esperta.

- Isso, abandone tudo, você me julgou a vida toda por meu erro e esta fazendo igual, vai ser muito triste quando a Bruna ficar sabendo de tudo e descobrir que o irmão dela não passa de um assassino.

- Sua vadia. – Henrique tinha o olhar determinado, naquele momento me senti em perigo, ele não estava raciocinando, a raiva tinha o deixado cego. Foi então que as batidas insistentes de Rafaela cessaram trazendo Henrique à realidade e o paralisando no lugar por alguns segundos para logo em seguida sair em disparada pela porta.

- Rafaela, Rafaela... – Henrique berrava a plenos pulmões pelo corredor e nem sinal da vigarista, aproveitei essa oportunidade, saí do quarto e entrei no elevador antes que Henrique descontasse toda a sua raiva em mim. O melhor que eu tinha a fazer era esperar a poeira baixar.

Oiiii povo....
Agora sim.... Sem chuvas, pedras.... Tudo normalizando... O tempo tá castigando o Sul...
Bom aí está mais um pouco dessa gente doida...
Mesmo não respondendo os comentários leio todos.... Amo vcs....💚
Não esqueçam das estrelinhas e os comentários.
Os- essa Andreia nem pra barraqueira serve hahahaha....

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