I Segundo Para o Fim do Mundo

Capítulo 38

A neblina branca que me transportava à menina do corredor,lentamente foi se apagando,e logo,eu voltava a realidade.

Eu comecei a levar aquela lembrança para meu tempo atual,afinal,a irmã daquela menina estava prestes a fazer tudo pela popularidade,tenho certeza que o anticristo também fará de tudo para ter o que quer,eu realmente queria olhar na face daquele desgraçado pra poder dizer umas boas verdades,mesmo tendo a consciência que me matariam depois das duas primeiras frases.

Além dele,tinham seus aliados,as marcas selavam a aliança entre o anticristo e os outros militares que estavam por ali,todos eles,sem exceção, tinham a marca,toda a área tinha,e o grupo social que foi montado por ele,atraia os militares a fazerem suas vontades,era tudo um plano bem bolado,a única ameaça,realmente,eram os crentes que ainda não se rendiam,como Louis,como eu...nós tínhamos a chance de ter o que ele nunca terá...uma vida eterna no céu.

Agora eu já tinha descoberto tudo...a área 9 nada mais servia do que para interrogatório e morte de crentes resistentes,informações que ajudariam mais ainda a captura e decapitação,envenenamento,entre as tantas outras formas de morte,lembrei da conversa dos dois militares antes de entrar na casa de Jonas,o tal soldado deveria matar mais pessoas se quisesse entrar na área,aparentemente,só ficavam lá os de mais alta patente,e ele queria isso,era um ciclo vicioso,que já deveria ter sido bolado pelo anticristo à muito tempo,tudo isso se resumia a: "matem pra mim,vocês subiram de cargo,terão dinheiro e uma vida longe do caos do mundo,arranquem informações,me tragam cabeças,e todo o mundo estará aos seus pés,juntamente comigo,é só se aliar,com a marca,com o chip..."

E isso não era tudo, ainda tinha aquele chip idiota,além de uma base assassina, a área nove também era um centro de estudo científico,por isso queriam a camuflar tanto,eles faziam experimentos com os prisioneiros também,deduzi,se morressem,ajudaria no trabalho que já iria ser feito,e aquele chip,era o ponto de eclosão de tudo.

Nós poderíamos ser localizados em qualquer parte do mundo,e tenho certeza,que ele poderia matar também,até agora o trabalho de acabar com os crentes estava "em off",mas,se eles persuadissem o povo,todos,a colocaram aquele chip,ou,acho que seria bem mais provável,obrigá-los a isso,tudo estaria mais que no fundo do poço.

A partir dali,tudo pioraria,mesmo eu achando que não daria para ficar pior,as marcas selariam o compromisso,e eles teriam que cumprir o que o 666 fazia prometer,eles matarão todos aqueles que não tem a marca,os únicos crentes restantes,tenho certeza que a morte não vai ser tão rápida quanto eu queria que fosse,talvez torturassem...mais ainda.

Mas...e se isso já estivesse acontecendo?

Explodi,com os olhos abertos,retomando minha visão,o pequeno Hitler ria,murmurava mais alguma coisa para Louis,não tinha mais jeito,eu iria embora,esperava que para um lugar melhor que aquele.

A injeção cheia de polimetro estava preparada,ele dava petelecos nela,que nem naqueles filmes de terror,ele iria colocá-la em mim,não tive forças para me reerguer com a cadeira,ainda estava estirada no chão,era uma morte humilhante,os militares gélidos,ainda não possuíam reação nenhuma,e Jonas,havia decidido não ver minha morte,talvez,mas só talvez,ainda tinha resquícios do menino que era antes de ele sujar as mãos com isso tudo.

A agulha estava perto.Havia chegado a hora.

O pequeno Hitler se lançou contra mim.

Gritei.

Caiu no chão juntamente com a injeção.

Mas...ele não deveria estar em pé?

Olhei para cima,ele havia ganhado uma ajudinha para desabar em cima de mim,antes que eu visse quem era o dono do corpo da ajuda,um pedaço de madeira se lançou contra a cabeça do pequeno Hitler,ele desmaiou,ainda em cima de mim,os outros soldados também não estavam mais em pé,pareciam sangrar,atingidos.