Capítulo 30

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Empurrei-o no momento em que senti o beijo,me levantando.

"O que você fez?!" gritei.

"M-mas eu achei que..."

"Achou errado! Jonas,eu aprecio muito as coisas bonitas que você me falou...mas...mas eu não posso gostar de você!" falei,me virando para o local das camas.

"Por que em? quem já domou seu coração? Quem? Gabriel?" ele falou me fazendo parar de costas para ele,o deixando sem resposta.

"Há!" ele disse,eu me virei,Jonas obtinha um olhar de deboche. "Eu sabia! Eu percebi...mas fui burro o bastante para me cegar! pois fique sabendo Elisa,que se dentro desse tempo todo que vocês passaram juntos,ele não abriu uma palavra se quer sobre o que sente por você...aí sim...você pode ter certeza! Que você é só mais uma aventura pra ele!" Jonas falou despejando tudo que estava sentindo em cima de mim.

"Eu não estou nem aí pra o que ele pensa ou deixa de pensar !" menti,me quebrando mais ainda por dentro,por pensar que eu podia ser só mais uma aventura para Gabriel.

Percebi que já deveríamos ter acordado os meninos,pela altura de nossas vozes,também percebi que estava chorando.

Andei em direção as camas esperando ver olhos curiosos para cima de mim e Jonas,mas não achei nenhum.

Eles não estavam lá.

Virei-me para trás,já não ouvia os passos de Jonas.

Ele também não estava mais lá.

De repente,a luz da vela aumentou,e revelou três soldados anticristianos.

Todos eles seguravam os meninos pelo pescoço,os ameaçando com uma faca.

"Ora,ora,ora..." um deles falou,eu acho que me lembro dele. " se não é a menina que deveria ter tomado polimetro..." eu conhecia! Era o chefe de Jonas! Aquele que permitiu que ele me levasse!

"Detesto interromper o clima romântico de vocês...mas creio que vocês nos devem algumas respostas!" ele disse sorrindo,pedindo para que o quarto soldado,que antes eu não tinha visto,se aproximasse e me pegasse;

Henry,Gabriel e Jonas estavam amordaçados e amarrados nas mãos,como eles tinham feito isso tão rápido?

O soldado requerido,se aproximou muito rápido,pegou minha nuca,e colocou minha cabeça no chão,senti as pedrinhas de cimento me cutucarem e me machucarem,gemi de dor.

Olhei para o lado com o canto dos olhos e vi Gabriel e Jonas se debatendo,e tentando gritar,na tentativa de me ajudar.

Ele amarrou meus braços nas costas e me virou para frente começando a amordaçar minha boca,tentei lutar,mas ele já havia tirado o canivete do bolso,como em uma sucção rápida,ele me pôs de pé,e colocou o canivete sobre o meu pescoço,o raspando bem de leve,rasgando minha pele.

"Se você continuar a lutar,serei obrigado a colocar mais força em minha mão,e você não quer ver o estrago que essa belezinha faz!" ele disse,chutando o dobramento de trás de minhas pernas,me fazendo andar, dando um sorriso literalmente amarelo,com aqueles dentes horríveis,me levando até os outros.

"Ponham eles no caminhão..." o chefe disse.

"Área 9 ,senhor?" o soldado que segurava Henry perguntou,e eu pude ver a aflição do menino,ele estava chorando,as lágrimas caíam sobra a mordaça,ele implorava com os olhos por ajuda,como não tínhamos os ouvido chegar? Como eles descobriram nossa localização? Como?

"Área 9" o chefe anticristiano confirmou,nos levando até o solo.

***

Senti uma mão enorme empurrar minha cabeça para dentro do grande caminhão que nos esperava lá em cima.Eu estava muito preocupada e eufórica,nem vi direito os outros meninos,o único que eu pude ver com facilidade foi Henry,que ainda chorava,inconsolável.

I Segundo Para o Fim do MundoOnde histórias criam vida. Descubra agora