Capítulo 3 - Parte 7

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O ouvi falar uma palavra esquisita e o cavalo começar a correr. Apenas fechei meus olhos imaginando o pior acontecer. Senti a brisa tocar meu rosto por alguns minutos. Por fim resolvi abrir meus olhos e me deparei com uma imagem linda. Parecia estar em um pomar. E no fundo havia uma cachoeira, não muito alta, mas perfeita. Vi que a velocidade havia diminuido e Christopher parou o cavalo, e depois de descer me ajudou a descer. Ele teve que me segurar pois minhas pernas estavam tão bambas que quase não consegui parar em pé.

Viu, não foi tão ruim assim.

Eu vou te matar Christopher. - Comecei a estapeá-lo. - Nunca mais faça isso comigo.

Ei, ei, ei. - Ele me segurou. - Já passou.

Idiota. - Me soltei dele.

Toma uma maçã. - Ele levantou o braço e pegou uma maçã em um galho mais alto que ele. Eu não havia percebido que estávamos em baixo de um pé de maçãs. - Mas fica calma. - Ele pincelou meu nariz e peguei a maçã.

Vem, vamos até a cachoreira. - Ele saiu andando e o acompanhei enquanto comia a maçã em silencio pensando numa forma de matá-lo.

É lindo aqui Christopher. - Falei com a boca cheia de maça e ele riu. - E essa maçã é gostosa. - Nos sentamos numa rocha na beira da cachoeira.

Quando eu era criança eu quase me afoguei aqui.

Sério?

Sim.

E não te dá um certo medo vir aqui?

No início sim, mas depois. - Ele suspirou. - Eu resolvi vir aprender a nadar. Não ía deixar uma cachoeira me dar medo. Hoje eu poderia estar vendo-a como um lugar de terror, mas escolhi vê-la como um lugar calmo, tranquilo. E olha, o som da agua caindo, dos passaros. Dá uma sensação tão boa.

Verdade. Tranquiliza a alma. Por que nçao me trouxe aqui antes?

Esqueceu que você só fica no quarto? - Ele tirou a camisa e o olhei disfarçadamente. - Quer dar um mergulho? - Ele tirou o sapato juntamente com as meias.

Não. Obrigada. - Ele se levantou. - Vai nadar de calça?

Se quiser posso me despir aqui na sua frente e depois o seu pai me mata né.- Mordi o lábio inferior.

Por mim. - Dei de ombros fingindo não me importar. Arregalei meus olhso ao vê-lo tirar as calças ficando apenas de cueca.

Christopher. - O repreendi sentindo meu útero e meu estômago trocarem de lugar. Céus. Tive que virar meu rosto ou iria ter um orgásmo apenas de olhá-lo. Logo em seguida ele entrou na água e mergulhou naquela água cristalina.

Fechei meus olhos e apenas fiquei sentindo o vendo e o fraco sol tocarem meu corpo, enquanto ouvia o belo som da natureza. Fui surpreendida após algum tempo com os lábios molhados de Christopher. Não imaginava de onde ele havia saído e se quer abrir meus olhos. Senti o corpo totalmente enxarcado dele vir lentamente sob o meu me fazendo feitar na rocha.

Beijos, beijos, e mais beijos. Estávamos prestes a ultrapassar os nossos limites. Aliás, a essa altura eu já estava sem minha blusa, que provavelmente estaria jogada em um canto toda molhada e suja de terra. E meu pescoço provavelmente já estaria todo marcado. Que mania a dele de querer ser um vampiro! Senti uma pontada fraca no útero. E despertei.

Christopher. - Tentei falar entre o beijo. - Que dia é hoje?

Domingo.

Do mês Christopher.

Acho que 25 por quê? - O empurrei. - O que foi?

Desculpa, não podemos. - Me sentei sem graça.

Tudo bem. - Ele se sentou. - Estou forçando a barra né.

Não é isso. - Mordi o lábio inferior.

Posso te fazer uma pergunta? - Assenti.

Você é virgem? - O olhei.

O que você acha?

Não sei. Você ao mesmo tempo que tem uma carinha sapeca, tem carinha de bebê. - Procurei minha blusa em volta e a vi ser carregada pela água.

Quem sabe algum dia você onsiga descobrir. - Dei uma piscada. - Agora vai ter que me dar sua blusa, porque a minha já era. - Apontei a blusa já bem distante da gente.

Pode voltar assim.

Nem morta. - Revirei os olhos já pegando a blusa dele e me vestindo.- Isso fica um vestido em mim.

Será por que né baixinha? -Ele riu e levantou-se vestindo sua calça. - É melhor a gente voltar.

Concordo. Antes que a gente cometa uma loucura.

Loucura? - Ele deu meio sorriso.

É Christopher. Quer saber? - Ele assentiu. - Estou em meus dias férteis e não estou a fim de fazer isso. Sou muito nova pra ser mãe.

Então você realmente não é mais virgem?

É.- Confirmei meio sem graça.

Tudo bem. Eu também não pretendo ser pai agora.

Então acalme seu filho único aí em baixo. - Dei uma risada sapeca. - Acho que é por isso que estava tão chata ontem.

Dulce, você é chata.

Vai se ferrar Christopher. - Me levantei.

Outro dia eu vou. - Ele me roubou um selinho, pegou seus sapatos e saiu andando em direção ao cavalo.

Vamos mesmo ter que voltar nele?

É um pouco longe pra ir apé e já está tarde né.

Tudo bem. - Suspirei.

Christopher me colocou em cima do Vendaval e depois subiu no mesmo. - Podemos ir devagar agora.

Por mim pode ser. - Ergui um pouco para trás me encostando nele.

Um dia seu medo passa. Prometo. - Ele beijou minha cabeça e seguimos para a casa lentamente enquanto conversávamos.

[REVISÃO] Trezentos e Sessenta e Cinco Dias VondyOnde histórias criam vida. Descubra agora