Capítulo 4

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Os dias foram passando. Meados de fevereiro, ultimo dia da semana de provas. Uma semana inteira daquelas malditas provas, o que havia me deixado louca de tanto estudar. Estava estudando com Annie na biblioteca já que após o almoço iriamos ter mais provas.

Você está falando sério? - A loira gritou e todos nos olharam.

Não grita Anahí. - Escondi minha cara com o livro enquanto a bibliotecária chamava-lhe atenção.

Ai foi mau. - Ela baixou o tom da voz. - Bom, se bem que naquele sábado à noite eu notei que estavam estranhos.

Pois é. - Dei meio sorriso.

E porque não me contou antes?

Na verdade eu nem ia contar sabe. Mas precisava falar com alguém.

Você está gostando dele?

Eu? - Ela assentiu. - Acho que não. É só curtição sabe?! - Mordi o lábio inferior.

Curtição? Não me parece que ele pense isso.

Como assim?

Dulce, será que só você não percebeu que o Uckermann morreria por você?

Ai, não blefa. Que exagero.

Exagero? - Ela riu. - Você me diz que se beijaram aquele dia, e no outro quase se engoliram na cozinha e na cachoeira. Isso não tem cara de curtição não. E outra, não dou nem duas semanas pra você dormir com ele.

Anahí. - A repreendi.

No fogo que vocês estão.

Estávamos. - Molhei o lábio com a língua e voltei o olhar ao livro.

Como assim estávamos.

Eu estou tentando me afastar um pouco. Antes que aconteça algo realmente sério sabe. Daqui há alguns meses eu vou embora e não quero me machucar mais, e menos ainda machucá-lo porque ele é uma ótima pessoa e não merece isso. - Peguei uma caneta e comecei a fazer alguns rabiscos em meu caderno.

Se você diz. - Ela deu de ombros. - Mas ele realmente é uma ótima pessoa. Tanto ele como o irmão.

Acho melhor a gente ir né. - Disse fechando meus materiais enquanto ouvia o sinal tocar.

Melhor mesmo. - Ela guardou os materiais dela e depois fomos para a sala onde fizemos mais duas provas.

Cheguei em casa naquela sexta e fui tomar um banho. Após tomar um longo e relaxante banho desci até a cozinha para comer algo. Enquanto comia ouvi os cachorros latirem e o motor de um carro se aproximando. O que era estranho, pois Christopher estava em casa, Fernando havia viajado a negócios e Alfonso só chegaria à noite. Fui até a janela para ver de quem se tratava e pude ver uma senhora e um senhor saindo do carro. Quem seriam eles? Fui até a porta para saber quem eram. Eles vinham em direção à porta como se já conhecessem a casa.

Perdão. Posso ajudar? - Pronunciei-me enquanto arrumava um hobby que vestia. Por um momento pensei que eu estava com uma mascara bem feia, pois a cara de espanto dos dois fora gigante. Principalmente daquela senhora.

É ela. – A senhora se pronunciou.

Perdão. Ela quem? – Perguntei confusa.

Não posso acreditar no que vejo. O que você faz aqui? – Disse em um tom meio desagradável.

Ainda estou me perguntando isso. Quem é você?

Ora! Quem sou eu?! Alguém que você jamais deveria ter conhecido. – Ela se pronunciou enquanto o senhor que a acompanhava seguia calado. – Você ainda não me respondeu o que faz aqui!

Acho que eu moro aqui! – Disse irônica.

Pois acho que Fernando perdeu completamente o juízo.

Ei. Quem é você para me dirigir a palavra dessa forma.

Alguém bem melhor que você e sua mãe.

Espera! O que tem minha mãe?

[REVISÃO] Trezentos e Sessenta e Cinco Dias VondyOnde histórias criam vida. Descubra agora