Não Ivalú. – Respondi antes que ela pudesse prosseguir. – Já basta o Pablo. Eu já disse que não estou e tenho certeza disso.
Absoluta?
Sim. Acha que se eu tivesse iria esconder? Pelo contrário, eu iria me aproveitar disso pra poder ficar.
Está certo. – Revirou os olhos. – De qualquer jeito você não pode viajar dessa forma. Olha pra você, está mais branca que um papel Dulce.
E o que posso fazer? Fingir um desmaio? Porque não vejo motivo algum para aquele cara acreditar em mim.
Vamos lá pra fora. – A vi suspirar. – Vem lavar o rosto aqui.
Ok! – Fui até a pia com a ajuda dela e lavei meu rosto. Peguei minha escova de dentes que sempre levo em minha bolsa e escovei os dentes para tentar tirar o gosto horrível que estava em minha boca, depois fomos para a sala de espera, onde estavam meus amigos e aquele senhor. Há poucos passos deles senti minhas pernas perderem a força porém somente não caí porque Ivalú me segurou. Olhei para o chão já esperando todos perguntarem o que eu tinha. Dito e feito. Como esperado Pablo fora o primeiro a chegar até mim e me tomar dos braços de Iavlú.
O que ela tem Ivalú? – Me abraçou pela cintura e me levou até a cadeira.
Ela vomitou muito lá dentro. – A olhei com repulsa e ela ignorou.
De novo Dulce?
Como assim de novo? – Fernando perguntou me olhando.
Pablo. – O repreendi. – Não era pra falar.
Dulce, você não está nada bem. – Ele me olhou preocupado. – Olha pra você, está pálida, e chega a estar fria.
Eu estou bem, é apenas estresse.
Harrram. E eu vou fingir que acredito. – Fuzz falou e a olhei.
O que quer dizer com isso?
Eu nada Dulce.
Espero bem que nada Fuzz. – A fitei e ela deu um sorriso maléfico, mas fechou a cara quando ouviu a primeira chamada do meu vôo. Apenas fechei meus olhos tentando evitar que minhas lágrimas caíssem.
Precisamos ir Dulce. – Pude sentir a forma fria com que Fernando dissera aquilo.
Não quero ir. – Sussurrei.
Mas precisamos ir. Espero você na fila do embarque. – Abri meus olhos e o vi se retirar do local em que estava.
Vai ficar tudo bem baixinha. – Pedro me olhou abraçando Ivalú. – Um ano vai passar logo, e estaremos aqui esperando você.
E quem sabe quando terminar as aulas a gente não vá visitar você.
Parem. Nada do que disserem vão me fazer aceitar.
Dulce. – Pablo pegou minha mão e o mirei. – Você é forte, e vai aguentar ok?
Eu sei. – O abracei em um impulso.
Vamos deixar vocês dois sozinhos. – Ivalú falou acariciando minha cabeça. – Mas antes me dá um abraço forte. Solta ela Pablo. – Consegui dar um sorriso sem graça e me levantei com a ajuda de Pablo. – Te amamos muito e não vamos te esquecer ok? Vamos nos falar todos os dias, e mesmo quando não der a gente não vai perder contato. Nem que eu tenha que ir atrás de você. – Ela falou enquanto me abraçava forte.
É Dulce, vamos estar sempre aqui. Se precisar de alguma coisa é só falar com a gente. Ligar, mandar e-mail, mandar carta, você quem sabe. – Ela abraçou a mim e a Iva.
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[REVISÃO] Trezentos e Sessenta e Cinco Dias Vondy
FanfictionTrezentos e Sessenta e Cinco Dias Narrado em primeira pessoa, a trama ocorre com Dulce Maria, uma adolescente de 17 anos, que após a morte de sua avó com quem vivera por anos, se vê obrigada a deixar sua vida e seus amigos em Nova York para viver co...