Oi Annie. Resolveu aparecer?
É. Pelo visto nem precisava ter vindo não é? - Ela cruzou os braços e nos olhou com um olhar enciumado.
Pensamos que não viria mais. Já estávamos indo embora. - A ignorei.
Porque não vamos almoçar juntos? - Poncho propôs. - Vão indo vocês duas e eu vou na farmácia comprar o necessário.
Pode ser. Estou faminta.
Vão indo vocês duas naquele de sempre. Annie sabe do que gosto, pode pedir pra mim. - Ele deu um selinho nela e se retirou.
Vamos? - Perguntei já a puxando pela mão e seguimos para o restaurante. - Ai Annie, deixa de ciúmes, sabe bem que o Poncho e eu somos apenas amigos e que eu jamais me interessaria por ele, pelo simples fato de sermos amigas.
Não é isso. É que ele estava tão atencioso com você. - Disse enquanto entrávamos no restaurante e escolhíamos uma mesa à sombra. - É bem mais fácil vocês ficarem juntos do que ele ficar comigo.
Claro que não! - Exclamei e tom de repreensão. - Quer que eu te dê alguns motivos pra isso? - Ela se manteve em silêncio. - Pois bem. - Me arrumei de uma maneira mais confortável na cadeira. O primeiro motivo de tudo é que ele te ama e não há miss universo nesse mundo por quem ele te trocaria. O segundo é que eu amo outra pessoa e você sabe muito bem disso. O terceiro é que sim, eu estou realmente grávida do Christopher e nem se ele rejeitar essa criança eu irei deixar outra pessoa fazer-se de pai dela. E por ultimo, não menos importante. - Mordi o lábio inferior. - O Poncho é meu... meu meio irmão.
O quê? - Ela gritou. - Do que está falando Dulce?
Longa história.
Me explica isso direito.
Só se você me prometer que não contará a ele e nem a ninguém.
Mas Dulce, ele não sabe?
Não. Me promete?
Ok! Prometo. - Ela bufou. - Mas me explica isso direito.
Tudo bem. - Olhei em volta para me certificar de que ele não estava chegando. - Há alguns dias atras, a Ale estava revoltada porque o Poncho estava mau por conta de seus pais. Você sabe do que falo. - Ela assentiu. - Foi aí que ela me disse que poderia que por um ponto final nisso e eu fiquei sem entender. Aí ela me disse que ela e meu pai ficaram algumas vezes mas não foi nada sério. Então ela descobriu que estava grávida, e aí ela conheceu o Victor que se apaixonou por ela e disse que cuidaria do bebê, no caso o Poncho como se fosse dele, daria nome e uma vida digna aos dois mas com a condição de que tanto ele como Poncho soubessem de qum ele realmente era filho. Quando meu pai voltou da viagem que ele fez para estudar fora, Poncho já tinha nascido e ele nunca se quer pensou na hipótese de que ele fosse seu filho e o Chris também. Aí ele conheceu a minha mãe e eu nasci. Bom, pelo que eu sei esse é o resumo.
Ok! Mas, nem ele nem o seu pai sabem?
Ainda não. Eu disse a Ale pra contar ao meu pai e a ele. Ele é uma ótima pessoa, tem o direito de saber a verdade. Ele não merece passar por tanto desprezo Annie. Ele é um cara trabalhador, que junta centavo por centavo na esperança de poder fazer uma faculdade e ter um bom emprego para te dar uma boa vida.
Eu sei disso tudo Dulce. Mas não me importa se ele tem ou não dinheiro.
Não importa. Se é esse maldito papel quem vai fazer os seus pais deixarem vocês dois viverem o amor de vocês em paz, que seja. Agora ele é futuro herdeiro de metade das coisas que eu herdarei algum dia. - Suspirei sentindo meu estômago se revirar.
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[REVISÃO] Trezentos e Sessenta e Cinco Dias Vondy
FanfictionTrezentos e Sessenta e Cinco Dias Narrado em primeira pessoa, a trama ocorre com Dulce Maria, uma adolescente de 17 anos, que após a morte de sua avó com quem vivera por anos, se vê obrigada a deixar sua vida e seus amigos em Nova York para viver co...