Ficamos coversando por alguns longos minutos até as pessoas começarem a voltar, todas conversando. Vi a tia Ale entrar mas passar direto e se sentar na primeira fila. Queria que ela me disse algo, que brigasse comigo, que gritasse pra todos que eu era culpada, mas ela me tortura da pior forma. Não fui uma boa pessoa ao revelar o segredo dela para todos mas isso não é importante perto de tudo que está acontecendo.
Um tempo depois, o promotor anunciou a entrada do juíz e todos se levantaram em silêncio, depois se sentaram. Isso era esnobe. Rodrigo foi trazido novamente para dentro, ainda algemado, espero que as algemas estejam machucando seu punho.
O juíz então começou a ler um papel que lhe entregaram. Ele começou a ler um monte de besteiras e então por fim chegou na parte que eu tanto esperei. - ...Dito isto, o réu Luis Rodrigo Padilla Reyes é considerado culpado sob pena de 35 anos por tentativa de homicídio qualificado somado a seis anos por ameaçar uma vítima, somando no total de 41 anos de prisão. - o Juíz bateu o martelo dando o veredito final e todos começaram a falar, juntos. Rodrigo me encarou de longe, com um sorriso no rosto. Era pouco, eu queria prisão perpétua.
Não. - Gritei me levantando. - Isso não é justo!
Ordem no tribunal. -
Ele, ele é um assassino, isso não é justo.
Dulce. - Meu pai tentou me puxar.
Ele atirou contra o Christopher sem deixá-lo se defender.
Senhorita Saviñon, se acalme.
Filha, para. - Meu pai se levantou e saiu me puxando pra fora.
Assassino!!! - Gritei antes de meu pai fechar a porta. - Ele, ele... Não, papai isso não é justo.
Filha se acalme, ele foi condenado, isso é o que importa. - Ele me abraçou. - Acabou, acabou. - Ele me apertou em seus braços.
Vamos para o carro esperar o pessoal e de lá vamos embora tá bom?
Me leva pro hospital.
Filha, deixa pra depois, o Christopher vai ficar bem, mas você precisa descansar.
Não estou falando dele. - Olhei para baixo. Uma linha vermelha traçara minha perna.
Ah meu Deus. - Ele exclamou assustado. - Está sentindo alguma coisa?
Cólica, mas pensei que era normal.
Dulce. - Ele passou a mão pelo rosto.
Ai meu Deus. - Senti uma pontada aguda. - Me leva para o hospital. - Levantei a cabela e o encarei assustada.
Tá, tá... -Ele respondeu. - Vem. - Ele me pagou no colo e saiu atropelando todos pelo caminho.
O caminho para o hospital nunca havia sido tão longo. Fui atendida assim que cheguei no hospital. Fizeram um monte de exame em mim, e aplicaram tantos medicamentos que eu já estava me sentindo meio dopada.
Meu pai andava de um lado para o outro esperando por alguma notícia até que o médico apareceu e me encarou. No desespero eu comecei a soluçar sem nem esperar ele dizer nada. Eu estava com tanto medo.
Filha calma. - Meu pai veio até mim. - Deixa ele falar primeiro ok?
Boa tarde. - Ele suspirou. - Posso te chamar de Dulce? - Assenti.
Eu vou perder meu bebê? - Perguntei logo. Seja lá o que estava acontecendo, eu queria saber.
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[REVISÃO] Trezentos e Sessenta e Cinco Dias Vondy
Fiksi PenggemarTrezentos e Sessenta e Cinco Dias Narrado em primeira pessoa, a trama ocorre com Dulce Maria, uma adolescente de 17 anos, que após a morte de sua avó com quem vivera por anos, se vê obrigada a deixar sua vida e seus amigos em Nova York para viver co...