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Edu já cansado e frustrado com a situação, resolveu se aproximar de Bia, pra mais uma tentativa. Esperou ela ficar sozinha e isso demorou mais do que o previsto. A festa estava linda, agitada, mas ele não conseguiu aproveitar nada só pensando nela.
Quando se aproximou, segurou-a pelo cotovelo.
Edu: preciso falar com você. - disse sério, porém seus olhos imploravam.
Bia: tudo bem. - achando estranha a atitude.
Edu levou-a a uma parte mais afastada do jardim e mais silenciosa, ainda podiam ouvir a musica, mas as conversas dos convidados já não eram mais ouvidas.
Bia: o que quer conversar Edu? - perguntou mesmo já sabendo a resposta.
Edu: sobre nós, sobre o que te falei que sinto e sobre o que você sente por mim. - suspirou passando a mão pelos cabelos - Eu não consigo mais ficar assim Bia, é uma tortura te ver todos os dias e não saber o que vai acontecer, se posso me aproximar ou não. - fez uma pausa - Se tenho chance ou não.
Bia: não vou mentir pra você Edu, pensei muito nessa historia todos esses dias, é algo que tem me atormentado e perseguido sem parar. Eu não tenho certeza do que sinto e não posso assumir a responsabilidade de um sentimento tão forte assim sendo tão nova.
Edu: o que quer dizer? - perguntou por um fio de voz.
Bia suspirou: eu quero dizer que ainda não vivi nada e gostaria de passar por cada momento, de acertar e errar.
Edu: então? - esperando pelo que viria.
Bia: eu não posso ficar com você Edu, não confusa do jeito que eu tô, eu conversei muito com minhas amigas e elas me disseram que se eu não estiver pronta pra algo tão sério é melhor não correr o risco. E eu não quero correr esse risco.
Edu abaixou a cabeça: então isso é um não. Eu não tenho chance. - respondeu por ela.
Bia: você é um cara legal Edu, vai encontrar alguém que corresponda aos seus sentimentos. É só que esse alguém não sou eu. - ergueu a mão para tocá-lo, mas desistiu ao vê-lo recuar.
Edu levantou o rosto, os olhos marejados, cheios de algo que Bia reconheceu como dor e tristeza. Sentiu um aperto no peito por saber que era culpa dela aquilo.
Edu: talvez sim. - limpou a garganta, a voz embargada - Eu não vou mais tocar no assunto. - passou as mãos pelo rosto e dando as costas a ela seguiu o caminho de volta pra festa.
Bia: Edu. - ele se virou - Você... você ainda vai a festa da escola comigo?
Edu deu um pequeno sorriso triste: vou sim. Já não dá mais tempo de você encontrar o par que queira. - deu as costas e voltou a caminhar.
Bia ficou olhando ele se afastar, um peso no peito que ela não sabia reconhecer.
Alguns minutos depois quando voltou pra festa, viu Edu sentado próximo ao bar rindo com seus amigos e um copo na mão.
Ceci: o que vocês conversaram? - perguntou ansiosa e preocupada quando se aproximou de Bia.
Bia: nada demais, por que?
Ceci: porque desde que ele voltou, tá sentado ali, bebendo sem parar como fazia antigamente. - apontou o irmão e estreitou os olhos - Você disse não pra ele, foi isso?
Bia apenas assentiu.
Ceci: não acredito nisso! - falou exasperada - Você conseguiu chutar o cara que mais te respeitaria no mundo todo!
Bia: só diz isso porque é seu irmão. - deu de ombros fingindo indiferença.
Ceci: digo isso porque qualquer idiota veria isso nos olhos dele. - jogou as mãos pro alto - Depois eu que sou a criança!
Dizendo isso, Ceci voltou para Pedro, deixando uma Bia boquiaberta e sem ação.

Sempre Sua 2ª TemporadaOnde histórias criam vida. Descubra agora