Depois do beijo, resolvemos que não ia falar nada naquele dia, que deixaria para ver o que ia acontecer depois. Quando nos afastamos a senhora e o senhor Jauregui já não estavam mais lá, não sei se eles viram ou não o beijo, mas naquele momento não me importei com isso. Lauren me levou até a porta e não encontramos ninguém no caminho, a casa estava em um silêncio surreal, ou vai ver que foi um silêncio criado pela minha cabeça, já que a única coisa que eu conseguia pensar era naquele beijo.
Eu não tinha conseguido dormir direito naquele fim de semana. Não conseguia tirar aquela cena da minha cabeça. O cheiro dela, o gosto dela, o toque dela. Eu não conseguia esquecer aquele beijo. Acordei com Sofi entrando no meu quarto.
- Kakiiii - Sofi pulou na cama gritando. Abracei ela.
- Sofiii - Ficamos abraçadas e deitadas na minha cama - O que minha irmãzinha preferida quer comigo?
- Claro! Só tem eu - Rimos - Mama está chamando para almoçar.
- Vou só lavar o rosto e escovar os dentes e já vou, tá bom? - Sofi assentiu e eu a enchi de beijos.
Logo Sofi saiu do quarto. Fui para o banheiro. Lavei meu rosto e escovei os dentes, voltei para o quarto e troquei de roupa. Quando estava saindo do quarto meu celular apitou.
POV LAUREN
Passei a noite toda tentando entender o que eu estava passando. Confesso que eu até tinha esquecido do meu problema com minha mãe. Aquele beijo não saía da minha cabeça, ela acariciando o meu rosto, o toque dos lábios dela nos meus. O carinho dela, a forma como ela me tratou, mas algo estranho aconteceu, ela foi embora depois sem me dizer nada, apenas disse que tinha que ir. Camila deve ter se assustado, não era comum para ela. Mas eu precisava falar com ela, tentar entende-la. Resolvi mandar uma mensagem no whatsapp para ela.
Lauren Jauregui: A gente pode conversar?
Camila Cabello: Estou indo almoçar com meus pais.
Lauren Jauregui: Pode ser daqui a um hora no lago.
Camila Cabello: Tá bom!
Resolvi almoçar também. Quando cheguei na copa, todos já estavam na mesa. Minha mãe me olhava séria. O Chris conversava com papai sobre o time de Lacrosse, parece que eles iriam jogar no próximo fim de semana fora da cidade. Tay as vezes me olhava de relance, ela devia estar sabendo de tudo. Almoçamos. Me levantei e fui para o meu quarto, mas a porta logo abriu. Virei para a porta e era o meu pai.
- Filha a gente pode conversar? - Papai perguntou da porta.
- Claro! - Sentei na cama e ele na cadeira do computador.
- Laur, eu sei que a gente não é de conversar muito. Sei que sua mãe é cabeça dura. Ela estava louca para vir aqui, mas eu fiz de tudo para ela não vir, não agora, porque sei que vocês iriam brigar... - Ele olhava para os lados sem me encarrar, buscava as palavras - Eu... queria que você contasse comigo para tudo. E eu queria te levar no médico, eu estou preocupado com você - Finalmente ele me olhou.
- Pai, eu estou bem. Não preciso ir ao médico.
- Lauren, por favor... - O interrompi.
- Vamos fazer assim. Me dá um voto de confiança? Eu prometo que não vou mais ficar bêbada, nem nada do tipo. E se eu ficar, eu vou com você a um psicologo, sei la.
- Você me promete? - Meu pai segurou minha mão.
- Prometo, sorri. Agora eu preciso me arrumar que eu vou encontrar a... - Parei de falar quando percebi que podia surgir mais um assunto.
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Between Two Lines
FanfictionApesar de ser líder de torcida, popular e de namorar o Gregg, que era perfeito mas agregava mais um pouco a minha fama, ja que ele era jogador de futebol americano, eu vivia uma vida que nem achava assim tão boa. "Um dia como outro qualquer", foi o...