Brasil

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POV CAMILA

Era quase meia noite de quinta-feira. Tínhamos "cochilado" de conchinha, eu na frente e Lauren me abraçando por trás. Me levantei e coloquei minha roupa. A acordei em seguida. Estávamos no carro, prontas para irmos pegar nossas malas, tínhamos uma viagem para o Brasil e estávamos atrasadas. Tínhamos que estar no aeroporto as três horas da matina. Antes de Lauren da partida no carro ela pegou a caixinha de veludo vermelha que eu já tinha me esquecido.

- Você não abriu ontem. - Lauren me entregou.

- Desculpa! Fiquei tão emocionada com tudo que acabei esquecendo. - Peguei a caixinha e abri. Eram dois pingentes de chave.

- Essa é a chave do meu esconderijo. Hoje você conheceu o lugar do meu refugio. Um lugar que só você pode conhecer. - Lauren tinha um sorriso lindo no rosto. Ela pegou o pingente e colocou na minha inseparável pulseira. Peguei o outro pingente.

- E essa é a chave da minha vida. Antes eu tinha medo, medo de sentir algo que achava que era impossível sentir, mas depois de tudo isso que passamos... Não vou dizer que eu não tenho medo, eu estaria sendo hipócrita, mas agora eu sei o que eu quero. E Lauren Jauregui está incluída nisso. - Ela colocou o pé no banco e eu prendi o pingente em sua tornozeleira.

POV LAUREN

Depois daquela "noite" linda, deixei Camila em casa para que ela pudesse tomar banho e pegar sua mala, ofereci uma carona até o aeroporto, mas ela disse que seus pais a levariam. Fui para minha casa, tomei meu banho. Quando estava saindo do quarto com minha mala bati de cara com minha mãe.

- Onde você estava, Lauren? - Minha mãe estava com os braços cruzados.

- Por aí! - Eu ia caminhar até a escada, mas minha mãe me interrompeu.

- Lauren, você e essa Camila realmente tão ficando? - Minha mãe devia estava de sacanagem. Ela era cega ou o que? Uma dúvida tomou conta de mim.

- Naquele dia que a Camila veio aqui. Até que horas você ficou nos observando?

- Até a hora que você confessou que era... Que diferença isso faz?

- Então você saiu antes de eu pedir ajuda? - A olhei confusa.

- Isso eu não escutei, seu pai me tirou do quarto.

- Tá bom. - Ia sair de novo, mas minha mãe não deixou.

- E a minha pergunta? O que você e a Camila tem?

- Você quer a verdade?

- Quer saber? Não sei nem porque eu estou perguntando isso. É melhor eu acreditar no que eu acredito. Eu não vou poder ir no aeroporto com você. O Chris está queimando de febre, mas seu pai e Tay vão. Juízo, Lauren. - Minha mãe beijou minha cabeça e foi em direção ao quarto do Chris.

Eu não sei o que minha mãe acreditava, eu não sei se ela acreditou que aquela foto era uma montagem, mas pelo visto ela não viu o beijo que a Camila me deu. O que de certa forma me confortava. Não queria que minha mãe visse tudo assim, tão rápido. Já basta a conversa que tivemos. Cheguei na sala e meu pai e Tay me esperavam. Devia ser umas duas horas já.

Chegamos no aeroporto e já estavam todos lá. Simon conversava com o senhor Cabello. Ele seria o responsável por todas nós, exceto por Ally que já era maior. Estava louca para abraçar, para ficar com Camila, mas achei melhor manter distância. Sofia quando me viu chegando veio correndo me abraçar. Ela estava com maior cara de sono, devia estar dormindo.

- Oi, pequenina. - A peguei no colo.

- Laur, estava com saudade. - Sofia me abraçou pelo pescoço.

Between Two LinesOnde histórias criam vida. Descubra agora