POV LAUREN
Camila tinha me surpreendido, não só pela surpresa que ela fez, mas por suas palavras. Eu esperava um simples pedido de desculpas, mas ela foi além, conseguiu me fazer derreter, abandonar a mágoa e me entregar ao amor, a saudade. Passamos a noite nos olhando, trocando caricias, sem falar nada, apenas uma de frente para a outra, deitadas naquele colchão, naquela cabana, naquele lago, longo de tudo e de todos.
Fui acordada no dia seguinte por suas caricias, por seus beijos molhados em minha cabeça, em meu rosto, em meu queixo, seus beijos quentes. Resmunguei fazendo dengo, manhosa talvez, se acordada nunca foi bom, mas se acordada daquela forma e por ela era outra coisa, era um conjunto de sensações que não tem como explicar. Camila era doce, carinhosa, amável, tudo que eu precisava em minha vida. Finalmente acordei.
- Ai, acorda minha dorminhoca. - Camila deu um último beijo em meu pescoço, já reclamando.
- Se eu continuar ganhando beijos assim, voltarei a dormir. - Ainda estava de olhos fechados.
- Ah, mas então eu paro de dar. - Camila deitou na cama e cruzou os braços.
- Ai, não. Isso não se faz. - Fiz biquinho e abri os olhos.
- Farei greve. - Ela virou de costas para mim.
- Tem certeza, Camila Cabello? - Virei de lado para ela que continuava me dando as costas.
- Uhum. - Assentiu com a cabeça. Coloquei a mão em sua cintura.
- Absoluta? - Perguntei com os lábios colados em seu ouvido.
- Aham. - Senti Camila se arrepiar.
- Você vai me pagar, Camila Cabello. Ninguém faz greve com Lauren Jauregui.
Comecei a fazer coceguinhas em Camila que se curvou como feto, quase ficando de bruços, mas eu fui mais rápida e virei-a de barriga para cima e com a mesma rapidez sentei em sua cintura imobilizando suas pernas, levei seus dois braços para cima da cabeça, os segurei com a mão esquerda e com a direita voltei a fazer cócegas em sua barriga, cintura... Camila chorava de tanto rir.
- E agora, Cabello? - Perguntei sem parar com as cócegas.
- Lo...lo... pa...ra... por... fav...ooor. - Camila tenta se mexer, mas eu não deixava-a. Sua respiração ofegante.
- Não vou parar, até você prometer que não tá mais de greve.
- Eu... - Ela tentava dizer algo, mas suas risadas tomavam conta de si.
- Você o que, Cabello? - Camila conseguiu soltar suas mãos, mas ela não tinha forças para me empurrar, sem dó algum, continuei com as cócegas.
- Eu vou fazer xixi. - Camila gritou.
- Então faça nas calças, só saio quando você prometer.
- Eu prometo... prometo... - Ela estava mais ofegantes seus olhos fechados deixando lágrimas rolarem pelo seu rosto.
- Promete o que? - Parei e a encarei.
- Prometo que não farei mais greve de beijos. Prometo que te encherei de beijos o dia todo, mas por favor, me deixa ir ao banheiro, eu vou fazer pipi. - Camila fez biquinho, enquanto secava seu rosto com as costas das mãos.
- Só vou deixar porque sou muito boazinha, você não está merecendo. - Bufei pelo nariz enquanto saia de cima dela.
Camila não pensou duas vezes e correu para o banheiro. Era tão bom vê-la sorrindo, que se eu pudesse dormiria todos os dias ao seu lado, só para fazer dengo ao ser acordada por ela, para Camila dizer que faria greve e assim eu fariacoceguinhas nela e ela cairia na gargalhada. Aquela gargalhada que era música para os meus ouvidos, aquela gargalhada rouca de criança feliz. Peguei meu iPhone e resolvi olhar o twitter. Camila logo chegou e sentou ao meu lado.
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Between Two Lines
FanfikceApesar de ser líder de torcida, popular e de namorar o Gregg, que era perfeito mas agregava mais um pouco a minha fama, ja que ele era jogador de futebol americano, eu vivia uma vida que nem achava assim tão boa. "Um dia como outro qualquer", foi o...