Parte 23

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Era manhã de terça-feira, por volta das 6:30 quando fui arrancada de um sonho estranho e bom ao mesmo tempo.

- Emy sua mãe quer tomar banho, levanta e vai ajudar ela.

- Nossa tio a essa hora, está de madrugada.

Tio Théo  me acordou e disse que Damon já tinha saído, o que eu acho mais incrível é que ficamos mais de um mês lá  na casa de tio e Damon só dormiu com minha mãe aquele dia.

Levantei e comecei a arrumar a cama recordando do sonho:

Me via dentro de um prédio em construção subindo as escadas com muita urgência.

Quando estava já no terraço exalta do esforço em chegar logo,  me deparo com o corpo de um jovem estirado no chão, na realidade não o conhecia, mas no sonho eu sentia que ele era muito importante pra mim.

Me joguei sobre ele coloquei sua cabeça em meu colo e comecei a chorar muito sentindo uma dor terrível no peito.

- Você não pode me deixar, eu preciso tanto de você, eu te amo.

Sentia seu corpo gelado e vi quando uma de minhas lágrimas caiu em seus olhos fechados, como se ele tive tomado um susto, abriu os mesmos me surpreendendo.

Nunca vi um sorriso tão lindo e uma felicidade em mim ver, me dando a certeza que eu era a única que ele queria ver quando abrace os olhos para o resto de sua vida.

- Eu também te amo e jamais vou te deixar.

Aproximou seu rosto do meu depositando um leve celinho em meus lábios, me levando a fechar os olhos para apreciar aquele momento e por um segundo, quando abrir meus olhos ele não estava mais lá deitado sobre minhas pernas.

Olhei ao meu redor e nada quando olhei para cima para o céu, vi uma delicada borboleta que subia até não poder mais alcansa-lá de vista. 

O sonho foi lindo porém não entendi só tinha ficado aquela sensação de ser amada, coisa que a tanto tempo eu não sentia de uma outra pessoa que não fosse a minha mãe, um sentimento sincero e puro.

Sair dos meus devaneios e fui ajudar minha querida mãe,  disse a ela que estava muito cedo que seria melhor esperar esquentar um pouco estava um dia meio frio. Ela concordou, troquei sua fralda porque ela não estava conseguindo andar e seria mais confortável pra ela usa-las.

Deitei atrás dela escorando suas costas em minha barriga, isso já era algo rotineiro de todas as manhãs algo de nossa intimidade,  o corpo dela estava tão gelado que sentir minhas pernas ficarem frias também, um arrepiou percorreu por todo meu corpo, decidir nos embrulhar.

- Não me embrulhe estou morrendo de calor.

- Como se a senhora está gelada?

Foi quando meus tios e meu avô chegaram para troca-lá de quarto.

O tempo que tive foi de ir na cozinha e por um dedo de café no copo quando vi tio Théo  sair do quarto.

- Minha irmãzinha se foi, ela se foi. - ele passava as mãos no cabelo desesperado e chorando.

Foi como um flashback em milésimos de segundos passando sobre minha cabeça, desde a infância até dois dias a trás quando naquele mesmo quarto onde estávamos sentadas mais cedo, me vi sentada de frente a ela recebendo vários conselhos sobre tudo e eu a abraçava dizendo que a amava muito e ela dizendo que eu era e sempre seria seu orgulho e o motivo de todos os dias sorrir.

Foi quando fui sacudida por alguém.

-Ei menina sua mãe morreu acorda. Esta dormindo em pé?

Algumas coisa eu sei que aconteceu naquela hora, mas a olho nu vi meu mundo se desfazendo, como quando se lava uma tinta de janela e ela ainda está fresca e escorre revelando o vidro limpo e claro.

A realidade da vida me alcançou como um choque entre um caminhão e um carro pequeno.

Meu mundo caiu.

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Um eu antes de mim.[Em Revisão]Onde histórias criam vida. Descubra agora