Um eu antes de mim.[Em Revisão]

Parte 32

Johnny

Sabe a dor de amar, destroça a alma da gente.
Os dias passaram rastejantes, vê-la todos os dias na igreja era terrível.

Confesso que chorei, passei noites sem dormir. Não é porque sou homem, que tenho que ser um ogro, tenho sentimentos, tenho um coração.

Aquele amor reprimido dentro de mim, clamava enfurecido. Estava insuportável viver daquela forma.

Foi difícil, por fim tomei uma atitude, já que ela não queria nada comigo, não iria ficar sofrendo por ela.

Foram anos de luta e insistência, disse não a pessoas que me amava de verdade por causa desse amor mentiroso, por uma ilusão, por ela.

Eu digo basta.

Mas parece que tudo conspirava contra mim. Em um belo domingo de santa ceia, depois da ministração do louvor, ela no meio do grupo de jovens fez um sinal que queria falar comigo.

Meu coração veio a boca, no meu subconsciente tranquei o emocional, e tentei ser o mais parcial possível.

- Oi Emily,  você fez um sinal que queria falar comigo, o que foi?

Perguntei a ela tentado demostrar empatia a sua presença.

- Oh John é...

Ela começou a gaguejar.

- John eu queria te pedir desculpas, percebi que você se afastou de mim depois de tudo.

- Não Emily isso é impressão sua, nós somos amigo.

Nesse momento percebi que ela iria me abraçar, fui mais rápido estendendo a mão. Ela olhou espantada, porém aceitou segurar em minha mão.

- Me desculpe Johnny.

- Todo bem Emily.

Voltei para dentro da igreja decidido. Daquele dia em diante não correria atrás dela, a trataria com educação e só.

Foi ignorando meus sentimentos que as oportunidades de um romance novo bateu a minha porta.

Um dia indo para a escola, do nada por um acaso, reencontro uma velha conhecida minha.

O tempo foi favorável a ela, aquela garotinha apática e magrela se tornará uma bela loira mulher.

Na nossa infância já tínhamos tido um namoro, coisa de criança, mas lembro que ela gostava muito de mim. Eu também, ela foi minha primeira namorada de verdade, quando falo de verdade é porque naquela época agente namorava alguém de longe, eu já tinha me apaixonado por uma outra coleguinha de classe, mas com ela era diferente, não foi a primeira que beijei, foi a primeira namoradinha à mim  beijar.

Conversar com ela, relembrar o passado foi bom, foi muito bom, percebi que mesmo amando outra, poderia me dar essa oportunidade de ser feliz. Eu vi a minha porta de escape.
A Emily foi o iceberg da minha vida. A Erika seria meu salvá vidas.

Depois daquela noite, outras e outras noites como aquela se repetiram, até rolar o nosso primeiro beijo.

E foi naquele primeiro beijo que eu tive certeza que tudo mudaria.