Parte 30

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Johnny

Minhas investidas para conquista Emily não foram poucas. Não iria desistir facilmente só porque ela sempre tentava mudar  de assunto ou fugir de mim.

Precisei de um ano, um ano inteiro para finalmente ela dizer SIM, foi só felicidade.

Porem pura é a inocência de um coração apaixonado. Ilusão é pensar que tudo daria certo a partir daquele bendito sim.

A primeira coisa que fiz foi ir pedir ao Damon para namorar com ela, ele gostou muito e de uma certa forma gostava de mim, segundo ele eu era a altura da filha de um ministro.

Depois fui conversar com os avós dela, com eles a conversa foi um pouco diferente, mas conquistei os velhos,  reconheceram que eu tinha caráter e seria um excelente partido para a neta deles.

Emily  era uma menina, muito divertida quando se tratava de ser amiga, era brincalhona e alegre, mas, quando se tratava de namoro ela era complicada, retraida algo totalmente contraditorio ao seu comportamento habitual.

Procurava entender sempre só que já estava abusando com tudo. Vou tentar explicar melhor.

Já tínhamos alguns meses de namoro e o beijo mais quente que tivemos foi um celinho, não que eu quisesse avançar o sinal com ela, nada disso, só  um beijo de verdade pelo menos, não andávamos de mãos dadas porque ela dizia ter vergonha, abraça-lá nem em sonho e quando íamos passear  juntos só com as meninas se não, não iria.
Ver se pode entender?

Sempre ia buscar a Emy na escola, ela estudava a noite, com os dias não sei o que estava acontecendo com ela,  simplesmente faltava e nem me avisava.

Pensa em um cara que ficava puto da vida, quando saía de casa no quentinho e chegando na escola ficava naquele frio como um idiota até o porteiro chegar e dizer que todos já tinham ido embora ou uma colega de sala dizer que não tinha ido aquele dia? 

Já tínhamos chegado em um ponto que daquela forma não dava para continuar, não podia colocar o braço em volta de seu pescoço que ela logo o retirava dizendo ser muito pesado que estava a machucando, dizia que eu era meloso e estava afastando as pessoas delas.

Só me defendendo aqui, claro que eu seria meloso, queria está perto, eu a amava e queria demostrar, ela é o amor da minha vida e só  para deixar bem claro, não afastava as "pessoas" só afastava aqueles que cogitava a ideia de querer ter conversinha mole com ela, só mostrava a eles que eu é quem estava na parada.  

Então em um dia quando estávamos voltando da igreja e indo para a casa de seus avós do nada ela disse que não dava mais para agente continuar o namoro, que o problema não era comigo e sim com ela, que não estava sabendo lidar com tudo aquilo, que eu merecia uma pessoa melhor que ela.

Fiquei confuso mesmo sabendo de todos aqueles problemas que a via entre agente, ela era fria, ante romântica, tinha resposta para tudo quando a questionava e fora que mesmo eu a amando ela era muito chata, mesmo assim não queria terminar nosso namoro.

Tentei argumentar, disse dos planos de Deus para nós, falei do quanto a amava, que não podíamos acabar dessa forma.

Foi quando ela pediu um tempo.

Naquele momento a ficha caiu,  percebi que ela não me amava, que aceitou namorar comigo porque insistir de mais e realmente ela não estava aguentando sustentar aquele namoro mentiroso que só era real na minha mente.

Aquilo não era um namoro era uma farsa.

Respirei fundo dei uma pausa ficou um silêncio entre nós e de uma vez perguntei a ela se me amava da mesma forma que eu a amava.

Ela simplesmente baixou a cabeça, respostas suas não obtive, me dando a certeza do que já pensava.

Aquilo era um não.

Um eu antes de mim.[Em Revisão]Onde histórias criam vida. Descubra agora