Parte 49

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Emily

Como digo: Vivemos uma fase a cada dia, essa já é uma frase minha.

Vivi momentos difíceis no meu casamento e outros maravilhosos, acredito que vivo mais os momentos maravilhosos do que os difíceis,  sem hipocrisia.

Só que já estava entrando na casa dos trinta e nada de engravida e aí é onde entra a fase difícil. Há uns sete anos atrás logo que casei descobrir que tinha útero invertido, é uma deformidade na posição correta do útero, levando a uma dificuldade futura a engravidar, dores na hora da relação sexual e um fluxo menstrual um pouco elevado, nunca contei isso ao John, por quê, nem sei! 

Então um dia, um conhecido nosso precisou de sangue e lá vai nós para o banco de doação. Até esse dia não sabia meu tipo sanguíneo por puro desleixo e porque achava que tinha o mesmo que o da minha mãe (AB-).

Para meu azar,  meu sangue é o oposto do John, ele A+ e eu A-, somado ao útero invertido, já sabem o resultado.

Na faculdade aquela mesma noite tirei minhas dúvidas com o professor Anderson Carvalho que só fez eu ter mais certeza de meu destino final.

E eu sem saber como lidar, acabei colocando as palavras erradas em uma conversa com o John, fazendo com que ele entendesse que eu não queria ter filhos com ele, levando a uma discussão desnecessária. A verdade é que realmente eu disse que não queria, mas essa foi a forma de tentar me defender ou oculta isso. Eu estava me sentindo inútil e fracassada.

O clima estava tenso em casa.

Dias depois conversando com a Lara sobre isso, ela orientada pelo Senhor esclareceu minhas dúvidas, me estimulando a conversar de novo como meu querido marido.

Esperei passar mais uns dias e chamei ele, contei tudo, desde o início. Com cara de paisagem me respondeu.

- Meu amor você está preocupada com isso? Vamos atrás de cuidados e tratamentos e outra, na carta que escrevi te pedindo ao Senhor, você está como a mãe dos meus filhos. Eu confio nele.

- Eu sei.

Falei envergonhada.

- Eu te amo meu amor e que seja feita a vontade de Deus.

- Amém

O abracei e ele me beijou, logo depois me disse:

- Você para de tomar hoje esses anticoncepcionais e vamos praticar mais nossos métodos, estamos de vagar.

Eu dei risada porque ele fez uma cara de menino levado.

- Que safado aproveitado da situação!

Dei um tapinha em seu ombro e fomos curtir um ao outro.

Depois daquele dia tanto as noites como os dias foram maravilhosos.

Estávamos em plena harmonia e claro praticando e muito nossos métodos.

Um eu antes de mim.[Em Revisão]Onde histórias criam vida. Descubra agora