8°Capítulo

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-Parou de falar com cachorros? -Pergunto para deixá-lo com raiva.

-Vai se ferrar! -Diz revirando os olhos, dou risada e subo para o meu quarto, logo ouço as botas de Dean.

-Está bravinho? -O olho e ele deita na cama.

-Não fico bravo com essas coisas.

-Não? Nossa, para quem me mandou ir se ferrar.

-Feri seus sentimentos?

-Não tenho sentimentos.

-Não? Você é humana?

-Não sei, falando nisso você prestou atenção no que aquele cara do posto disse?

-Não me lembro do que ele falou.

-Que eu sou a princesa do Céu e do Inferno.

-Isso? Saiba que não pode acreditar em tudo que os demônios dizem. Eles falam que não sou boa pessoa.

-Isso é verdade! -O olho pelo espelho e ele me encara.

-Claro que sou uma boa pessoa.

-Essa é a sua opinião, já a minha é muito diferente.

-Para mim você também não é uma boa pessoa.

-Eu mesmo acho que eu não sou uma boa pessoa.

-Ok, vamos parar com isso. Porque me perguntou sobre o que o demônio disse?

-Eu fico pensando nisso, porque que ele falaria aquilo?

-Para te despistar? Como aconteceu.

-Acho que não, tem mais coisa por trás disso.

-Vamos dormir, amanhã temos que investigar novamente o caso.

Aceno e vou para o banheiro, fico me olhando no espelho depois de molhar meu rosto, vejo meu reflexo e olho nos meus olhos.

De repente vem uma tontura e visões, tento ficar de pé, mas é impossível, me dá uma dor de cabeça forte e eu bato as costas na porta fazendo um barulho alto, ouço Dean no quarto.

-Grazy você está bem? -Não consigo responder por conta da dor forte em minha cabeça. O que está acontecendo comigo? Caio no chão com minhas mãos na cabeça, ouço Dean tentando abrir a porta que está trancada, não consigo mais aguentar essa dor. -Grazy abre a porta!

-Não consigo...

-O que está acontecendo? Você está bem? Eu vou ter que arrombar, pelo menos consegue tirar a chave para eu abrir?

Não digo nada e olho para a chave pendurada, não consigo me levantar.

Me apoio no vaso sanitário e tento me levantar, estou vendo tudo embaçado, não consigo mais ouvir os gritos de Dean, minhas vistas estão escurecendo, não sei o que está acontecendo comigo, nunca na minha vida isso aconteceu, não vejo mais nada e sinto o chão gelado em meu corpo.

Sigo em direção a porta de madeira escura e bato na mesma, parece que não tem ninguém em casa.

Bato novamente só que desta vez mais forte, espero uns segundos e um homem de terno preto e gravata cinza atende a porta, seus olhos encontram os meus e ele sorri.

-Senhorita Nascimento, sumiu derrepente, a quem devo as honras?

-Vim falar com meu pai. -Não entendo porque falei isso, minha boca não está agindo de forma que os meus pensamentos querem.

Supernatural - Com Dean e Sam WinchesterOnde histórias criam vida. Descubra agora