32° Capítulo

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Entramos dentro da casa e não estou conseguindo ver um palmo a minha frente, o corredor é estreito e sinto o corpo de Dean atrás de mim e o mesmo segura minha cintura, Sam está em minha frente procurando a lanterna.

-Onde ela está? -Dean pergunta baixo.

-Sua amiga é louca. -Digo e sei que o mesmo revirou os olhos, Sam acende a lanterna e procura o interruptor de luz que não acende. -Mais essa agora. -Pego minha lanterna assim como o Dean.

-Vamos nos separar. -Sam diz e segue em frente, eu sigo para a direita e Dean para esquerda.

-Devem ter sofrido para limpar essa casa. -Digo para mim mesma e então entro em um corredor novamente, esse lugar só tem corredores.

Abro a primeira porta e não vejo nada, sigo pelo quarto que é enorme abrindo a porta do banheiro e tampando o nariz assim que vejo um corpo na banheira.

É um rapaz, ouço algo se arrastando e aponto a escopeta na direção da porta, ando devagar voltando para dentro do local, olho em volta e então percebo que tem um sofá a minha frente. Sigo até o mesmo e quando aponto a lanterna vejo uma garota de lingerie vermelha chorando.

-Não me machuque. -Implora e eu espero que a mesma me olhe.

-Não vou te machucar, vem. Tenho que te tirar daqui viva. -Digo dando uma blusa que tinha em minha bolsa, ela se veste e seguimos a caminho da porta.

-Meu namorado, ele estava no banheiro.

-Está morto. -Digo abrindo uma porta com sangue.

-Como... -Ela tenta falar quando vê dois fantasmas conversando.

-Desculpem, podem voltar para a reunião. -Digo quando nos olham, a garota segura em meu braço e ela é forte.

-Vingança. -Um diz, mas eu fecho a porta.

-Corre. -Digo e corro na frente da menina iluminando, chegamos na sala, mas a porta se fecha com força.

A garota atrás de mim grita e eu sou lançada para a parede, arfo de dor e olho em volta. Cadê a garota?

-Vingança. -O fantasma aparece em minha frente. Ele desaparece quando Dean lhe bate com um ferro.

-Tudo bem? -Aceno e me levanto com sua ajuda.

-Cadê a garota? -Pergunto e ele olha em volta, ouvimos um grito e corremos na direção do mesmo. Vejo a garota sentada com o fantasma em sua frente pronto para mata-la. Atiro no mesmo que desaparece. -Vem. -Digo e ela vem em nossa direção, olho em volta e vejo uma janela, vou até ela e acerto a arma na mesma a quebrando.

-Pula e sai daqui, todos já foram embora então segue para o seu carro e saia daqui. -Dean diz e a garota não pensa duas vezes e sai a caminho do carro.

-Temos que sair daqui.

-Primeiro procuramos o Sam com a Charlie.

-Vai por lá que eu vou por aqui. -Digo e ele assente dando as costas, sigo para o caminho que eu entrei e ando vasculhando em todas as portas, minha lanterna começa a piscar e então se apaga. Merda!

Olho em volta e não tem ninguém, a luz da lua entra pelos buracos do telhado me dando um visão não tão boa, olho novamente para trás e vejo um espírito de uma mulher negra.

-Vingança... -Diz andando em minha direção, antes de conseguir atirar ela faz um movimento com a mão que joga minha arma para outro cômodo, corro para onde estava indo chegando na porta do corredor.

Viro a direita e em minha frente vejo uma porta aberta que dá para os fundos da casa, corro e antes de chegar passo por uma garota desmaiada, volto e reviro os olhos vendo Charlie, mas logo suspiro.

-Deveria te deixar aqui. -Resmungo vendo o fantasma em minha frente. -Droga. -Xingo e a pego colocando no ombro, até que não é pesada. Corro para fora e a porta se fecha atrás de mim, suspiro e sigo em direção ao carro.

-O que aconteceu? -Ouço Sam assim que chego.

-Eu a encontrei assim. -Dou de ombros depois de colocar a mesma no banco de trás. -Vamos antes que algum se vingue. -Digo e entro no motorista.

***

-Temos que descobrir o que aconteceu com aquela fazenda. -Dean fala e eu apenas resmungo tentando voltar a dormir.

-Vão dormir! -Mando.

-Grazy temos que resolver isso. -Sam diz e eu bufo.

-Os espíritos podem esperar até eu acordar. -Me sento na cama olhando o relógio. -Qual é, eu só dormi uma hora.

-Grazy precisamos cuidar desse caso. -Charlie diz e eu a olho.

-Você vai para quê? Desmaiar no meio do caminho? Não irei te salvar da próxima vez.

-Porque não gosta de mim? -Eu reviro os olhos.

-Está bem claro o porque. -Digo e olho para Dean que está me olhando. -Meu santo não bateu com o seu, simples assim. -Me levanto com a coberta em volta do meu corpo. -Vou dormir no seu quarto.

-Mas... -Sam tenta, mas fecho a porta, qual é acabamos de voltar e eles já querem ir de novo. Nem são 6 horas da manhã.

Acordo as 14:00 da tarde, me sento na cama rapidamente e olho em volta. Estou no quarto de Sam e tem alguém no banheiro.

-Até que em fim acordou. -Dean diz entrando no quarto. -E não, não voltamos na fazenda, apenas ficamos lendo livros.

-Odeio livros, curto mais computador. -Charlie reclama.

-Parem de reclamar. -Digo sentindo uma dor de cabeça insuportável.

-O que está sentindo? -Ouço Dean que chega perto de mim.

-Só uma dor de cabeça, nada de mais. -Dou de ombros.

-Quer algum remédio? -Olho para Sam que está sem camisa.

-Não, eu sobrevivo. -Digo olhando para seu abdômen, onde esse corpo estava? -É... O que descobriram? -Pergunto me levantando e seguindo para o banheiro para escovar dentes.

-Descobrimos que os escravos tem uma razão muito boa para quererem vingança. -Dean diz.

-Que seria? -Pergunto voltando a me sentar na cama.

-Eles morreram torturados e antes de morrerem viram suas famílias serem estupradas. -Abro um pouco a boca, como pode existir alguém assim?

-Então esse trabalho vai ser complicado? -Pergunto e Sam sorri.

-Não, é só abrirmos as covas. -Da de ombros. Garanto que não vai ser eu que irei cavar.

-E onde estão? -Todos me olham.

-No cafezal atrás da casa. -Suspiro com a resposta, sim isso não vai ser nada fácil.

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Supernatural - Com Dean e Sam WinchesterOnde histórias criam vida. Descubra agora