Acordo com a claridade em meu rosto, não sei muito bem onde eu estou, acho que em meu quarto, mas não me lembro de ter vindo aqui. Vejo as horas e são 14:00 dá tarde.
Desço as escadas e não tem nenhum corpo no chão, apenas está tudo quebrado e cheio de sangue, encontro a ruiva e Castiel conversando e mexendo no computador, olho em volta e sinto meu coração apertar quando lembro que a única pessoa que considerava minha família morreu.
-Amor, você está bem? Dormiu durante dois dias. -Primeira vez que ele me chama de amor.
-Estou bem, apenas cansada. Mesmo eu tendo dormido tanto meu corpo está exausto.
-Nós iremos para casa do Bobby, lá teremos tempo até você se recuperar. Os caras que vieram atrás de você são de lá, Charlie conseguiu rastrear.
-Só quero sair daqui, mas antes passaremos na delegacia. Preciso vender a casa.
Ele assente e me dá um selinho, vou até a cozinha e procuro alguma coisa nos armários, encontro três pacotes de Doritos e vejo uma garrafa de coca cola. Me sento na mesa e começo a comer, logo Dean senta ao meu lado.
-Oi. -Digo com um sorriso, sei que meus olhos estão marejados e ele apenas sorri.
-Você está bem? Estou preocupado.
-Não precisa, eu estou um pouco melhor. Logo tudo isso vai passar, só preciso me acostumar com as mortes que terei em minha vida.
-Ei... Não diz isso. Não gosto que sofra, então apenas tenta imaginar como ela ficaria feliz vendo você seguir em frente. -Eu aceno e ficamos em silêncio comendo.
-Dean, está tudo pronto. -Ouço Sam, mas não me viro, apenas fico lembrando das coisas que aconteceram aqui nessa cozinha.
-Já estamos indo. -Ele se levanta e eu também, Sam pega os pacotes e a garrafa, ando devagar até a porta, vou na frente, passamos pelo portão e todas as memórias passam pela minha cabeça, todos os dias felizes, quando ganhei a casa, cada jantar, cada brincadeira com os seguranças, com os cachorros que eu tanto amava.
Lágrimas inundam o meu rosto, Dean me abraça por trás e eu me viro o abraçando apertado, ele retribui e choro descontroladamente. Coloco meu rosto na curva de seu pescoço e ele me abraça mais forte.
-Vai ficar tudo bem.
-Porque dói tanto? -Pergunto e ele não diz nada, apenas ficamos abraçados durante não sei quanto tempo, ele me faz olhar para seus olhos e limpa minhas bochechas.
-Eu te amo e pode contar comigo sempre, não vou deixar nada de mal acontecer com você. -Diz e beija minha testa, coloca o braço em volta do meu ombro e andamos até o carro, entro no motorista e Dean ao meu lado. Seguimos até a delegacia.
Acabei de conversar com o delegado e ele disse que vai cuidar de tudo sobre a venda dá casa, quando ela estiver vendida mandará o dinheiro para o orfanato que tem aqui em Londres.
***
Estamos na casa de Bobby onde me dá muitas saudades, estou tão emotiva que até me estranho. Estou sentada no sofá com um copo de coca na mão, eu nem sequer coloquei o líquido em minha boca. Apenas quero chorar sozinha e quieta em um canto.
Saio de casa com Dean me perguntando onde estou indo, sigo em direção ao lago no meio dá floresta, eu subo na casa dá árvore que um dia construí com o Bobby e então choro sozinha.
Dean
-Sabe onde ela poderia ter ido? -Olho para Sam que dá de ombros.
-Dean ela precisa de tempo para chorar sozinha. -Ouço Charlie chegar na cozinha.
-Ela não pode ficar sozinha na floresta. -Digo me virando para Sam.
-Ela tem que ter um tempo para ela, talvez em algum lugar na floresta ela possa ter algum lugar que a deixa tranquila.
-Sam, você sabe o que se tem nessa floresta, vários seres sobrenaturais que nem sabemos que existem, ela pode estar em perigo. -Digo e ele cai na real.
Começa a falar não sei o que baixo e eu apenas tenho uma sensação ruim, Graziele está em perigo.
Grazy
Fico um tempo chorando até que ouço um ruido debaixo dá árvore, pego minha arma e olho pela janela não encontrando nada, então vou até a porta e procuro por alguma coisa, nada também.
A floresta está escura por ser 18:00 da tarde, o que eu tinha na cabeça de sair a essa hora e sem celular? Não sei o que se tem nessa floresta, mas Bobby sempre dizia para nunca vir aqui a noite ou sozinha e eu estou aqui a noite e sozinha.
Vejo um volto atrás de mim e me viro não encontrando nada, volto a olhar para baixo tentando iluminar com minha pequena lanterna, sinto um empurrão em minhas costas, bato com as costas no chão e arfo de dor.
Me levanto com dificuldade e saio correndo por onde acho que seja a casa de Bobby, ouço passos atrás de mim e corro mais rápido.
Tropeço e caio em um barranco, começo a rolar até chegar no rio, fico toda encharcada e volto a superfície tentando ver o que corria atrás de mim.
Não tem absolutamente nada, saio do rio e escalo o barranco até chegar na floresta novamente, se o rio está atrás de mim significa que a casa de Bobby está a minha frente. Começo a andar rápido já que estou tremendo de frio.
Algo me empurra novamente e acho que está brincando comigo, caio no chão e me viro olhando para o céu, até que vejo uma coisa horrível vir em minha direção, me rastejo e ela arranha minha perna, grito de dor e começo a atirar, ela nem se quer para de vir em minha direção, me encosto na árvore e tento me levantar, consigo e saio correndo e mancando.
Sinto que estou sendo seguida e corro mais rápido, mesmo com minha perna doendo e eu mancando tento chegar a casa de Bobby. Caio no chão e me rastejo, mas a coisa está atrás de mim e ela me vira para que eu a olhe, atiro sem parar até que ela pula em cima de mim. Acho que esse é o meu fim.
Será que é o fim de Grazy?
VOCÊ ESTÁ LENDO
Supernatural - Com Dean e Sam Winchester
FanfictionA vida de Graziele muda completamente quando descobre que criaturas sobrenaturais existem. Segue atrás de vingança por aqueles que mataram seus pais. Mas no meio dessa caça insistente encontra com dois irmãos que começam a ajudar ir atrás dessas cri...