33° Capítulo

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Chegamos faz pouco tempo na fazenda, o sol ainda não se pôs então teremos que esperar.

-Por qual razão tem seguranças em uma fazenda abandonada? -Charlie pergunta e eu a olho de cima do capô do carro.

-Os outros jovens devem ter ouvido o seu grito e depois que fomos embora a polícia chegou.

-Não foi eu quem gritei! -Ela se defende e eu reviro os olhos.

-Sam, eu não vou salvar a vida dela de novo.

-Não vai acontecer nada hoje. -Ele diz e nós três o olhamos.

-Como se isso fosse possível. -Dean debocha e eu encosto no para-brisa do carro.

-Uma pergunta. -Digo olhando para o céu e vendo as formas das nuvens. -Como sabem que não tem nenhum resto mortal?

-Não sabemos! -Sam diz e eu o olho.

-Então se jogarmos fogo nos cadáveres e depois voltar acontecer as mortes teremos mais trabalhos? -A ruiva pergunta e eu a olho.

-Sim, aí você vai usar sua inteligência toda para achar o objeto perdido. -Dou de ombros e abro um pacote de chocolate.

***

Se passaram não sei quanto tempo, eu acabei ficando cantando algumas músicas do meu celular e não prestei atenção. Só sei que está muito escuro e gelado o que é estranho por aqui.

Decido colocar uma jaqueta em cima da camisa xadrez que estou usando, pegamos a bolsa com as coisas e seguimos em direção ao cafezal.

-Onde exatamente está? -Pergunto depois de andarmos meia hora pelo café.

-De baixo de você! -Dean fala iluminando meus pés e subindo a luz pelo meu corpo até chegar em meu rosto, ele dá um sorriso e eu apenas reviro os olhos.

-Vamos logo com isso! -Pego minha lanterna e ilumino o lugar, estamos no meio de um cafezal e começa a ventar forte. -Isso não é nada bom. -Falo depois que os rapazes cavam a última cova.

-O que não é nada bom? -Charlie pergunta e eu ilumino o rosto de um fantasma enorme e forte.

-Isso. -Digo. -Taca fogo nas covas! -Grito para Sam que termina de jogar a gasolina.

Minhas costas começam a formigar assim que atingem o chão, uma mulher negra fica por cima de mim e eu tento pegar a minha arma que caiu do meu lado, ela chega cada vez mais perto com uma faca na mão.

Consigo pegar a escopeta e atiro na cara do fantasma que some, olho para todos e Charlie está desmaiada, Sam jogado em um canto com um fantasma que acaba de sumir por que Dean jogou o fósforo na penúltima cova, quando vai para a última é lançado para longe por causa do grandão.

Tento levantar e sinto minhas costas clamarem por uma cama. Me rastejo até Sam que me entrega um esqueiro, me levanto e olho para Dean que está desmaiado, ando rápido até a cova e quando o fantasma levanta a mão para me bater eu jogo o esqueiro que queima os ossos.

Sinto o sangue descendo pela minha têmpora, mas sigo até Sam o ajudando a levantar.

-Vai ajudar a Charlie que eu vou ver como o Dean está. -Ele sorri e segue até a ruiva, vou até o Dean que está jogado em baixo de um pé de café.

Me ajoelho do seu lado e vejo que está com um corte na sobrancelha e outro na boca, sua camiseta está rasgada no peito onde vejo um arranhão que está sangrando.
Ele não está respirando, meu Deus... Ele não está respirando.

-Ele não está respirando. -Grito para Sam que me olha assustado depois de pegar Charlie nos braços.

-Como assim? -Ele pergunta vindo em nossa direção.

-Dean, fala comigo... Por favor amor. -Peço acariciando sua bochecha, seguro seu rosto com minhas mãos trazendo para perto do meu. -Dean... -Balanço forte e ele volta a respirar. -Graças a Deus. -Suspiro e ele abre os olhos me olhando.

-Porque está chorando? -Sinto seus dedos em meu rosto.

-Nunca mais faça isso! -Peço o abraçando, ele desencosta do chão segurando seu peso apenas com um braço, enterro meu rosto em seu pescoço e ele me enlaça com o outro braço.

-Porque está assim? -Pergunta e eu o abraço mais apertado.

-Não quero te perder. Não conseguiria viver sem você. -Finalmente me declaro para Dean e parece que um peso saiu de cima de mim. -Eu te amo tanto. -Ele suspira e me olha.

-Nunca vou te deixar. -Ele diz e vejo sinceridade em seus olhos.

-Vamos gente? -Sam pergunta e eu o olho concordando.

Me levanto e ajudo Dean a andar até o carro, o coloco no passageiro enquanto eu vou dirigindo, Sam com Charlie estão atrás e assim que ouço a porta se fechando saio daquele lugar seguindo rumo ao motel onde estamos hospedados. Dean me olha e coloca uma de suas mãos em minha coxa a apertando em seguida.

-O que nós somos? -Pergunto quando olho pelo retrovisor e vejo que Sam pegou no sono.

-O que você quer que nós sejamos? -Eu o encaro quando paro em um semáforo, o hotel fica no centro da cidade.

-Sabe o que eu quero. -Falo e ele sorri.

-Então somos o que você quer. -Dean da de ombros e olha para a janela.

Ajudo a se deitar na cama e a tirar a camiseta, vou para minha bolsa e pego um kit de primeiros socorros, volto e começo a fazer um curativo.

-Iremos embora amanhã? -Charlie diz depois de bocejar.

-Sim. -Sam responde.

-Melhor não. -Digo terminando de lavar minhas mãos que estava com o sangue de Dean. Olho para eles que estão me olhando. -Sam cadê a lista? -Ele pega um papel de sua bolsa e me entrega. -Aqui também tem essas coisas que Crowley quer, em vez de irmos para fora do Brasil de novo e sofrer mais com o frio que está fazendo, porque não ficamos aqui no calor e caçamos.

-Pode ser, por mim eu prefiro ficar longe de aviões. -Dou risada da cara que Dean fez.

-Medroso. -Sam revira os olhos.

-Vamos descansar e amanhã pesquisamos sobre o que iremos caçar. -Digo e Sam com Charlie entreolham e saem do quarto depois de falarem tchau e então Dean me olha com um sorriso. -Nem adianta me olhar assim, você fica do seu lado da cama que eu fico no meu.

-Qual é... -Eu levanto a mão e ele para de falar.

-Esta machucado então nem tente. -Entro no banheiro para tomar um banho, depois que faço isso saio e me deito na cama de casal ao lado da de Dean, ele me olha e eu reviro os olhos lhe dando um selinho. Me viro e logo pego no sono.

Nosso casal voltou?

Supernatural - Com Dean e Sam WinchesterOnde histórias criam vida. Descubra agora