Chegamos faz pouco tempo na fazenda, o sol ainda não se pôs então teremos que esperar.
-Por qual razão tem seguranças em uma fazenda abandonada? -Charlie pergunta e eu a olho de cima do capô do carro.
-Os outros jovens devem ter ouvido o seu grito e depois que fomos embora a polícia chegou.
-Não foi eu quem gritei! -Ela se defende e eu reviro os olhos.
-Sam, eu não vou salvar a vida dela de novo.
-Não vai acontecer nada hoje. -Ele diz e nós três o olhamos.
-Como se isso fosse possível. -Dean debocha e eu encosto no para-brisa do carro.
-Uma pergunta. -Digo olhando para o céu e vendo as formas das nuvens. -Como sabem que não tem nenhum resto mortal?
-Não sabemos! -Sam diz e eu o olho.
-Então se jogarmos fogo nos cadáveres e depois voltar acontecer as mortes teremos mais trabalhos? -A ruiva pergunta e eu a olho.
-Sim, aí você vai usar sua inteligência toda para achar o objeto perdido. -Dou de ombros e abro um pacote de chocolate.
***
Se passaram não sei quanto tempo, eu acabei ficando cantando algumas músicas do meu celular e não prestei atenção. Só sei que está muito escuro e gelado o que é estranho por aqui.
Decido colocar uma jaqueta em cima da camisa xadrez que estou usando, pegamos a bolsa com as coisas e seguimos em direção ao cafezal.
-Onde exatamente está? -Pergunto depois de andarmos meia hora pelo café.
-De baixo de você! -Dean fala iluminando meus pés e subindo a luz pelo meu corpo até chegar em meu rosto, ele dá um sorriso e eu apenas reviro os olhos.
-Vamos logo com isso! -Pego minha lanterna e ilumino o lugar, estamos no meio de um cafezal e começa a ventar forte. -Isso não é nada bom. -Falo depois que os rapazes cavam a última cova.
-O que não é nada bom? -Charlie pergunta e eu ilumino o rosto de um fantasma enorme e forte.
-Isso. -Digo. -Taca fogo nas covas! -Grito para Sam que termina de jogar a gasolina.
Minhas costas começam a formigar assim que atingem o chão, uma mulher negra fica por cima de mim e eu tento pegar a minha arma que caiu do meu lado, ela chega cada vez mais perto com uma faca na mão.
Consigo pegar a escopeta e atiro na cara do fantasma que some, olho para todos e Charlie está desmaiada, Sam jogado em um canto com um fantasma que acaba de sumir por que Dean jogou o fósforo na penúltima cova, quando vai para a última é lançado para longe por causa do grandão.
Tento levantar e sinto minhas costas clamarem por uma cama. Me rastejo até Sam que me entrega um esqueiro, me levanto e olho para Dean que está desmaiado, ando rápido até a cova e quando o fantasma levanta a mão para me bater eu jogo o esqueiro que queima os ossos.
Sinto o sangue descendo pela minha têmpora, mas sigo até Sam o ajudando a levantar.
-Vai ajudar a Charlie que eu vou ver como o Dean está. -Ele sorri e segue até a ruiva, vou até o Dean que está jogado em baixo de um pé de café.
Me ajoelho do seu lado e vejo que está com um corte na sobrancelha e outro na boca, sua camiseta está rasgada no peito onde vejo um arranhão que está sangrando.
Ele não está respirando, meu Deus... Ele não está respirando.-Ele não está respirando. -Grito para Sam que me olha assustado depois de pegar Charlie nos braços.
-Como assim? -Ele pergunta vindo em nossa direção.
-Dean, fala comigo... Por favor amor. -Peço acariciando sua bochecha, seguro seu rosto com minhas mãos trazendo para perto do meu. -Dean... -Balanço forte e ele volta a respirar. -Graças a Deus. -Suspiro e ele abre os olhos me olhando.
-Porque está chorando? -Sinto seus dedos em meu rosto.
-Nunca mais faça isso! -Peço o abraçando, ele desencosta do chão segurando seu peso apenas com um braço, enterro meu rosto em seu pescoço e ele me enlaça com o outro braço.
-Porque está assim? -Pergunta e eu o abraço mais apertado.
-Não quero te perder. Não conseguiria viver sem você. -Finalmente me declaro para Dean e parece que um peso saiu de cima de mim. -Eu te amo tanto. -Ele suspira e me olha.
-Nunca vou te deixar. -Ele diz e vejo sinceridade em seus olhos.
-Vamos gente? -Sam pergunta e eu o olho concordando.
Me levanto e ajudo Dean a andar até o carro, o coloco no passageiro enquanto eu vou dirigindo, Sam com Charlie estão atrás e assim que ouço a porta se fechando saio daquele lugar seguindo rumo ao motel onde estamos hospedados. Dean me olha e coloca uma de suas mãos em minha coxa a apertando em seguida.
-O que nós somos? -Pergunto quando olho pelo retrovisor e vejo que Sam pegou no sono.
-O que você quer que nós sejamos? -Eu o encaro quando paro em um semáforo, o hotel fica no centro da cidade.
-Sabe o que eu quero. -Falo e ele sorri.
-Então somos o que você quer. -Dean da de ombros e olha para a janela.
Ajudo a se deitar na cama e a tirar a camiseta, vou para minha bolsa e pego um kit de primeiros socorros, volto e começo a fazer um curativo.
-Iremos embora amanhã? -Charlie diz depois de bocejar.
-Sim. -Sam responde.
-Melhor não. -Digo terminando de lavar minhas mãos que estava com o sangue de Dean. Olho para eles que estão me olhando. -Sam cadê a lista? -Ele pega um papel de sua bolsa e me entrega. -Aqui também tem essas coisas que Crowley quer, em vez de irmos para fora do Brasil de novo e sofrer mais com o frio que está fazendo, porque não ficamos aqui no calor e caçamos.
-Pode ser, por mim eu prefiro ficar longe de aviões. -Dou risada da cara que Dean fez.
-Medroso. -Sam revira os olhos.
-Vamos descansar e amanhã pesquisamos sobre o que iremos caçar. -Digo e Sam com Charlie entreolham e saem do quarto depois de falarem tchau e então Dean me olha com um sorriso. -Nem adianta me olhar assim, você fica do seu lado da cama que eu fico no meu.
-Qual é... -Eu levanto a mão e ele para de falar.
-Esta machucado então nem tente. -Entro no banheiro para tomar um banho, depois que faço isso saio e me deito na cama de casal ao lado da de Dean, ele me olha e eu reviro os olhos lhe dando um selinho. Me viro e logo pego no sono.
Nosso casal voltou?
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Supernatural - Com Dean e Sam Winchester
FanficA vida de Graziele muda completamente quando descobre que criaturas sobrenaturais existem. Segue atrás de vingança por aqueles que mataram seus pais. Mas no meio dessa caça insistente encontra com dois irmãos que começam a ajudar ir atrás dessas cri...