Garoto Errado

Capítulo 3°

Curti toda a festa ao lado do Gui. Ele é
meu melhor amigo e digamos que nosso lance "Colorido" sempre foi uma vez ou outra, mas nunca levamos a sério esse carinho que nós temos um com o outro.

— Você tem que ir mesmo? — Fiz bico.

Ele sorriu e me beijou na testa.

— Lembre-se Lana, onde quer que eu ou você esteja, eu sempre estarei aqui com você, sabe onde? — Fiz que não com a cabeça e ele pôs sua mão no meu peito. — Aqui, dentro.

— No meu coração. — Sorri.

— Eu te amo, Lana.

— Eu também te amo, Gui. — Beijei seu queixo, fazendo ele rir baixinho contra o meu rosto. — Se eu soubesse que o amor da sua vida é... — Ele me interrompeu com um selinho.

— Não diz nada.

— Eu sei que você ama ela, Gui. — Olhei Melanie de longe dançar com Miguel, uma música agitada. — Se você não amasse ela, eu te pediria em namoro. Aqui e agora.

— E eu aceitaria. — Ele tinha o sorriso mais lindo do mundo. — Você é linda por dentro e por fora. Vai encontrar um cara legal que te ame e respeite como tem que ser.

— Já falei que te amo?

Rimos juntos e Melanie se aproximou.

— Amiga, olha o meu... — Ela travou ao ver Guilherme na sua frente. Ele riu da careta dela e ela ficou sem voz na mesma hora. — Gui...Guilherme.

— Oi, Mel.

— Como? Quando? O quê?

— Amiga ele veio pro niver da Rapha, e aproveitou pra passar alguns dias aqui com a gente.

Ela não falou uma se quer palavra, só olhava pra ele e depois pra Miguel. Mel estava bêbada demais pra sentir vergonha do que estava fazendo com ela mesma. Melanie era cabeça dura, igual Guilherme.

Sempre foi orgulhosa e quando Gui foi embora ela tentou esquecê-lo de todas as formas possíveis, mas tudo o que ela conseguiu foi se enganar ainda mais.

— Vem comigo, Mel — Disse Gui, com a voz baixa.

— Não! — Ela se livrou do toque dele. — Quer dizer, não é assim Guilherme. Você não pode entrar e sair da vida das pessoas como sempre faz e olha o que estamos fazendo.

Ele abraçou ela e beijou seu rosto.

— Vamos conversar, por favor.

— Deixa de besteira e vai com ele.

Talvez, eles voltariam a ser amigos. Ou acabariam de vez todo e qualquer tipo de laço que tiveram um dia e isso seria doloroso para os dois. Eu sabia que o amor da vida do Gui se chama Melanie e o amor de Melanie é Gui, mas os dois não assumiam isso nem amarrados.

— Oi, minha pequena. — Meu pai me beijou rápido e me envolveu em seus braços. — Nossa Rapha está uma mocinha, tem até namorado.

Rimos um pouco, e eu encostei minha cabeça em seu peito.

— Sim, papai. — Falei. — Está uma moça linda e Dani cuidará muito bem dela, caso contrário darei uns puxões de orelha naquele Loirinho.

Papai riu e beijou o topo da minha cabeça.

— E você?

— Eu o que, pai? — Perguntei, olhando em seus olhos completamente azuis no qual eu tanto amo. — O que está tentando dizer com isso?

— Lana, você pode mentir pra todos menos pra você mesma. — disse com voz doce, acariciando meu cabelo de leve. — Abra seu coração para um amor, se jogue querida. Só assim você saberá o verdadeiro sentido do amor.

— E se eu me machucar?

Me aninhei em seu peito, novamente.

— Eu vou estar aqui para juntar seus pedaços, um por um querida. — disse com um sorriso. — Sempre estarei ao seu lado, meu amor.

Meus olhos marejaram e as lágrimas ameaçaram cair. Ele me abraçou forte beijando meu cabelo. Tudo o que eu precisava estava á minha frente. Meu pai. Eu sabia que se eu me machucasse ele estava disposto a juntar meus pedaços e me amar como sempre fez, incondicionalmente.

— É hora dos parabéns! — Anunciou o Dj no microfone.

— Vamos, ela precisa de nós.

Segurei sua mão e me juntei a Rapha,
minha mãe e Daniel. Todos cantaram alto enquanto nossa linda sorria largo esperando a hora de apagar as velinhas e fazer seus pedidos, aliás, seus 15 pedidos.

— Faça o primeiro pedido — Gritou Daniel.

Ela sorriu, segurou seu cabelo para que não sujasse de bolo e soprou a primeira e assim foram com as outras 14 velas. Depois dos parabéns o Dj voltou a tocar músicas agitadas e os adolescentes voltaram a pista de dança.

Vi Guilherme e Melanie descerem á escada e eu fui em direção a eles. Os dois estavam sérios. Abraçei os dois de uma só vez, fazendo eles rirem com o meu ato.

— Quero meus melhores amigos de volta! — Sussurrei, ainda abraçando os dois.

Quando nos separamos, eles trocaram olhares e sorriram pra mim.

— Amigos? — Perguntou, Mel.

— Amigos. — Concordou, Gui.

— Amo vocês. — Selamos a amizade com um abraço triplo, pra lá de demorado.

Fiquei feliz em tê-los novamente, sem brigas. Éramos uma equipe e quando Guilherme foi pra Londres eu e Mel sentimos muito a sua falta. Ele fazia muita falta, talvez por passarmos todo o nosso tempo juntos.

— Melanie te procurei em todos os lugares, aconteceu alguma coisa? —Olhei pro Gui e ele sorriu fraco.

— Tchau, amores. — Disse Mel, dando a mão para Miguel e sumindo pelo salão.

Quando eles saíram, Gui me abraçou encostando seu queixo em meu ombro. Doi tanto nele quanto em mim, vê-lo sofrer por causa da Mel. Ela parece não ligar pro que ele sente. Resolvi não perguntar sobre o que falaram lá em cima.

— Fica bem. — Sussurrei. — Ela te ama.

— Como amigo, eu sei. — Falou, com a voz fraca.

— E eu estou aqui. — Olhei em seus olhos.

— Quer namorar comigo? — Ele sorrio, eu o apertei ainda mais contra o meu corpo. — Não me faça se ajoelhar aqui na frente de todos.

— Para Gui! — Voltei a abraça-lo. —  Sabe que eu aceitaria.

Ainda abraçado a mim, ele fitou meus olhos.

— Então aceita.

— Não minta pra você mesmo. —  Sorri, e ele encostou nossas testas. —  Não faça nada precipitado. Eu te amo  e isso não vai mudar. Sabe que sempre estarei aqui pra você e você pra mim.

— Droga! — Ele esbravejou, rindo.

— O quê?

Sorri de lado.

— Por que não me apaixonei por você?

— Ninguém manda no coração! — Selei nossos lábios rápido, como irmãos fazem — Já devia saber disso. Mas sabe de uma coisa? — ele se aproximou, sorrindo de lado. — Temos tempo!

Ele entendeu o recado e me beijou.

Espero que estejam gostando ♡ não se esqueçam de votar, obrigado por tudo.

Com amor, Laris♡