Capítulo 10°

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Acho que Lucas estava tentando me provocar. Antes de eu descer a escada ele me impediu, segurando meu braço. Olhei para sua mão furiosa e depois o encarei de cara fechada.

— O que você quer?

— Vai ficar com raiva, mesmo? — Ele perguntou e eu detextava quando as pessoas respondiam com outra pergunta.

— Você não pode sair beijando quando tem vontade, nem ao menos perguntou se eu queria beija-lo — Falei nervosa.

— Te deixo nervosa — Ele riu, e soltou o meu braço.

Gritei alto, bufando de raiva.

—  Harper, deixe sua boca bem longe da minha por precaução. Pelo contrário vai ficar sem um pedaço dela! — Sorri largo, com a minha ameaça.

— Eu te beijaria agora, Anjo. Se não fosse o seu amiguinho olhando em nossa direção. — Olhei pra trás e vi Gui levantar da mesa, pedindo licença ao meu pai e tio e vindo em minha direção.

Com uma cara não muito amigável.

— Alana. — Chamou-me.

Olhei para Gui e ele ficou parado ao final da escada esperando uma reação minha.

— Fique longe de mim, Harper! — Alertei, dando as costas e descendo os degraus com pressa.

Guilherme me abraçou e sussurrou em meu ouvido: "Tudo bem?" . Eu fiz que sim e encostei a cabeça em seu peito, tentando esquecer o beijo que Lucas me deu. Querendo ou não ele tinha um efeito grande sobre mim e isso não era bom.

Eu não estava pronta para dar o passo que mudaria nossas vidas.

— Quero te levar em um lugar.

— Onde é? — Perguntei curiosa.

— Surpresa. — Respondeu, dando um leve beijo em minha testa.

Fomos de mãos dadas até o seu carro,
e assim que entrei coloquei o cinto de segurança. Guilherme dirigiu por alguns minutos e estacionou o carro em uma praia perto de onde estava a casa.

— Nossa Gui, que lugar lindo! — Desci do carro olhando a imensidão azul, o dia estava lindo e algumas crianças fazia castelo de areia.

—Vem comigo. — Ele entrelaçou nossos dedos e fomos a uma barraca, o dono trouxe um cardápio váriado e nos entregou. — Uma caipirinha pra mim e você Lana?

— Uma água. — Fechei o cardápio e sorri fraco.

Ele segurou minha mão e beijou as duas de uma vez, sorri com o seu ato e o garson nos trouxe a caipirinha e a água. A mesa tinha um buquê lindo de rosas, coisa que não tinha nas outras mesas.

— Lindas flores! — Dei um gole na água e sorri.

— Gostou?

— Sim, como não gostar? — Respondi.

— São suas. — Ele pegou o buquê e me entregou, dei uma cheirada para sentir o perfume das rosas. Gui tinha bom gosto, não é a toa que tinham várias meninas aos seus pés. — Lana, eu quero te fazer um pedido.

Ainda com o buquê nas mãos, eu olhei pra ele sorrindo.

— Pode falar.

Guilherme deu a volta na mesa, pegou em minhas mãos se colocando em minha frente de joelhos. Meu coração acelerou e quando ele beijou minha mão eu já esperava pelo pedido, mas não sabia que seria tão rápido.

Pessoas ficaram em volta da nossa mesa olhando com atenção.

— Lana, você quer namorar comigo?

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