Capítulo 36°

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Vitória está vermelha como eu nunca a vi antes, ela tem suas unhas na boca, como se roê-las fosse diminuir o seu nervosismo. Guilherme tentou fazê-la subir no palco, nem que seja só por alguns minutos, mas ela está relutante quanto a isso.

— Quer que eu vá com você, vih?

— Não, não.

Tento convencê-la de ir logo e acabar com isso de uma vez. Quando mais ela demora, mais o meu primo berra no microfrone, chamando ainda mais atenção do que antes.

— Tá, eu vou! — ela suspira.

— Ebaaaaaaaa!

— Olhem a mulher da minha vida está vindo. — Falou Vitor, sorrindo ao ver sua princesa subir no palco com a ajuda de algumas pessoas.

Eles são tão bonitinhos juntos. Assim que eles se encontram ele dá um beijo na testa dela, e se ajoelha em sua frente. Vitor segura a mão dela, como se fosse o bem mais precioso que ele já pegou nas mãos.

— Eles são tão lindos. — sussurro em meio aos berros dos presentes.

— Já que o Lucas fujão e minha linda prima apareceu — ele fala, piscando o olho em nossa direção. — O grupo está completo de novo. Então eu posso anunciar o que eu tenho guardado á muito tempo.

— Vitor...

— Deixa eu falar, Vih. Eu não fiz o pedido antes não por te amar menos, não é isso. Eu só achei que nós dois não precisávamos de um pedido oficial e você pareceu não ligar pra isso. — ele fez uma pausa. — Eu sou seu desde o dia em que eu beijei você pela primeira vez naquele parque. E, é por te amar que eu peço oficialmente, na frente das pessoas que amamos e na frente desses bêbados desconhecidos — um coro de pessoas gritam animados, fazendo os dois rirem. — Você aceita namorar comigo?

Um silêncio se fez no bar. Todos com muita expectativa em cima do que Vitória estava prestes a dizer.

— Eu... Eu... Eu aceito.

— Amo você! — ele a beija, tirando os pés dela do chão, enquanto todos nós aplaudimos o mais novo casal. — E... Ah eu ainda não terminei. Eu tenho algo pra falar pra uma pessoa, fujona que eu não vou citar o nome.

Mas todos nós sabemos que se trata de Lucas o fujão.

— Amigo, o que está esperando pra pedir ela em namoro? — Meu primo sorri e volta a abraçar sua namorada.

Eu fico em choque com o que acabara de sair da boca do meu primo. O que ele pensa que...

— Não estamos namorando! — eu sussurro no ouvido de Lucas, que parece não se afetar. Ele dá um gole em sua cerveja e resonde:

— Ainda, anjo. Ainda.

Ele pisca pra mim.

MEU DEUS!

Tento disfarçar o meu nervosismo indo dançar um pouco com Lene que até então não tinha saído de perto do namorado.

— Que tal pegarmos algo pra beber?

— Acho ótimo. — Fomos ao balcão do bar e pedimos duas batida de morango. Jogamos conversa fora, até eu ser cutucada no braço por Gui.

— Vocês por acaso viu a Karina por aí?

Ele se encostou no balcão, passando os olhos pela multidão bêbada, que ainda dançava no meio do salão.

— BEBIDA POR MINHA CONTA!

— AEEEEEEEEEE! — Um grupo de garotos gritou, fazendo-nos rir com o estado em que eles se encontravam e ainda queriam mais bebida.

— Se continuarem assim vão entrar em coma alcólico.

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