Garoto Errado

Capítulo 13°

Lucas me deu um beijo na bochecha e me deixou sozinha com o pensamento distante. Sentei na cama, olhando o quarto todo. Os meus olhos pousaram nas flores que eu ganhei de Gui, que não estavam mais bonitas como antes, mas ainda exalavam um perfume bom.

—  Oi — Disse ele, andando em passos lentos.

— Entra, Gui.

Ele sentou ao meu lado. Entrelaçando seus dedos nos meus.

— Estou exausta! — Exclamo.

— Soube onde andou ontem a noite — Falou calmo. — Eu não gosto daquele lugar, Lana. Você poderia se machucar ou alguém tentar algo a força.

—- Desculpe-me, eu não sei onde estava com a cabeça.

— Vem comigo — Ele levantou, e me fez levantar junto. — Anda! — Gui me deixou subir em suas costas e descemos rindo, e por alguns minutos eu tinha me esquecido do meu coração e de quem eu queria. Naquele momento eu necessitava de Guilherme.

Entramos na cozinha rindo. Meus pais se divertiam com as palhaçadas de Gui. Eu sentei em uma cadeira na mesa ainda rindo, e ele tomou a liberdade de sentar em meu colo. Daniel e Rapha entraram de mãos dadas e pareceram se divertir com tudo aquilo.

— Você é muito pesado, Guilherme! — Ainda rindo, ele levantou com a cara fechada.

— Olha quem fala — Riu. — Se eu sou pesado, você é mais ainda. Estou com dor nas costas de te trazer escada á baixo nas costas.

Todos riram juntos.

— Tá falando demais.

— Estou? — Ele fez uma cara divertida.

— Sim — Respondi, e ele me deu um selinho rápido.

Fiquei surpresa pela atitude dele. Mas, ninguém pareceu se importar com o selinho que Gui me deu. Afinal, estávamos namorando. Lucas entra bem na hora que Gui volta a sentar em meu colo e coloca meus braços em volta da sua cintura, eu descansei o queixo em seu ombro.

— Perdi alguma coisa? — Ele me encara, e minha mãe levanta.

— Sente-se Augusto — Diz ela. — Gui, estava fazendo suas palhaçadas e nos contando como conheceu Alana.

— Ela usava aparelho e quando eu sorri pra ela, Alana babou. — Disse Gui, e todos riam.

Dei um tapinha em seu braço e interrompi.

— Ele tá mentindo demais. — Falei. — Eu usava aparelho e ele era o tipinho "Popular". Eu sorri pra não ser mal educada, mas não teve baba nenhuma, Senhor mentiroso.

— Continuando! — Falou em voz alta

— Ela queria me beijar e eu falei que não era assim. Um belo dia fomos a uma sorveteria e Alana estava caidinha por mim, que eu sei.

— Guilherme, não é bem assim.

— Amor, deixe-me terminar! — Ele apertou minha mão e continuou — Eu fiquei encantado por aquela menina de aparelho e olhos brilhantes, acho que eu me apaixonei por ela naquele dia em que o sorvete caiu em minha roupa e ela me ajudou. Quase nos beijamos naquele dia.

— Finalmente uma verdade! — Sorri. — E foi assim que conhecemos a Mel.

— Estou chegando nessa parte, Linda.

— Ok, bonitão! — Levantei as mãos pra cima — Termine então.

— Mels, estava trabalhando naquele dia e nos ofereceu uma toalha e outro sorvete. Não preciso dizer que Lana teve ciúmes.

— Não mesmo!

— Te conheço melhor que qualquer pessoa — Ele apertou os meus braços, que estavam em volta da sua cintura

— Melanie foi super educada e nos auxiliou no que precisávamos e íamos com bastante frequência na mesma sorveteria, o que nos fez ficar amigos de Mel.

E desde então, ficamos inseparáveis. Nós três. Sorri no final da história de Gui, ele mentiu um pouquinho, mas, era assim mesmo. Todos riam baixo, Dani e Rapha sorriam pra nós dois. Creio que eles estavam tentando se acostumar a nos ver como um casal de verdade. Por mais, que eu estivesse confusa com os meus sentimentos.

— Uau, que história — Indagou Lucas, de cara feia.

— Vamos a praia hoje — Gui me disse, mudando o assunto de pau pra cacete
— Dani e Rapha também vão conosco. Troque-se e saímos daqui a uns 10 minutos.

— Então, partiu praia — Sorri e dei um beijo em sua bochecha, ele virou o rosto. Pressionando os lábios nos meus demoradamente, como se precisasse daquilo, mais que qualquer coisa — Hey, aconteceu alguma coisa?

— Tenho medo de perder você.

— Não fala isso — O abraçei. E lhe dei um sorriso, reconfortando-o. Eu não sabia o por que, de sua insegurança. Mas, eu não quero que ele fique pensando em coisas, não hoje. — Vá se trocar,ok? Eu vou me vestir e iremos a praia, como você quiser.

— Tabom.

Subi em seguida.Peguei uma bolsa no guarda-roupa e coloquei tudo o que eu precisaria dentro dela: Protetor, e bronzeador caso alguém quisesse eu teria dentro da bolsa. Escova, toalha, e uma saída de banho bonita. Coloquei um bíquine branco, cortininha em cima e na parte debaixo era estilo calcinha mesmo.

A porta se abriu, eu não virei pra ver quem era.

— Gui, me ajuda com a bolsa. — Viro e vejo Lucas trancando a porta do nosso quarto. — Não faça isso, Lucas. Pelo amor de Deus, abra essa porta — Me estiquei pegando uma toalha e me cobrindo com a mesma.

— Você vai me ouvir primeiro.

Mais um capítulo! Espero que vocês estejam gostando, votem e até o próximo capítulo.