Capítulo 5°

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Se passaram 4 longas horas de viagem, e eu estava exausta. Como todos no carro inclusive Lucas. Que dirigiu o resto do caminho calado, sem falar um "A" com ninguém.

Chegamos em uma enorme casa, linda como nas fotos que mamãe mostrou.

Ele estacionou o carro atrás do carro do meu pai e desligou tudo. O casal estava animado para andar pela casa,
nos deixando mais uma vez a sós. Eu quebrei o silêncio e Lucas relaxou no banco onde estava.

— Eu não queria ter falado aquilo.

— Eu não quero falar sobre isso. —  Lucas abriu a porta do carro e saiu. Segui ele e saí do carro também. — Me fala o que você quer?

— Eu quero... — Fomos interrompidos pelo casal de namorados.

— Anda logo, Alana! — Gritou Rapha.

— Pode ir na frente! — Gritei de volta — Eu não quero que fique esse clima entre nós. — Retomei o assunto de onde tinha parado.

— De boa. — Falou por fim.

Entrei com minha mala e todos  pareciam ter chegado á mais tempo. Fui beijada pelo meu pai e ele guiou-me até a cozinha, onde estava minha mãe.

— Oi filha. — Disse, tirando o avental.

— Oi. — Falei.

— Dividimos os quartos e o seu é o com a porta marrom. Número 11. —  Ela me deu um breve beijo e voltou a mecher nas panelas com algumas tias minhas.

Meu pai ficou na sala, eu subi sozinha para o meu quarto. Ela disse porta marrom e ali só havia um quarto com  a porta dessa cor. Abri a porta e me deparei com uma suíte grande. Vi duas camas de casal. Dei de ombros, afinal, eu só iria precisar de uma mesmo.

Andei mais um pouco abrindo uma grande cortina branca que dava pra uma varanda individual. Olhei pros lados e todos os quartos finham uma varanda. Lá em baixo o casal de namorados riam enquanto brincavam com "Lucky" o cachorro do meu tio.

— É tudo tão lindo! — Sussurrei.

A casa é enorme, com jardim e uma piscina grande. Com uma escada pequena que dá direto na praia. Fiquei encantada com o lugar, mas despertei quando ouvi um barulho vindo de dentro do quarto.

— Ei! O que você está fazendo aqui?

— Alana, não estou de brincadeira. Eu quero descansar. Pode me dar um pouco de privacidade. — Lucas, falou rude. Passou a mão pelos cabelos e deu uma breve olhada ao redor.

— Esse quarto é meu! — Ri debochadamente.

— Não. — Bufou irritado. — Sua mãe falou que meu quarto era o número "11".

— Ai meu Deus! — Sentei bruscamente na cama. — Ela não fez isso. — Levei a mão aos cabelos e  tentei me acalmar.

Eu não estou nem há uma hora na casa e já tenho dor de cabeça. E olha que iriámos passar três longos dias na
casa. O pior é que agora, dividindo o mesmo teto com nada mais, nada menos, que Lucas.

Minha mãe entrou e nos viu naquela situação. Eu sentada na cama com as mãos na cabeça e Lucas em pé com os braços cruzados na altura do peito.

— Todos os quartos estão cheios, eu não tinha muita escolha. —  Falou, passando a mão nos meus cabelos. —  Espero que tenham gostado do quarto. Esse é um dos poucos que são suíte.

— Obrigado, Loren. — Falou Lucas. —  Eu gostei muito e posso dizer que Alana também.

— Vai ficar bem filha? — Ela perguntou baixinho.

— Sim. — Beijei seu rosto e ela saiu do quarto.

Coloquei a mala em cima da cama e  separei minhas roupas em pilhas e as guardei no meu lado do guarda roupa. Assim que terminei peguei as coisas de banho e uma toalha branquinha limpa e fui pro banheiro.

Deixei a água levar embora tudo o que estava me deixando tensa e pude relaxar um pouco.

Saí do banheiro com a toalha em volta
do corpo e quando percebi Lucas olhando pra mim, me encolhi.

— Eu tinha esquecido que você estava aí — Falei, pegando uma roupa e indo as pressas pro banheiro.

Pus uma lingerie limpa, short jeans curto frouxinho e uma camiseta larga. Saí novamente do banheiro dessa vez vestida. Estendi a toalha molhada.

— Pode sair de toalha sempre que quiser. — Falou malicioso.

— Idiota! — Joguei um travesseiro nele.

Pelo menos não iria dividir a mesma cama com ele. Deitei puxando o lençol sobre o meu corpo. O ar condicionado havia sido ligado por Lucas, deitei do lado oposto de costas pra ele.

Fitei a parede e rápido peguei no sono. Eu estava muito cansada e logo adormeci.

Acordei mais tarde com os olhos  recusando-se a abrir. O vento frio que adentrou ao quarto me causou arrepios. Levantei e não vi Lucas na cama, mas a mesma estava bagunçada e nem um sinal dele.

Resolvi descer pra comer algo.
Minha barriga roncava de fome, acabei dormindo demais e esqueci de almoçar.

— Olha a bela adormecida! — Falou meu tio, logo que entrei na cozinha. Lucas segurava um copo e parecia se divertir com os outros homens.

— Tio, Louis — Beijei sua bochecha.

— Minha laninha.

Era assim que me chamava quando eu era pequena, "Laninha".  E eu gostava muito desse apelido, que era só dele.

— Estou brocada — Falei rindo. —  Dormi demais.

— Por que não acordou laninha, Lucas?

— Ela dormia tão despreocupada. Não quis acorda-la. — Respondeu Lucas.

— Fez mal, rapaz. — Falou meu outro tio.

— Bate aqui, tio Jack — Estendi a mão e ele bateu.

Comi rindo da palhaçada do meu tio e quase não percebi o olhar de Lucas em mim. Dei de ombros e resolvi não ligar para ele.

Mais tarde ás 2 horas, todos foram para o lado de fora. Iriamos fazer uma festa á noite e estavam precisando de ajuda. Eu fiquei com a decoração, fui atrás de uns pisca-pisca e os coloquei no alto, como um teto de luzes.

— Gostei! — Falou Rapha, com as mãos na cintura.

— Ficou tão praiano. — Disse Dani.

— Essa é a intenção, crianças.

Na churrasqueira ficaria tio Jack. Ele faz um maravilhoso churrasco e por isso ficou com esse papel importante. Na cozinha minha mãe e minhas tias que arrazavam na comida. Na música ficou Dani e Rapha, já que pediram tanto. Nas bebidas, Lucas. Ele comprou tudo, das mais quentes ás que se bebiam geladas.

E os outros auxíliavam no que desse.

— Ficou lindo, Lana — meu pai beijou minha cabeça, envolvendo meus ombros.

— Obrigado.

Quando deu 5 horas subi para outro banho, fiz minha higiene e voltei ao quarto vestindo um macacão floral soltinho com um decote em V e um colar grande. Nos pés uma rasteitinha com detalhes.

— Pode tomar seu banho agora. —  Falei ao sair e em seguida Lucas entrou no banho.

Desci rápido as escadas travando no meio dela.

— Eu não acredito! — Levei as duas  mãos até a boca.

Um suspense .... Tanam kkkk

Espero que tenham gostado,votem!

Até o próximo, capítulo.

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