Capítulo 32°

1.6K 112 29
                                    


Amanhã voltáremos para nossa casa. Vovó não está nada feliz com isso, mas não podemos esticar por muito tempo por conta dos trabalhos, escolas, entre outros. Tinhamos marcado de ficar o final de semana, acabamos ficando mais um pouco por conta de dona Lou. Falando dela, o médico que cuida do tratamento da nossa querida Lou, nos avisou de sua melhora.

Melanie tem pensado no nome do seu primeiro filho, o que acabou em uma discussão sobre qual colocar e qual não colocar no bebê.

Ela gostou de Beto.

— Como o peixe? — perguntou Gui, franzindo o nariz.

— Não. Como Roberto.

— Não gosto desse nome. É meio, hm... Parece nome de uma pessoa mais velha, não de um bebê. — Falou Rapha, mostrando um livro que até então ela lia. — Coloque de Harry.

— Como Harry Potter?

— Sim. É um nome adorável. — disse sentando novamente no sofá com o seu livro do bruxo favorito. Então foi a vez de Daniel.

— Poderíamos colocar o nome dele de  algo bom, cheiroso, gostoso...

— Hey! Pera lá. O que está pensando em falar? — intervi rindo.

Daniel levantou do sofá e trouxe em mãos um brownie de chocolate. Ele deu uma mordida generosa e balançou de um lado pro outro o que sobrou.

— Poderíamos chamá-lo de Brown. É um ótimo nome pra um bebê, afinal não podemos chamá-lo de bebê pro resto da vida. — o irmão de Lucas deu uma outra mordida, acabando com o seu brownie.

Todos nós explodimos em risadas.

Será que esse garoto só pensa em comida?

— Eu tenho um nome melhor porquê não coloca Augusto? — brincou Lucas, recebendo uma careta de Melanie.

— Seu nome? Jura mesmo que vou colocar o seu nome no meu bebê?

Os garotos começaram uma chuva de chacotas como "Bufo" ,"Vai de novo", "Essa doeu até em mim", " Depois dessa eu ficaria calado".

Não aguentei a troca de farpas entre Lucas e Melanie, enquanto os dois batiam boca eu levantei do sofá aos risos. Sentei ao lado de Rapha e Dani que também riam da situação.

— Guilherme podemos conversar um minutinho? — pergunto, assim que noto o olhar dele sobre mim. Ele faz que sim, me guiando até o lado de fora da casa.

— Qual é o problema?

— Não. Não é nada do que você está pensando é só que... Vamos voltar pra casa amanhã e eu queria fazer uma visita a sua avó, poderíamos levar flores o que acha?

— É sério que tu está me perguntando o que eu acho sobre isso?

Concordo levemente com a cabeça e ele ri baixo.

— Minha avó ama você, Lana. Ela vai adorar vê-la antes de ir pra sua casa.
— ele sorriu.

— Podemos chamar os outros garotos e fazer uma surpresa pra ela, sabe? Eu não quero que ela se assuste com tudo isso, só quero fazer algo especial pra todos nós.

Guilherme segurou minha mão entre as dele e beijou. Sorri com o ato, fazia um bom tempo que não temos esse tipo de contato, mesmo não estando juntos, podemos ser amigos, ou é isso que eu espero que sejamos.

— Sempre se preocupando com os outros.

— Eu estou bem, Guilherme. — me aproximei dele, beijando seu rosto em forma de retribuição ao carinho.

Garoto Errado Onde histórias criam vida. Descubra agora