Capítulo 15°

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Entramos no carro e seguimos para a praia. Durante o caminho, Gui sempre sorria e beijava a minha mão. Mas, o que Lucas me falou, mecheu comigo de um jeito estranho. Tudo o que eu queria, era ter um dia divertido com o meu namorado e meu casal favorito.
Mas, tudo o que eu conseguia pensar era no que ele havia me dito.

— Chegamos! — Disparou Rapha.

— Cuidado crianças.

— Deixa que eu cuido dela — Disse Dani, piscando o olho.

Guilherme desliga o carro e olha em minha direção.

— Tudo bem? — Peguntou, forçando um sorriso. Ele me conhece bem. Gui me conhece melhor, que eu mesma. O seu rosto demostrava preocupação e curiosidade. — Somos um casal, Lana.
Você devia me contar tudo. Quero que me fale quando está feliz, e quando está triste. Por que assim eu vou saber o que fazer pra te ajudar.

— Lucas veio falar comigo.

Gui se meche desconfortavelmente no banco do carro.

— Estou ouvindo — Disse.

— Okay — Suspirei. — Ele mandou eu seguir o meu coração e aqui estou eu com você. Mas, Lucas acha que o que sentimos não é amor. — O rosto de Gui se contorse. — Ele acha que é carinho de amigos. Não posso mentir. Não, pra você. Isso mecheu um pouco comigo.

— Se arrepende?

Fito seus olhos.

— Não. — Respondo. — E você?

—  Também não.

— Somos um casal como todos os outros. Teremos problemas, juntos enfrentaremos tudo isso. — Dou um selinho em seus lábios. — Vamos?

Ele concorda e saímos juntos do carro.

Sorri com a escolha de Guilherme. É a mesma praia na qual ele me pediu em namoro. As crianças já estavam no mar. Sentamos em uma barraca, bem perto do mar e pedimos comida. Me encostei no ombro de Guilherme, ele passou a mão em meus cabelos. O mar estava ótimo pra banho, o sol não muito quente.

— Estou com fome — Rapha senta na barraca, cruzando os braços. Ela sabe fazer birra quando quer algo, e isso é irritante.

— Comporte-se! — Falo.

— Deixa ela, amor. — Guilherme riu, e apertou a bochecha de Rapha. — Me fale querida, o que quer comer?

— Posso pedir qualquer coisa?

Ela olha pra mim e depois pra Gui.

— Claro! — Ele concorda.

Guilherme faz tudo o que Rapha quer.
E isso é irritante, ela está crescendo e não é nada bonito uma adolescente mimada fazendo birra e beicinho quando quer alguma coisa. Depois de comerem as crianças vão pra piscina da barraca, deixando novamente eu e Guilherme a sós.

— Guilherme — Rosno.

— O quê Maria?

Metralho ele com os olhos.

— Não faça os querer da minha irmã. Ela vai ficar mal acostumada com toda essa atenção que você dá a ela. Poxa, Gui.

Guilherme passa o dedo em meus lábios.

— Deixa de ser chata — E me beija no canto da boca. — Isso tudo é ciúmes de mim? É isso? — Ele beija a curva do meu pescoço. — Eu amo você. Com ou sem ciúmes.

— Saí — Afasto ele.

— Chata.

— Babão! — Retruco. — Pare de fazer tudo o que ela quer. Essa menina está crescendo mal acostumada, por todo mundo. Agora até você, Brutus?

Guilherme me puxa pra um beijo lento.

— Você venceu! — Ele levanta as mãos pro alto, rindo.

— Bom. Agora vem aqui.

Segurei a gola da sua camisa, puxando ele pra mim. Nossos narizes se tocou e ele sorriu, pressionando os lábios nos meus. Estávamos em um lugar aberto com muitas pessoas, então, não fomos mais longe com o beijo.

— Ecaaaaa! — Grita Rapha.

Me afasto de Guilherme de cara feia.

Enquanto ele cai na gargalhada. Dani se junta á ele, rindo. Respira Alana. Eu não quero matar a minha irmã no meio dessa gente toda. Não aqui. Gui me abraça ainda rindo, lanço meu olhar mortal pra Rapha.

— Maninha — Falo. — Não me faça te por de castigo. Creio eu, que Dani não quer ficar um semana sem lhe ver.

— Pare de ameaçar a minha cunhada linda.

— Calado Guilherme, Caramba!

— Não está mais aqui quem falou — E ele cruza os braços, tentando não rir da minha cara.

— Vamos embora — Falo. — Mana, não é nada pessoal. Você sabe que eu te amo, mais seja menas — Eu e Rapha se abraçamos. Dei um beijo no seu rosto salgado. — Limpe os pés e nos encontre no carro. Isso também serve pra você, Daniel.

Chegamos em casa rindo. Gui me deu um abraço tão forte, que seria capaz de fundir nossos corpos em um só. A risadinha do casal 20 de fundo, fez com que Guilherme me desse um beijo antes que eu jogasse alguma coisa na cabeça de Daniel.

— Filha — Disse meu pai.

Me afastei de Gui, dando-o um último selinho e olhando pro meu pai.

— Oi papai — Sorri. — Aconteceu alguma coisa?

— Que bom que chegaram. Lucas saiu correndo com o seu Tio Louis. — A voz dele era séria e isso me assustou. Meu pai nunca falava comigo daquele jeito. Nunca.

— O que houve? — Dessa vez Gui falou me abraçando por trás.

— Melanie.

Meus olhos se abriram e a vontade de chorar tomou conta de mim.

— Fala pai.

— Melanie sofreu um acidente. — Gui me segurou tão forte perto do seu corpo, me impedindo de cair no chão de joelhos. Ele me abraçou forte, seus olhos já vermelhos.

— Não me fala que...

— Filha, você precisa ser forte.

Cai de joelhos levando Guilherme junto. Ficamos os dois no chão, aos prantos. Meu corpo ficou mole, eu não acredito no que ele me disse. Por quê com Mel? por quê minha amiga? Deus não a tire de mim. De nós.

— Cuide de Alana — Falou meu pai de joelhos próximo a nós. — Vou levá-los ao hospital, vocês precisam dar um adeus pra Melsinha.

— Nãoooooooo!

— Seja forte meu anjo. — Sussurrou e levantou me pegando pelo braço, me guiando ao carro. Gui deitou a cabeça em meu colo, enquanto meu pai nos levava ao hospital.

— Eu estou aqui amor — Beijei sua cabeça. Gui chorava tanto que suas lágrimas molhavam a minha roupa e isso não me incomodou.

— Vão ter que buscar forças um no outro. — Falou meu pai.

Beijei os lábios de Guilherme e tudo o que eu mais desejei e que isso fosse um sonho. Um pesadelo, e quando eu acordar tudo isso seja uma mentira. Uma ilusão. Isso não pode estar acontecendo. Não comigo, não com a melanie.

— Chegamos — Disse o meu pai.

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Capítulo triste ;( Não me matem, as peças todas vão começar a se encaixar a partir do próximo capítulo. Esse não será o fim de Mel!

Quero agradecer a todos que estão lendo e comentando, vcs são uns amores♡

Até o próximo capítulo!

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