Chegando ao hospital, o meu coração só faltou sair pela boca. Saí correndo pelo corredor branco e cheio de maca vazia. Uma mulher de cabelos escuros e aparencia cansada me olhou de cima a baixo. Prendi o cabelo em um coque bagunçado, saí do carro sem os sapatos e um casaco maior que eu no corpo.
— Posso ajudá-la?
Respirei fundo, recuperando o fôlego.
— Claro. Preciso de uma informação. Uma paciênte chamada Lourdes deu entrada hoje aqui, quero saber em que corredor e quarto ela está!
A mulher me observou atenta. Olhou pro computador e digitou algo, ela mordeu o lábio inferior e me olhou denovo.
— Existe milhares de Lourdes aqui. Eu quero ajudar você, mas tem que ser específica. Qual o sobrenome?
— Santiago.
Minha prima entrou no hospital com o meu sapato nas mãos.
Calçei rápido e agradeci Arlene com um sorriso. A mulher digitou várias vezes e anotou algo em um papel e me entregou.
— Cole isso na sua roupa. Tem um rapaz com ela, então não poderá entrar vocês duas.
Olhei pra minha prima.
— Lene, vá pra casa e me arrume uma muda de roupas, coloque dentro tudo o que vou precisar. Inclusive meus cartões e dinheiro, conto com você pra isso — segurei suas mãos, olhando em seus olhos. — Confio em você.
— Fique com o meu celular.
— Tá. — Ela me abraçou forte.
— Força, vocês vão sair dessa. Ligue pro Renato caso precise de alguma coisa. Volto mais tarde com as suas coisas.
Dei mais um abraço nela e segui pelo corredor.
Colei o adesivo com o meu nome no casaco. Guardei o celular no bolso do lado direito, deixei no silencioso. A cada passo que eu dava o meu coração batia mais forte e rápido. Dei uma olhada no papel denovo, faltava apenas umas salas e bingo!
Ala: B
Quarto: 123— Oi — Entrei na ponta dos pés. Gui estava sentado ao lado de Lou, sua mão segurando a mão dela. Ele não me viu nem me ouviu falar, a cabeça baixa e os olhos marejados impedia de notar o que estava acontecendo em sua volta.
Tentei colocar a mão em seu ombro.
Ele se assustou ao me ver. Mas logo passou, quando levantou me puxando pros seus braços. Tentei passar todo o conforto que pude, mas até eu fiquei em estado de choque ao vê-la dopada em uma cama de hospital.
— Lana, ela não pode...
Pus a mão em sua boca.
— Não fale uma coisa dessas! Nem pense nisso, ela é a mulher mais forte que conheço. Vai passar por essa e vai ficar bem.
Guilherme escondeu o rosto em meu pescoço.
Puxei ele pro sofá junto comigo. Ouvir seu choro me deixou pior do que eu já estava. Meu menino estava sofrendo e pela primeira vez eu o vi tão vulnerável. Acariciei seus cabelos com a ponta dos dedos. Deixei que deitasse a cabeça em meu colo, permaneci ali ao seu lado.
— Eu amo você. — Sussurrei, mesmo sabendo que estava dormindo em meu colo. Eu precisava dizer isso, me dei ao luxo de dar um beijo em seu rosto tranquilo e sereno, por conta do sono.
A porta se abrio e os pais de Gui me comprimentaram com um sorriso fraco.
— Mamãe! — Gritou Isabel, aos prantos. O pai de Gui tentou acaumar sua mulher, com beijos e abraços.
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Garoto Errado
RomanceAlana tem uma amizade de anos com Guilherme, seu melhor amigo. Os dois acabam se envolvendo em um lance, mas não dura muito quando ela conhece Lucas Harper. Um garoto arrogante e por obra do destino, ele é o irmão do namorado de sua irmã Raphaela. O...