Capítulo 28

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A porta do apartamento se abriu e me surpreendi ao ver Maite entrar. Sozinha.

- Cadê a Any?!

- Ela ficou pra trás. - Maite deu de ombros.

Me aproximei dela e a abracei. Quando me afastei a olhei preocupado.

- Como assim ela ficou pra trás?

- Não fica chateado, mas... Aquele Lorenzo ligou pra ela, pediu pra ela encontrar ele num restaurante, disse que era urgente. - suspirou. - Poncho, ela teve que ir.

- Aonde fica esse restaurante?

Assim que Maite me deu o nome, reconheci o endereço.

- Poncho não faz uma besteira como da outra vez! - a ouvi gritar antes de bater a porta.



Encarei a taça de vinho na minha frente e em seguida encarei Lorenzo, a aparência tranquila dele me preocupava. Mordi o lábio e senti meu estômago se revirar.

- Por favor, me diz o que de tão importante você queria falar comigo.

- Tudo bem, vamos direto ao ponto. - Lorenzo me encarou.

O garçom chegou com o pedido de Lorenzo e me encarou.

- Não quer nada senhorita?

- Não obrigada, o vinho está bom. - respondi.

Encarei Lorenzo degustar de um dos seus pratos preferidos. Senti minha garganta secar e tomei um gole do vinho. Quando já estava quase acabando de comer, ele me encarou.

- Houve uma razão especifica pra eu insistir tanto pra você desfilar pra mim. - começou.

- Que razão especifica? - perguntei não entendendo onde ele queria chegar.

- Seu pai. - Lorenzo respondeu. - Foi ele quem me pediu, na verdade ele insistiu pra que eu a pressionasse pra você desfilar pra mim.

- O meu pai, mas por que ele fez isso?

- Segundo ele, seu pai queria que eu te pressionasse pra ver a que ponto você aguentaria a pressão. A intenção dele era fazer você desistir da presidência e ele acabou me usando pra tentar conseguir isso. - respondeu.

Abaixei a cabeça tentando processar o que ele havia acabado de me contar.

- Você realmente está falando sério?

- Olha eu sei que eu tenho um temperamento bastante difícil, mas que razão eu teria pra obrigar você a desfilar pra mim, sendo que você nunca fez isso na vida?

Respirei fundo quando senti o nó se formar na minha garganta.

- Meu pai sempre me surpreendendo e sempre do pior jeito. - suspirei.

- Eu recebi relatórios da sua atuação em Paris, todos elogiaram o seu pulso firme e o seu profissionalismo, eu lamento pelo seu pai querer transformar você em inimiga ao invés de aliada.

Encarei Lorenzo e enxuguei o rosto.

- Você está liberada de desfilar pra mim, falei com meus advogados e eles mudaram o contrato, você só precisa assinar. - ele abriu a pasta e tirou um envelope de dentro dele.

- Está falando sério?

- Sim! - assenti e vi que ele realmente estava. - Eu admiro o que você fez pelas modelos, soube da briga com o seu noivo, eu posso te dar um conselho?

Por Ti ✔Onde histórias criam vida. Descubra agora