Alfonso
As semanas pareceram voar depois que eu e Any descobrimos que íamos ser pais, em meio a correria dos preparativos do nosso casamento.
Maite contou à mim e Any de forma resumida o que tinha acontecido no tal almoço na casa de Derrick. Eu quis ir na mesma hora falar poucas e boas para aquela mulher, mas minha irmã não deixou, me implorou para que eu não me metesse e para que se Derrick telefonasse para ela que pedíssemos que ele a deixasse em paz.
Derrick ligou inúmeras vezes, veio ao apartamento incontáveis vezes, mas em todas elas minha irmã se recusou a retornar as ligações ou a recebe-lo. Ela se trancava no quarto por horas e só saia depois que ele fosse embora. Eu tentei ajudar, mas minha irmã é teimosa e estava determinada a sacrificar sua felicidade, em troca da chance de Derrick ter um relacionamento "normal e feliz" com outra garota que não estivesse grávida. O que ela não percebia é que Derrick tinha feito a escolha dele, tinha escolhido ela.
Com toda essa situação, Maite andava cabisbaixa pelos cantos, nem mesmo a notícia de que iria ganhar um sobrinho a animou. Ela parecia desanimada, triste, vivendo e comendo por causa do filho. Aquilo estava me preocupando porque não sabia mais o que fazer para ajudá-la, porque Maite não queria ser ajudada.
Na quarta-feira na hora do almoço, entrei na cozinha e parei arregalando os olhos quando vi Anahí cortando uma fatia de peixe.
- O que é isso amor?
- Peixe ué! - deu de ombros.
- O que? - corri até ela. - Nada disso, você não pode comer isso. - arranquei o prato da mão dela.
- O que? - ela piscou.
- Meu amor, os peixes tem substâncias que podem fazer mal pro desenvolvimento do bebê. Você já tomou seu comprimido de ácido fólico hoje?
- Já. - ela resmungou, revirando os olhos. - Assim que acordei, doutor. - debochou.
- Que bom, agora esquece esse peixe. - guardei o prato no micro-ondas.
- Eu estou com fome, o que eu vou comer?
- Eu faço um grelhado de frango pra você, é rico em proteínas e faz bem ao desenvolvimento do bebê.
- Onde você arruma todas essas informações? - Any revirou os olhos.
- Tem um site ótimo que tem várias dicas para enjoo, alimentação da gestante, essas coisas. Você devia dar uma olhada.
- Pra que se você já retém todas as informações necessárias por nós dois. - ela suspirou.
Quando passei por ela, segurei seu rosto e a beijei. Automaticamente minha mão repousou sobre a barriga dela. Any jurava que não dava pra ver, pois, estava quase atingindo o segundo mês de gestação, mas eu conhecia muito bem o corpo da minha mulher pra começar a notar as diferenças por mais sutis que fossem.
- Eu te amo sabia? - sussurrei.
- Eu também. Mesmo quando você tenta me irritar. - ela respondeu com um sorriso nos lábios.
- Não estou tentando te irritar, estou cuidando de você. Melhor, de vocês. - acariciei sua barriga e me afastei.
- Se eu soubesse que você ia ficar insuportavelmente fofo, eu tinha engravidado antes. - sorriu.
- Podemos providenciar outro bebê, assim que este nascer, assim você não sentirá saudades do meu jeito insuportavelmente fofo. - pisquei.
- Acho que prefiro ficar com saudades por um tempo. - brincou.
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Por Ti ✔
FanfictionAnahí aos 25 anos tem tudo o que muitas pessoas desejam: uma vida meticulosamente planejada e bem sucedida. Recém formada em Estilismo, com emprego garantido na empresa do pai, é rica, bonita, talentosa e está noiva de um cara que seu pai considera...