Por Ti ✔

Capítulo 29

Anahí

Entrei no escritório do meu pai fazendo o mesmo erguer a cabeça para mim. O sorriso que ele me deu, como se estivesse feliz em me ver não me convenceu.

- Quero falar com você.

- Ora já chegou de Paris? Como foi lá? - meu pai sorriu ficando de pé.

- Muito bem, o problema foi quando voltei. - respondi cruzando os braços. - Que história é essa de que você convenceu o Lorenzo a ficar me pressionando pra que eu desistisse da presidência?

- Quem te disse isso?

- O próprio Lorenzo. Ele se encontrou comigo ontem à noite e me contou. Por que você fez isso? Por que pediu pra ele pegar pesado comigo, me pressionar, fazer exigências?

- Era para o seu bem Anahí!

- Meu bem? - sorri incrédula.

- Claro, eu queria que você percebesse onde está se metendo, queria que visse que não tem maturidade e experiência suficiente para tomar conta de uma empresa, você é uma menina!

- É esse o problema né? Eu ser uma menina. Essa foi a grande decepção que eu te dei não foi?

- Não, a grande decepção que você me deu foi ter se envolvido com aquele Alfonso.

- Aquele Alfonso é meu marido agora.

- Seu marido?

- Nós nos casamos às escondidas quando fugimos juntos. - respondi, achando melhor não contar que Alfonso me levara contra a vontade e depois me convencera a ficar.

- Está vendo? Olha ai a prova da sua imaturidade. - acusou.

- Deveríamos ser parceiros, você deveria tentar me ensinar o que não sei, não puxar meu tapete. - respirei fundo segurando as lágrimas. - Não vê que assim você prejudica sua própria empresa?

- Se está preocupada com a empresa faça o melhor pra ela, entregue a presidência.

- NÃO! - bati as mãos espalmadas na mesa.

- Olha... Olha como você está agindo, você nunca me tratou assim, sempre me obedeceu, olha no que deu você se envolver com aquele Herrera. Acha que porque ele tem dinheiro, ele se transformou numa pessoa melhor?

- Ele sempre foi melhor do que você, não se atreva a insultá-lo. - apontei o dedo pra ele. - Vou continuar na presidência quer você queira ou não, e não vai ser pra provar para alguém. Vou ficar porque esta empresa pertence à mim por direito, não vou abrir mão do cargo pra você entrega-lo de bandeja pro imbecil do Diego.

Dei as costas sentindo meu sangue ferver de raiva e indignação, provavelmente eu e meu pai nunca iriamos nos entender. Levaríamos essa guerra e os insultos de um contra o outro para o tumulo.

- Eu preferia que Diego fosse meu filho! - Enrique gritou antes que eu batesse a porta.

Maite

Me afastei de Derrick e deixei que ele me puxasse pela mão e puxasse a cadeira para mim. Sentei na cadeira e ele puxou uma para sentar ao meu lado.

- Não sabe como fiquei feliz em saber que você queria me ver. - ele sorriu.

- E por que seria diferente? - acariciei seu rosto.

- Ainda bem que não é, porque eu também estava louco para ver você. - sorriu e me beijou.

Sorri, mas logo me lembrei do motivo para estar lá o que acabou com a minha alegria.