Quando voltei a empresa minha assistente e secretária Julia, avisou que meu pai me esperava na sala dele.
- Qual problema dessa vez? - perguntei entrando na sala.
- Por que não me contou que teve um encontro com o representante do Sr. Rodriguez? - meu pai mais me acusou do que perguntou.
- Porque acabei de voltar do encontro... Como você sabe?
- Christian Chaves o representante dele acabou de me ligar exigindo que você cuide da negociação, como eu não vou estar presente o Sr. Rodriguez exige a sua presença do contrário não haverá contrato, sociedade nada. - meu pai respondeu exasperado.
Coloquei a mão na boca, mas não consegui conter minha risada.
- O que é engraçado Anahí? - Diego me questionou.
- Bom ao que parece bastou o senhor Christian ficar dez minutos em minha companhia para querer que eu cuide dos negócios dele e do sócio e sinceramente acho isso ótimo. - sorri.
- Você está me provocando? - Enrique me fuzilou.
- Não só avisando que estou de acordo e agora eu quem cuido da futura sociedade com o senhor Rodriguez, tenho certeza que quando ele souber os lucros e a popularidade da empresa vai se associar a nós... Desculpe meu bem, mas dessa vez você perdeu. - encarei Diego com um sorriso cheio de ironia. - Melhor, vocês perderam e se te conheço pai você vai engolir essa pra manter uma gorda sociedade. - gesticulei com as mãos dando passos pra trás e sai da sala.
Quando bati a porta parecia que finalmente meu dia estava valendo à pena, bendita hora que encontrei Christian Chávez, já estava me simpatizando com ele e com o Sr. Rodriguez.
Entrei na minha sala e sentei na cadeira em frente a janela. Observei a rua e esbocei um sorriso voltando ao passado.
Eu adorava arrumar meus livros, por mim passaria horas enfileirando-os na minha estante e admirando os títulos. Os momentos onde eu mais me distraia era com meus livros, meus desenhos e minha câmera. Se bem que de uns tempos pra cá, havia arrumado a melhor distração de todas: Poncho!
Peguei o livro Orgulho e Preconceito que ele havia me dado de presente e abri numa página qualquer.
- Ela é tolerável, mas não bela o bastante para me tentar.
A voz dele invadiu minha pequena biblioteca e me virei sorrindo pra ele. Poncho era a única pessoa que tinha a chave do meu apartamento e permissão pra entrar e sair quando quisesse.
- Hum... O cara da tecnologia recitando livros de época? - provoquei sorrindo.
- Do tanto que você me fala dos seus livros daqui a pouco decoro os trechos sem precisar ler... Quantas vezes você já leu esse que eu te dei? - Poncho sorriu me encarando.
- Três vezes?! - dei de ombros.
- Às vezes eu acho que você ta no curso errado, deveria fazer letras, estudar literatura não moda. - ele parou bem perto de mim e senti meu coração acelerar.
Senti meu rosto pegar fogo e sem resistir o beijei. Alfonso era a única pessoa que não via minha paixão por livros como algo inútil. Resumidamente ele não era como meu pai. Alfonso fazia eu me sentir livre, normal e extremamente feliz. Eu podia ser do jeito que quisesse que ele continuaria me amando. Nunca tentaria me transformar em outra coisa como meu pai tanto quer fazer.
Me afastei dele e coloquei Orgulho e Preconceito em pé de volta a prateleira.
- Os livros são meu hobby, eu odiaria ter que ficar traduzindo, revisando, saber da história antes de chegar às livrarias... Eu gosto dessa expectativa. - sorri dando de ombros encarando meus livros. - Sem contar que eles me distraem e aliviam toda a pressão imposta pelo meu pai. - murchei.
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FanficAnahí aos 25 anos tem tudo o que muitas pessoas desejam: uma vida meticulosamente planejada e bem sucedida. Recém formada em Estilismo, com emprego garantido na empresa do pai, é rica, bonita, talentosa e está noiva de um cara que seu pai considera...