Capítulo 08

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Encostei na cômoda, cruzei os braços e os calcanhares e encarei minha irmã.

- Não consegui falar com sua mãe.

- Eu sabia que você não ia conseguir, tem dias que você ta tentando. - respondeu sem me olhar.

- Eu ainda não acho uma boa ideia você ficar aqui. - resmunguei.

- Qual é Poncho? Eu to aqui há 10 dias mal estou aparecendo na sua frente ainda mais quando você tem aqueles acessos de fúria. - respondeu. - Eu não to te dando trabalho.

Resmunguei revirando os olhos.

- Sabe qual pode ter sido o motivo da sua mãe não ter me atendido?

- Ou ela é ta muito ocupada ou o mais óbvio não quis falar com você porque não se importa comigo. - Maite deu de ombros, mas percebi a tristeza estampada nos olhos dela. Eu ia me odiar pelo que estava prestes a fazer.

- Tudo bem você pode ficar contanto que não me arrume problemas entendeu?

- Oba! - sorriu e correu até mim me abraçando. - Você não vai se arrepender, eu já estou procurando um emprego e se tudo der certo logo farei uma entrevista.

- Tomara que você consiga um trabalho e por favor, tenha juízo.

- Pode deixar. - ela respondeu batendo continência. - Você é o melhor irmão do mundo. - beijou meu rosto e saiu saltitante pra fora do quarto.


 

Angelique

Observei minha melhor amiga encarar fixamente a estante de livros que estávamos prestes a desmontar.

- Três dias! - Anahí suspirou.

Mordi o lábio me lembrando da conversa com Alfonso, do acordo que havia feito com ele prometendo ficar de olho no Diego e principalmente me lembrei de como havia sido covarde com Christian.


Assim que conversei com Alfonso, Christian me levou até a porta e a abriu pra mim.

- Eu conheço você de algum lugar? - perguntou intrigado.

- Acho que não né? - sorri tentando camuflar o nervosismo. - Afinal é a primeira vez que nos vemos.

- É, mas é estranho você me parece familiar. - cruzou os braços.

Fiquei com medo dele sacar tudo então menti.

- Acho que ta enganado, eu preciso ir agora, to cheia de coisa pra fazer. - inventei. - Muito obrigada, foi um prazer. - o cumprimentei correndo e fugi pro elevador.

Só fiquei tranquila depois que as portas se fecharam, desde aquele dia não nos falamos de novo. [...]

 

- Angelique alôou! - Anahí estalou os dedos na minha frente e pisquei voltando ao presente.

- Desculpa, você disse alguma coisa?

- Perguntei no que você esta pensando, mas acho que a resposta é óbvia né? - cruzou os braços.

Gemi e cobri o rosto com as mãos.

- Eu não entendo porque você não conta logo pra ele que você é a garota da festa.

- Porque tenho medo da reação dele... Any, eu não consigo tirar ele da minha cabeça, mas e se pra ele eu fui só uma aventura? Uma garota que ele pegou numa noite por ai de quem ele mal se lembra agora?

Por Ti ✔Onde histórias criam vida. Descubra agora