Por Ti ✔

Capítulo 39

Alfonso

A marcha nupcial começou a tocar, me endireitei e quando as portas se abriram meus olhos não conseguiram enxergar mais nada além de Anahí no começo daquele corredor. Era como se todas as pessoas tivessem desaparecido e só existisse ela. Bom meu mundo havia se tornado ela desde aquele dia quando nos conhecemos naquela festa de republica, quando a flagrei me fotografando.

Agora vendo-a caminhar até mim, eu tive mais certeza ainda que ela era o amor da minha vida, que os cinco anos que ficamos longe um do outro só serviu para aumentar o amor que sentíamos. Ela continuava roubando meu fôlego e fazendo meu coração disparar, acho que faria isso até o último dia da minha vida.

Naquele vestido de noiva, sem o véu, deixando seu rosto a mostra e mantendo contato visual constante comigo, ela era coisa mais linda da face da terra. Fui obrigado a respirar fundo quando um nó obstruiu minha garganta e senti meus olhos queimarem.

Enrique parou com ela e dei os últimos passos que faltavam. Enrique beijou a testa dela e me olhou.

- Cuide bem dela! - ele sorriu, tirando a mão dela do seu braço e estendendo pra mim.

- Eu vou cuidar com a minha vida. - prometi.

Enrique se retirou e tomei as duas mãos de Anahí, beijando-as e mantendo meus olhos nela. Meus dedos roçaram o tecido que cobria sua barriga e vi o esforço enorme que ela fazia pra não chorar.

A conduzi até o altar e o padre começou a falar. Eu mal conseguia prestar atenção às palavras dele. Eu tinha tido meu casamento dos sonhos com a Any, naquela praia. A pegara de surpresa, mas graças a Deus ela tinha aceitado, no fundo eu sempre a vi como minha esposa muito antes daquele primeiro casamento.

Esse segundo era mais calar a boca de gente inconveniente que queria a nossa desgraça, então tínhamos deixado a mãe dela seguir qualquer tradição que quisesse. Até a mídia estava no meio, nosso casamento iria parar nas capas de todas as revistas do dia seguinte, mas eu não me importava. Queria ver que idiota afirmaria que eu e Anahí não nos amávamos quando vissem nossa felicidade estampada em todas as revistas. E eu ia fazer questão de mostrar à eles o quanto amava minha esposa e nosso bebê que estava a caminho.

Anahí

Eu me sentia literalmente vivendo um conto de fadas. Depois de cinco anos acreditando que nunca mais veria Alfonso, que passaria a vida inteira infeliz sem saber do paradeiro dele, mal dava pra acreditar que estava me casando com ele pela segunda vez.

Ele estava tão lindo naquele terno, os cabelos penteados para trás com o gel. Eu não via a hora do padre encerrar a cerimônia e poder curtir meu marido, pra mim esse segundo casamento era só pra calar a boca da mídia. Alfonso era meu marido há muito tempo, eu me tornei dele no instante em que minha câmera o flagrou saindo daquela piscina, naquela festa tantos anos atrás.

Seus olhos esverdeados me encararam apaixonados e eu vi que ele pensava o mesmo que eu. Que não via a hora de ficar a sós comigo, mas que infelizmente teríamos uma festa ainda pra enfrentar.

De tão distraída que estava o padre teve que me pedir duas vezes pra eu ficar de pé para trocarmos as alianças. Me levantei segurando as mãos de Alfonso, minhas mãos tremiam e as dele estavam um pouco frias, não tão quentes como estava acostumada a sentir.

O padre nos orientou para a troca da aliança e após fazer nossos votos de sermos fiéis na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, ele nos declarou marido e mulher.